S�bado, Novembro 27, 2004

Sonhos esbatidos

"� apenas mais um dia"- pensou ele enquanto se levantava da cama, os len�ois empurrados para o lado revelando manchas de quem se ocupou durante a noite. Colocando os p�s no ch�o frio, ele levantou a persiana deixando entrar o sol da manh� no quarto desarrumado. Baixando-se para apanhar um soutien ele atirou-o por cima do ombro e, sem nunca olhar para tr�s, disse: "Foi giro. Agora mete-te l� fora.", e fechou a porta da casa-de-banho.
Tinha sido s� mais uma conquista, mais uma rapariga que tinha sucumbido ao seu encanto. O que ele mais adorava era o prazer da conquista, o prazer de ser um predador � busca de mais uma presa.

Ainda se lembrava da noite, na discoteca, onde tinha entrado � frente de todos por ser j� um cliente fiel. Reparou nela mal entrou, junta com mais quatro amigas, todas na conversa, a "all girls night out", como agora estava na moda.
Reparou nos seus seios pequenos mas rijos, nas suas ancas que se moviam ao ritmo da musica, o seu rabo firme. Seus olhos faiscaram de prazer � medida que percorreu a discoteca e lhe deu um pequeno empurr�o, seus dedos acariciando levemente a sua pele que se arrepiou. "Desculpa", disse ele fazendo a voz mais grave e profunda.
Pela reac��o dela ele pode ver que tinha acertado no alvo e o resto da noite passou a correr, com a ca�ada. No fim da noite, as amigas j� desaparecidas para casa, ele fez-lhe o convite de se dirigirem para a casa dele e ela aceitou, j� agarrada nele como se mal pudesse esperar.
No carro, atrav�s da auto-estrada, as m�os dele subiram pela perna dela, por baixo da saia, desviando a cueca dela j� ensopada para o lado e um dedo penetrou-a, r�pido, sem hesita��o. Ela s� estremeceu e caindo para o lado, desapertou-lhe as cal�as, retirou o membro dele para fora e lambeu-o com a pericia de uma mestre. Ele quase perdeu o controlo do carro � medida que ejaculava na boca dela.
Chegaram a casa ansiosos, no elevador ele ficou com a camisa desapertada e ela atravessou o patamar para a casa dele j� sem nada na parte de cima do corpo.
Os seios dela eram exactamente como ele tinha imaginado, pequenos mas muito rijos, levemente empinados (de excita��o ou do frio, n�o sabia) e com uns mamilos que sobressaiam e lhe diziam "lambe-nos". Retirando o resto da roupa enquanto fechava a porta de casa e os bra�os dela lhe faziam c�cegas no peito, ele mirou-a, o cabelo louro e curto, a pele branca, os seios, as pernas longas terminando nuns l�bios largos e sem p�los. Ela n�o esteve com meias medidas e saltou-lhe logo para o colo, agarrando-lhe no membro j� erecto levou-o para dentro de si, gemendo e logo ai tiveram o primeiro orgasmo da noite, juntos.
Seus corpos uniram-se mais quatro vezes, todas elas inesqueciveis, mas ele em cada uma delas ia ficando mais farto dela, a ca�ada j� n�o tinha a mesma alegria, j� sabia como ela ia ter o orgasmo, como a cara dela se ia contorcer e suas costas se iam arquear, j� n�o tinha o mesmo interesse.

Lembrou-se onde estava de repente, sua cara p�lida no espelho, "Ver se ela j� bazou e depois fazer a barba". Abriu a porta para ver ela j� tinha saido mas ela estava vestida sentada em cima da cama, o cabelo em desalinho e os olhos faiscando uma raiva e uma alegria esquisita.
"Mete-te fora, n�o tenho paci�ncia para te aturar mais. Vai-te embora sua cadela que faz com qualquer um." - disse ele na esperan�a que ela fosse logo embora.
Ela levantou-se lentamente, como se as palavras tivessem apenas raspado na sua coura�a de gelo impenetr�vel. Abriu a porta da rua devagar, e naquele instante voltou-se e disse devagar e com um meio sorriso no rosto:
"Tenho SIDA, diverte-te."


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Segunda-feira, Outubro 18, 2004

Sonhos de uma noite de nab�o (Acto 1)

(Almada, durante a parada gay anual, com tantos jovens vestidos e pintados enquanto cantam can��es de embalar a velhotas � janela, em troca de mais uma bebida de cevada.)


Acto 1, Cena 1

Nesta altura t�o nobre, entra Tes�o, Duque das Florzinhas, que planeia sua uni�o carnal com Hip�crita, que quer permanecer virgem at� Tes�o lhe remover a cereja. Entra Engelhado em cena, seguido da sua filha Her(t�o bom que at�)mias, o seu querido amante LigasTeMando, e o homem com o qual Engelhado quer que a sua filha case, DeMeteEAt�Riu.

Engelhado - Por favor Tes�o, d�-me o direito de fazer com que minha filha case com DeMeteEAt�Riu, poque ele j� me prometeu que a partilha comigo, ou ent�o deixa que eu a mate.

Tes�o - Assim seja, caro amigo de cama. Her(t�o bom que at�)mias, tens duas op��es, ou te juntas �s freiras para elas te irem ao pacote, ou ent�o casas com DeMeteEAt�Riu.

Her(t�o bom que at�)mias (falando para si) - Que irei fazer? Eu amo LigasTeMando, mas meu pai n�o me deixa fornicar mais com ele, e tamb�m n�o tenho apet�ncias l�sbicas. Que irei fazer?


Saem todos os outros homens, deixando os dois amantes para tr�s.


LigasTeMando - Oh, minha amada, t�o triste eu tou. Mas tamb�m te prometo que se vieres comigo para os bosques na pr�xima noite te dou uma trancada t�o grande que s� ir�s chorar de dor. Ah, j� agora tamb�m podemos casar.


Chega Helena


Helena - Meu pobre LigasTeMando, que hei-de fazer?? Meu amado DeMeteEAt�Riu s� tem olhos para Her (t�o bom que at�) mias, e eu que tenho um par t�o bom de marmelos fico t�o sozinha.

LigasTeMando - N�o te preocupes, eu vou fugir com Her(t�o bom que at�)mias e por isso n�o te preocupes mais. Claro que se eu depois ainda tiver verga tamb�m te posso dar uma.


Sai LigasTeMando


Helena - Eu tenho de revelar a verdade a DeMeteEAt�Riu, pode ser que ele assim n�o me deixa sozinha, talvez at� possamos fazer um menage a trois.


Acto 1, cena 2

Os artistas reunem-se para distribuir os papeis para a pe�a a celebrar o noivado que se aproxima. Claro que todos eles sabem que � um disfarce e isto � apenas mais uma orgia homossexual, mas eles at� se fingem interessados na pe�a enquanto aguardam algum tempo entre quecas para se restabelecerem. Finalmente concordam em se encontrarem no bosque para mais uma queca na noite seguinte, deixando apenas assente que � bom que tenham limpo os cantos da boca.


(Continua...)

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