Alexia e Tutu - Cl�o e Ar�es tomam as r�deas
As luzes que atravessavam os vitrais existentes em todas as janelas da divis�o pareciam dar-lhes vida, fazendo com que as ilustra��es de influ�ncia Kama Sutrica neles representados parecessem vibrar de prazer, num orgasmo infinito. Alexia fitava-os de olhos (todos os tr�s) semicerrados, por entre uma dorm�ncia latente. Estava deitada numa bancada havia horas, sofrendo todas as torturas que a pr�pria personifica��o do Mal (bom, um pouco mais oleoso e bronzeado do que essa personifica��o seria) de toda a humanidade (pronto, talvez apenas da zona de Lisboa e Vale do Tejo), S.P. Fronh�, lhe ia infringindo, e da qual ela, por vezes, at� gostava.
- Uma menina rija que aqui temos. A tuff one, como dizem os ingleses � riu-se o velho indiano � Mas est�s prestes a quebrar. Vais ficar a conhecer o teste final... Raposa, Condensador Rego-Sint�tico!!
- E o seu ponto �? � atirou Alexia � J� tive coisas muito maiores que um condensador dentro de quase todos os orif�cios do meu corpo! N�o me intimida com isso! � gritou a loura, notando pelo canto do olho que Laura Tranco se ausentava da sala, talvez impressionada com as torturas que tinham sido levadas a cabo na sua presen�a.
- N� n� n�, nada disso! Este � um condensador... diferente. Em breve vais perceb�-lo... e senti-lo. Literalmente falando! � cacarejou Fronh� na sua dial�tica caracter�stica
- Fascinante a resist�ncia da juventude S.P. � comentou Lana Raposa � Minha passarinha, prepara-te!
Tutu espumava e bufava enquanto puxava e repuxava o rabo alvo de Cl�o.
- Mas que for�a puraAIII! � queixou-se Cl�o � Calma rapag�o! E n�o � que a brochista da Alexia tinha raz�o? Este homem � um animalAIII!
- J� chega p�! � interrompeu-os Ar�es � Temos de ir, tentar escapar daqui! Agora que j� o consolaste bamos ou n�o?
- Humm, sim... Foi um prazer Tutu � disse Cl�o, puxando as cal�as para cima � Quem sabe n�o teremos outra oportunidade, mas agora temos realmente de ir andando � acrescentou, dando um pequeno apalp�o no rabo peludo ainda desnudado de Tutu.
- Que put�!! � vociferou Ar�es, desapertando a braguilha � Abre l� essa boquinha que antes de nos pormos na alheta � a minha vez!
Uns momentos e uns engasgan�os mais tarde, os tr�s espi�es encontravam-se novamente a rastejar pelo labir�ntico conjunto de canaliza��es. Bifurca��o ap�s bifurca��o, a fuga parecia cada vez mais remota. At� que na escurid�o surgiu uma luz. E com ela, vozes.
- Parece que chegamos �s cozinhas � sussurrou Cl�o � panelas e mais panelas! E est�o l� em baixo dois homens! Oi�am!
- Oh santa, estou farta disto � disse o mais alto, de barbicha e jeito afectado � Eu sei que � preciso dar o corpinho pela causa, mas estamos c� em baixo h� s�culos!!
- Cala-se e trate de trabalhar � disse o careca, fungando ruidosamente � ele p�s-nos c� em baixo, temos de aguentar... pelo menos at� este produto estar pronto. Depois logo se v�.
- �s mesmo parba, n�o s�o as cozinhas, s�o os laborat�rios de erbas sint�ticas! � disse Ar�es, do alto da canaliza��o � � a nossa hip�tese de sair daqui! Eles s�o dois, n�s 3! Bamos a isso Tutu?
- ����... est� bem. � concordou o parceiro de Alexia, co�ando o baixo-ventre - ����... e a Alexia?
- Logo se b�! Ela � esperta, safa-se bem! Bamos ent�o! � disse, saltando de imediato pela abertura para a divis�o em baixo, seguido por Tutu e Cl�o.
- Aiii, mas quem s�o voc�s?? � disse o da barbicha, saltando para um banco, visivelmente aterrorizado � Dois bonit�es e uma javardona!!
- Fa�am pouco barulho e nada de mal vos acontecer� � disse Cl�o � Apenas queremos fugir daqui!!
- Fugir?? � fungou o careca � Ningu�m vai escapar ao Fronh� pelo laborat�rio do Careca Rapel e Jonas Bicha! Marcovnikov, E.Levita, Relva Daninha, apanhem-nos! � gritou o Careca, enquanto premia um bot�o por baixo de uma bancada. De um canto abriu-se de par em par uma porta autom�tica, de onde surgiram mais personagens prontos a apanharem-nos
- ����... venham-se mas � daqui embora! � gritou Tutu, desatando a correr e saindo pela porta mais pr�xima, logo seguido pelos outros.
A sa�da dava para um lan�o de escadas que subia. Os fugitivos foram subindo degrau ap�s degrau durante o que pareceu ser uma eternidade, indo desembocar noutra porta aparentemente n�o vigiada.
- Entrem, depressa! � gritou Cl�o � eles est�o a chegar!!
Entraram de rompante na sala, trancando a porta com um extintor familiar e um aquecedor, depois de afastarem o rabo de Cl�o j� al�ado no objecto de combate a inc�ndios.
- Bem, parece que estamos safos � disse �raes � Ser� que alguma bez escaparemos desta fortaleza?
- N� n� n�, nada disso! � disse uma voz numa cadeira de couro, por entre uma nuvem de fumo arom�tico � Vieram ter directamente �s minhas m�os... e ao meu longo cachimbo!
- Que bom, que bom, adoro cachimbadas e coisas longas!! � disse Cl�o, baixando novamente as cal�as e pondo-se de gatas, vis�o que fez Tutu come�ar a desapertar o cinto.
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