Di�rio de Um Homem Porco - Bocejo
� de manh�. Descubro-o pelo raio de sol que me entra pelos estores malcorridos e me bate na cara. Dou mais umas voltas na cama, debaixo do
edred�n encardido, mas n�o tarda que me levante, os len��is colados � minha
epiderme pegajosa de suor e sebo.
Sento-me na beira da cama, co�ando a tomatada. Em seguida esbo�o o gesto
de levar o dedo ao nariz, mas o odor a colh�o acorda-me do meu torpor
son�mbulo. E ponho-me a pensar. "Foda-se, preciso mesmo de um banho." Dou
um estalo a mim mesmo por ter tais pensamentos e arrasto-me para a casa de
banho. Pelo caminho esbarro em garrafas de cerveja e pacotes de batata
frita vazios, as migalhas gordurosas colando-se �s solas dos meus p�s.
Mal ligo � carpete encrostada de manchas de uma noite de excessos com a
minha querida Lily, companheira das horas tristes. Ali jaz ela, a um
canto, meio esvaziada. A sua boca sempre aberta para um conforto que mais
nenhuma mulher pode, nem quer, dar.
Acendo a luz e sento-me na retrete. De vez em quando pergunto-me o porqu�
de ainda continuar aquele ritual, mas o al�vio que sinto quando expulso
aquela massa nauseabunda para longe do meu interior mucoso � resposta
suficiente.
Puxo o autoclismo mais por reflexo que por consci�ncia. Irritado,
compreendo que os tiques que trago da minha vida anterior me v�o
acompanhar por algum tempo mais.
Decidi pactuar com a podrid�o. Durante a maior parte da minha vida a
arruma��o e a higiene foram os far�is que me guiaram, os ideais pelos
quais devotei o meu tempo e o meu trabalho.
Mas desde que surgiu aquela directiva comunit�ria, proposta pelos Verdes,
sobre a qual todo e qualquer controlo sanit�rio seria abolido, a minha
especializa��o tornou-se redundante. Isto porque viviamos numa sociedade
cada vez mais ass�ptica, mais desinfectada, mais contra-natura. As
elevadas taxas de asma al�rgica e doen�as auto-imunes come�avam a falar por si.
"-Eu quero que sa fodam, caralho!" e come�o a chorar. Como � poss�vel uma carreira t�o promissora, t�o cheia de potencial, vir abaixo desta maneira?
Maldito o dia em que fui pra t�cnico de seguran�a alimentar!
Etiquetas: Pl�gios sem validade liter�ria, Uncle Dildo
7 Coment�rios:
Bem-vindo � porcolandia.
Muito porco mas puberdadesco...
Eheheh...
"Sento-me na beira da cama, co�ando a tomatada. Em seguida esbo�o o gesto
de levar o dedo ao nariz, mas o odor a colh�o acorda-me do meu torpor
son�mbulo."
Estava � tanto tempo que o esperma apodreceu, tens que ter cuidado com a data de validade sen�o estragas a boneca. T�cnico incompetente
Poxa, a casa dele estava porca, mas mesmo assim n�o est� pior que a boca do Sergay! N�o abras muito a boca ao bocejar, que ainda entra nabo!!
Isto de ve ser dedicado ao lu�s para a�!
Deve ser dedicado a um qq badalhoco de TSA, como a frase final deixa bem explicito...
Este texto revela o famoso efeito "Casa de paneleiro, espeta-lhe com o pau!!!"
a principio fikei sem palavras por tao bela maneira de escrever que, sem duvida � contagiante.. a forma como descreves tudo o que v�s..demais..
mas.. pergunto me.. isso � sempre assim?!se �..como consegues?!
eu nao suporto ter as coias desarrumadas,gosto d tudo no sitio, n tendo nada contra kem n � assim, da� o fascinio pelo k escrevest, mto bem descrito
;)
Eu sou Rolinda e sou a porquinha mas linda da porcolandia
Lel�, te amo muito de Rolinda e sua familia PORCO. Xandy vc. e 10 tb.
Se a vida fosse uma novela vc. seria meu capitulo especial L�.
Te amo
Enviar um coment�rio
<< P�gina inicial