Ter�a-feira, Abril 29, 2008

Poesia Peiduplicada - Um Sonho Desinspirado

Se puxas pela cabe�a
(a de cima, n�o sejas tonho)
e n�o h� ideia que apare�a
nem em rasgo, nem em sonho...

Faz como eu, vais � e-P.E.N.A.
onde h� escritos quanto baste
escolhes um, duma centena
e aplicas-lhe um c�pi-p�ste!

Come�a ent�o o desprimor
do triste texto original;
"-Fora talento! X� pudor!"
Quando � p'ra p�r na Penal...

N�o te rales com a m�trica,
o qu'interessa � rimar!
For�a a rima, esquece a est�tica
p'ra isso estou-me a cagar!

Inventa algo bem javardo,
misto de escarro e cagalh�o,
poesia delicada como um cardo
s� no olho cria arranh�o!

Sentadinho (na retrete) fechas
a pe�a, com um floreio de m�o:
"Texto novo, diverte-te!"
"Lamento... isto � cura para obstipa��o!"

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Ter�a-feira, Abril 22, 2008

Poesia corruptiva (ou um sonho apitado...)

Se na vida tens azar,
E tudo o que fazes d� para o torto,
N�o adianta desesperar,
Junta-te � m�fia do desporto

Para come�ares a lucrar
S� tens que arranjar bons amigos...
Aqui e al�m um bom jantar,
E saber te desviar dos perigos

Usando uma t�ctica astuta,
Grandes benef�cios ir�s ter:
Basta conheceres uma boa fruta
E teres viagens para oferecer

Seja a oferenda bem dourada
Ou simples e curriqueiro bibelot...
Ser� que ninguem v� nada?
Ser� preciso chamar o Poirot?

Do norte ao sul a aldrabar,
Temos muitos amiguinhos.
Por isso poe-te a telefonar!
S�o s� uns favorzinhos...

"O Bastos, o Fagundes e o Sim�o,
O Aur�lio e o Joaquim podem apitar!
O Z� Tolas � que n�o
Que nos t� sempre a lixar!"

Por isso j� sabes... oferece-te!
A esta poderosa organiza��o
"Tenho um apito, diverte-te!"
"Lamento... Brigada, anti corrup��o!"


Nota de autor: O texto sat�rico apresentado refere-se � corrup��o existente no futebol Portugu�s em geral, de Norte a Sul do pa�s em sabe-se l� quantos clubes...

Mais afirmo que esta � uma cria��o original n�o corrupta baseada num plagiante pl�gio de pl�gio, pelo que a sua originalidade plagiante n�o deve ser colocada em causa nem a sua validade liter�ria. Mais afirmo que para colocar este texto n�o exerci qualquer press�o sobre ningu�m...

Apesar de tudo... se algu�m me poder dar uma ajuda com o telem�vel... � que �s vezes ou�o uns barulhos como se algu�m tivesse a ouvir as conversas... se algu�m me ajudar eu posso talvez arranjar um cafezinho pingado ou uma viagem ao Seixal... em cacilheiro, 1� classe! Upa, upa

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Sexta-feira, Abril 04, 2008

Nalgatorius, o Erectus (V - o regresso do mito)

Tr�s anos passaram desde o epis�dio que alcunhou Nalgatorius. A crian�a sonhadora de 13 anos � agora um adolescente.... muito mais batido e experiente!

( leiam a hist�ria toda desde in�cio em: http://penal.com-palavras.com/labels/Nalgatorius.html)

Apesar da imagem, ridicularizada entre colegas, deixada na sala de aula tr�s anos antes, Erectus � famoso entre os professores, principalmente os do sexo feminino (e alguns indecisos), que v�m nele um potencial sex-symbol.

A professora de Ci�ncias da Natureza contou �s suas colegas que n�o conseguiu dormir tranquilamente durante uns dias. Consta que tinha sonhos er�ticos sempre que se lembrava do instrumento f�lico do seu aluno, e do seu tamanho...

As colegas de turma nunca consegu�ram desfazer-se da imagem perversa, afastando-se dele para evitar estere�tipos.

Seus colegas gozavam por inveja... Nenhum era t�o sobre-dotado e escarnecer desviava a aten��o das mi�das. T�pico de putos... Nalgatorius n�o se importava, consegu�a ultrapassar essas criancices com bastante facilidade.

-- voltando ao p�s-acidente --
O problema na escola dificultou a vida familiar, tendo sido obrigado a trabalhar de noite para, segundo os pais, valorizar a vida. A sua tenra idade era um entrave assim como a inexperi�ncia, mas semanas e alguma sorte bastaram para descobrir uma loja de comida oriental, que precisava de um estafeta para a bicicleta.

Num dos primeiros dias de trabalho, bufando cerca 5 km, foi entregar um Shop Suey de frango numa vivenda de r�s-do-ch�o cinzenta, nos arredores da vila.

Encostou a bicicleta ao muro e tocou na campainha com altifalante. Do outro lado respondeu um voz feminina electrizada:

- szzz... Quem toca? shshszzz...
- Boa noite, � da Minetetui e trago o seu Shop Suey de frango! - respondeu o rapaz ainda recuperando o f�lego.
- szzz... Entre ent�o... shhhh.... - respondeu a voz enquanto o trinco do port�o se abria.

Erectus empurrou o port�o e caminhou na direc��o da porta cinzenta. Ouviu o trinco, enquanto a porta de entrada se abria e jorrava luz intensa. Apercebeu-se, pelas curvas, que estaria uma mulher em vestido fino � sua frente. Tentou focar o rosto, mas a claridade s� permitia ver na penumbra. Enquanto apreciava as curvas sensuais apresentou-se:

- Boa noite, sou o estafeta da Minetetui e trago-lhe a encomenda... Shop...
- Ol� Nalgatorius! Obrigada. - Interrompeu a mulher, n�o deixando Erectus terminar o racioc�nio.

A porta abriu-se completamente at� se aperceber que tinha a professora de Ci�ncias da Natureza h� sua frente!

- N�o sabia que trabalhavas de noite? - continuou ela.

Corou de vergonha... saindo-lhe uma resposta sincera:

- Ol� professora... J� trabalho h� uma semana e meia... Os meus pais acharam que me fazia bem depois do incidente na escola.
- Fico feliz por te ver aqui... Queres entrar um pouco para conversarmos? Se tiveres tempo, claro!
- huum... - hesitou ele - foi a minha �ltima entrega hoje e posso entregar o dinheiro mais tarde... portanto posso entrar?! - Arrematou ele.

Pacheca ficou espantada com a agilidade do seu aluno, nas aulas parecia muito menos despachado (para as aulas, claro!). Cedeu-lhe prontamente passagem, fechando de seguida a porta com ru�do!

- Entra! Segue por esse corredor, vira � direita e fica � vontade! Eu j� venho... 2 minutos! - Ordenou ela.
- Obrigado... J� nos encontramos ent�o. - respondeu ele.

"Erectus achou estranho o tratamento da professora. Poderia estar ela a dar-lhe um momento para explicar o incidente e compreender a situa��o?!"

Entrou numa sala ampla, com um sof� em veludo branco, em L, uma mesa de jantar, com pernas pretas em U e tampo em vidro escovado.

Na mesa, � cabeceira, estava um prato, cinco talheres e dois copos. Ele dirigiu-se at� l� e pousou a embalagem da encomenda. De seguida, sentou-se na esquina do sof� branco enquanto assimilava a decora��o...

"Pelas fotos concluiu que a professora viveria sozinha e que seria solteira... teria cerca de 30 anos, muito a tempo de constituir fam�lia!"

Continuou a assimilar informa��o at� come�ar a ouvir novamente passos na direc��o da sala. Desviou o olhar focando Pacheca entrando e sentando-se junto dele.

Nunca a tinha visto de cabelo solto, mas ficava extremamente sensual e jovial, assim como o seu odor aflorado, leve e refrescante, o deixara desconcertado.

Ela olhou-o intensamente nos olhos, aumentando a dilata��o das pupilas e a intensidade do brilho, e oscolou-o hipnoticamente na boca.

(Continua brevemente...)

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