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Super Homo - Apre!

Jeremias adquiriu uma tonalidade verde - cor de vomitado, um corpo atlético e possuindo um misterioso super poder.  Seus músculos galgaram os limites da sua roupa superior - já que as inferiores tinham desaparecido no meio do espectáculo caprino. Esperai! Jeremias reparou que a sua locomoção fora alterada, em vez de caminhar, saltitava! Perplexo, olhou para os membros inferiores e desmaiou. Por outro lado,  Super Homo, fora desnutrido da sua essência e mal conseguia mexer-se.  Jeremias absorvera toda a sua energia - como um hematófago. Super Homo rastejou para o cume da colina, escondendo-se nas fendas do aglomerado rosa -  sem resquícios de vigor. Orientado pelo odor agradável sentou-se por cima de um amontoado nauseabundo de vestígios orgânicos - presumivelmente de Jeremias -  e um sentimento de jovialidade percorreu o seu corpo! Os glúteos amorteceram os entrefolhos, em impulsos nervosos cíclicos, transformando os vestígios orgânicos num puré térreo - como numa imagem agradável de m

Super Homo - parte o 1º

Era cedo, muito cedo em Rabo, nessa terra distante, longínqua, longe para caralho!  Uma luz rosa cruzou o céu clareando toda a aldeia! Seguiu-se um arco-iris radioativo e três póneis voadores! Uma sequência de estrondos, semelhante a flatos húmidos ou bufas pós cebolada, substituíram os Gallus gallus na tradicional alvorada. Um pastor caprino, conhecido por Jeremias, ao vislumbrar grandioso espectáculo escondeu-se de costas voltadas para um sobreiro virgem. Após o clarão todo o seu gado enlouquecera, as cabras foram mortas - pelo menos assim aparentavam -  pelo recém aglomerado de bodes centopeia, todos acoplados via rectal.  Uma anosmia surgiu de imediato, nada cheirava a nada, nem a pívea no lenço de mão guardado no bolso, nem a caganeira atrás da nobre árvore. Não, esperai! Reconhecera uma fragrância no ar, Chanel nº 5, aldeídos de baunilha, um ligeiro orvalho de jasmim, pétalas de rosa de maio e... patareca. Sim, o ordinário nome, cona! Aliás tudo assim cheirava de momento. Como se

Acordar precoce e naturalmente...

Possivelmente já vos aconteceu a meio da noite, após uma indigestão, tentarem pegar olho e nada mais vos colar a pestana. Ao contrário dos outros dias, para as horas em questão, estou bastante bem disposto e desperto - caso contrário não estaria a escrever às seis da matina. Por ventura estes rituais internos são um bom despertador. Poderei ponderar comer quilos de cerejas em vez de protestar durante quase uma hora enquanto carrego no botão snooze do telemóvel, adiando o inevitável desfecho: fosgasse vai ter mesmo de ser (talvez mais vezes na versão ordinária).Agora consigo assistir calmamente ao crescente e ruidoso tráfego rodoviário e aéreo, acompanhado de um prazeroso chavascal de um vizinho (ou não), bastante educado, após perder um autocarro. Curioso, quando reclamo no campismo do ruído natural da alvorada, principalmente das belas rolas e cucus, e talvez de uma mão cheia de outros estridentes seres vivos, mas em casa nem me apercebo que a nossa alvorada é muito mais ruidosa (sim,

Procheneta em Grupo :: Ponto de encontro na Regueifa

Zé Brito um exímio cozinheiro vivia na sua bela localidade à beira da estrada onde famintos camionistas e mulheres da vida repousavam do trabalho. Aconchegando-se no pacato estabelecimento de restauração lowcost "Reggae Elfa"- mais conhecido pelo parônimo Regueifa numa conjugação de música jamaicana com um rabo élfico. Os menus eram servidos pela mais esbelta, formosa e voluptuososa garçonete, Joli. Nome alvo fácil dos piropos esfomeados. Joli, filha do dono, era uma jovem mulher, alta, elegante, de olhos claros - como o azul da rolloute dos gelados, cabelos ruivos - dos verdadeiros, poderes élficos, culta e bastante higiénica.  Élfica por resistir imortalmente aos assédios carnais.  Culta por saber mais de mecânica e futebol do que todos os profissionais do reboque.  Higiénica por nunca ter tocado em nenhum camafeu oleoso apesar do seu rabo precisar de lubrificação constante. A dinâmica do restaurante tinha direção assistida e, em situações de pré-conflito, os travões

Manias e Psicoses da gentalha

Rica é uma Senhora na casa dos 60 anos,  uma autêntica Senhora de Bêm ... talvez o termo Tia seja o mais acertado. É Tia em todos os aspectos: não casou, tem muitos sobrinhos - até entre as amigas, os cabelos brancos são louros e o bronze dura todos os dias do ano. Diz que nunca teve namorados pois sexo é coisa demoníaca e demasiado selvagem. Não sendo empreendedora (nem trabalhadora) apenas herdeira e consumidora, tem, segundo ela, um nome importante, alguns bens e pouco dinheiro. Dos bens fazem parte uma mão cheia de imóveis, quilogramas de pratas e brasões estampados em tudo o que é sitio - alusivo à geração que fez algo importante pela família. Na lista de propriedades destaca-se uma mansão em Cascais, o palacete na Lapa, um condomínio fechado em Vila Moura e outro na Comporta. As habitações não são ecológicas/económicas e a decoração é conservadora e desanimadora, cheia de rococós e bibelôs espalhados estrategicamente para não serem tocados - um alto nível de impedimen

Vitânus :: Capitulo 1 :: Chegada ao Cais no Sonhé

Quinze horas e trinta e seis minutos. Um Volvo da série Vasco da Gama articulando alguns quilómetros de longas experimentações entre Ode às Velas e Cais no Sonhé transporta o seu mais sábio passageiro: Vitânus, mais conhecido pela sua passada de Pinguim Imperador e fixação por transportes colectivos, pintos variados e piadas secas. É um metaleiro humilde, no auge das suas vinte e três primaveras, oitenta quilogramas enchouriçadas em calças elásticas, caracóis pretos, fortes e volumosos, e um olhar expressivo - por vezes esbugalhado - cor de melaço. Numa travagem brusca, junto ao Bar Amaricado, Vitânus é arremessado pelo corredor e após três cambalhotas atinge a cabine do motorista - e o dedo mindinho o antigo obliterador! Aparentemente uma rusga policial, três pegas e um taberneiro sem calças numa fuga sem cobertura dão resguardo às justificações hidráulicas do senhor da Magnum 44.  O acrobata lesionado, com uma tarifa de bordo extra, levanta-se e começa o seu canto imperial: "

Uma nova estrela do NATCIAL (uma espécie nova de Natal Comercial)

Era uma jovem bela e imaculada... Cantava em belos filmes infanto-juvenis, Encantava qualquer inocente petiz, Longe de qualquer ideia depravada. Ai quem a mandou "crescer"... Tadinha, acabou por se perder. Era uma gordinha anafada... Esbelta para o género animal, Ainda sem sonhar com a fama comercial, Mascote de doçura desmesurada. Ai quem a mandou vestir-se assim... InCONTINENTE a querer mais pilim! FUSÃAAAAAAAAOOOOOOOOOO!!!!!! (CABUM....) 23h Amesterdão... Um hipópotamo (?!) passeia numa passerelle... mala channel na mão perante o ohar chocado de milhares de crianças digitalizadas pela brigada da nova empresa MTinCOnTinenteV Lda... No seu corpo uma espécie de maillot repuxando-lhe a fatia entremeada da pachachótama ( Hippos Montana , .sp) e com um ar esgazeado qual prustiputa do reino animal, saca de um enorme charro de folhas de uma qualquer árvore não identificada (causando a loucura especulativa do Correio do Chavascal, ou do Púdico) e acende! Uma chuva d