Domingo, Novembro 13, 2005

Alexia e Tutu - ePILAgo

Alguns dias tinham j� passado sobre o acidente que reduzira a cinzas e escombros um gigantesco edif�cio na margem sul, quando finalmente se reuniram condi��es de seguran�a para uma equipa de especialistas analisar as ocorr�ncias a fundo. Isto depois de um almo�o bem regado, claro est�, que o Inspector Routo e o t�cnico da brigada de fogos postos - nome de c�digo Small John- n�o deixavam os seus cr�ditos por m�os alheias. Ou melhor, alheiras, com ovo estrelado, arroz e batata frita (n�o da congelada, mas das outras), numa tasca do Monte.
- Isto � que foi encher o bandulho, Small � disse o barbudo inspector, dando suaves palmadinhas na sua barriga inchada
- Foi sim senhora, inspector � retorquiu o baixinho africano, palitando agilmente os seus dentes brancos � E aquele vinhozinho? Hummmm!
- Muito bom, melhor s� se viesse numa caneca das Caldas! Bom, mas vamos ao que interessa. � concentrou-se o inspector � Este cen�rio � miser�vel. N�o houve sobreviventes, certo?
- N�o, nem um. � confirmou Small � Luta de traficantes que acabou mal, com a pol�cia ao barulho. Cerca de 100 mortos, entre criminosos e pol�cias, muitos corpos nem foram encontrados sequer. Quem se deve ter ficado a rir foi o Xanana do Infarmed e a Dona Crosta, t�m o mercado dominado...
- Sim! Penso que at� t�m mesmo alguma coisa a ver com esta explos�o, mas faltam-nos as provas. S�o mais escorregadios que os sabonetes cremosos que eu costumo apanh... � interrompeu-se Routo, enrubescido e atrapalhado. Torceu ent�o o nariz, incomodado � que cheiro � este?? Parece... caril!
Uma pilha de cascalho pareceu vibrar e ruir, acabando por se dar uma projec��o de pedras por todo o lado, quando um vulto saltou por entre elas, erguendo-se. Por momentos contemplou os dois pol�cias com um olhar impass�vel. O seu estado era bastante miser�vel.
- Mas... mas... n�o pode ser � balbuciou um incr�dulo Inspector Routo � Alexia??? Est�s viva?
- Alexia? A mesma Alexia que eu estou a pensar? � perguntou Small John, at�nito � Essa boca lend�ria que corria de joelhos as esquadras da zona de Lisboa e Vale do Tejo??
- Xanana... vingan�a... � gemeu a personagem destro�ada. Apresentava diversas feridas, que numa pessoa normal seriam fatais. A sua cara apresentava �lceras quase fara�nicas. De olhar gazeado, antes que os dois pol�cias esbo�assem qualquer reac��o, levantou v�o gra�as aos seus propulsores anais, perdendo-se no horizonte.

Horas mais tarde, algures no norte de Portugal

O novo imperador do tr�fico de ervas sint�ticas exultava e comemorava o seu rec�m estatuto adquirido juntamente com a sua comparsa, numa festa privada.
- � Dona Crosta, traga a� mais umas tr�s, que estas j� acabaram! � disse Xanana do Infarmed, tentando ajeitar a sua fralda
- Tr�s? � jovem, isso j� perdi h� muitos anos! N�o quer antes aqui uns peitinhos de frango? Olhe que ainda est�o para as curvas!! � disse Crosta, levantando o seu avental �O Sr. Rato ainda gosta muito de c� vir roer!!
- Safa, j� lhe disse que n�o!! Mal por mal, mais valia a sua filha! � vociferou � Pronto, traga-me a� um mistozinho.
Repentinamente, ouviu-se um estrondo imenso enquanto o tecto cedia violentamente. Por entre a densa poeira, no centro da sala, Alexia ia tornando-se vis�vel. O seu olhar por detr�s dos �culos partidos era assustador, mas n�o tanto como a sua boca escancarada.
- Bom, bom, bom, a c�lebre Alexia! Entrada triunfal, para um suposto cad�ver � disse Xanana do Infarmed, batendo palmas � Como eu digo sempre, quando se quer um trabalho bem feito, nada como sermos n�s a faz�-lo. N�o dev�amos confiar em macaquinhos, mesmo que amestrados. � disse, olhando amea�adoramente para Crosta
- Oh s� t�r, eu garanto-lhe que eles estavam todos mortos debaixo dos AHHHHH � ginchou Dona Crosta, enquanto Alexia afundava mais e mais o Vibro-Sabre na velhota ressequida � O Rato nunca me penetrou assiAHHHHH!
Alexia limpou a arma nas protec��es met�licas do rabo, enquanto o corpo da idosa escorregava para o ch�o, derretendo e voltando � sua natureza inicial tantos anos depois: recheio de pastel de nata azedo. A loura virou-se, coxeando, para o traficante imp�vido.
- Humpf, essa velha gaiteira tamb�m nunca me serviu para grande coisa, desde que a trouxe l� do Meco. N�o penses que isto vai ser assim t�o f�cil comigo!! � berrou, puxando e desapertando as fraldas. Por baixo, em vez do normal p�nis masculino, encontrava-se um objecto met�lico que aumentou perisc�picamente, atingindo cerca de 3 metros � Ah ah ah, vais conhecer de perto a t�ctica profunda do ESCONDE O SALAME!!!
O ap�ndice met�lico come�ou a chicotear o ar a uma velocidade estonteante, tentando a todo o custo acertar em Alexia, como se tivesse vida pr�pria, enquanto Xanana ria com as m�os na anca, im�vel. A loura foi-se esquivando como p�de, tentando defender-se com o seu Vibro-Sabre, at� que este lhe voou das m�os. O cansa�o e as in�meras feridas acabaram por trair a agente bi�nica, que, de gatas, foi trespassada pela boca, saindo o salame met�lico pela outra extremidade do corpo, rompendo num len�ol de sangue a protec��o de liga met�lica caril-einst�nio-pal�dio.
- Ir�nico n�o �, minha menina? A tua posi��o preferida vai ser aquela em que vais morrer, lentamente e em agonia! AH AH AUUUGGHHHHH! � Alexia, num assomo de lucidez por entre tal dor (e prazer), trincara e serrara o p�nis met�lico, que, descontrolado, come�ou a atacar Xanana do Infarmed, espancando-o at� � morte. Alexia rastejou para um canto, sangrando e gemendo �Tutu...�. Enquanto desfalecia e o sono da morte a invadia, acariciou-se uma �ltima vez , pensando no seu rapag�o peludo.


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Quarta-feira, Abril 27, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte IV) - Fim - Fin - Le Grand Finale - PUM

A loura estacou, semicerrando os olhos na direc��o do seu antigo companheiro. A d�vida pareceu surgir na sua mente, imobilizando-a. Tranco, aproveitando o momento disparou v�rios raios da sua arma na direc��o do peito de Alexia, que refulgiu ricochetando, acertando em cheio em S.P. Fronh�, que cacarejou de dor. Tutu atirou-o com viol�ncia para o ch�o, e limpou as l�grimas.
- Pai... n�o... � guinchou Alexia, correndo para junto de S.P. Fronh�, que apresentava um ferimento na cabe�a � n�o me abandones...
- N� n� n�, nada disso � gemeu o indiano � burro velho n�o aprende, nem morre assim... D�-me a� o cachimbo!
- Ele n�o � teu pai Alexia!! � disse Victor Gina � � um criminoso... um monstro!
A loura pousou carinhosamente o moribundo, que parecia aliviar a sua dor puxando �vidos bafos do seu cachimbo, e levantou-se, com um olhar perigoso na direc��o de Tranco
- Vais-me pagar!! � gritou, correndo na direc��o da traidora de Fronh�. Contudo, a meio caminhou estacou quando um vulto lhe saltou para as costas � Mas, mas o que � isto??
- Minha Deusa!! � disse um Guarda R�gio cheio de desejo, que se agarrava solidamente �s costas e ao rabo de Alexia � N�o vou morrer sem te possuir! Ahhh!! � Gemeu de prazer � medida que cavalgava a loura, tentando romper as suas protec��es met�licas traseiras. Alexia, furiosa, saltava, bufava e mandava-se contra a parede, desesperada por n�o conseguir ver-se livre do GNR tarado. Tutu correu na sua maneira carater�stica, e com um s� movimento violento carregado de ci�mes arrancou R�gio de cima de Alexia e atirou-o contra Cl�o, que estava deitada junto � parede.
- Ol� beleza � disse o GNR com um olhar reluzente para a informadora da esquadra de Monsanto, saltando-lhe de seguida para cima.
- Parem!! � gritou Laura Tranco � L� em baixo!! O outro prisioneiro est� a correr na direc��o dos reservat�rios de hidrog�nio, e parece ter uns... explosivos!! Se l� chega � o nosso fim, fazemos uma cratera que se v� da lua!!
- �����... esse n�o � o agente do posto de Sintra? � perguntou Tutu
- N�o, eu sei quem ele � � disse Victor Gina, olhando pela janela � O seu nome � Stefalo, e pertencia a um grupo rival de Fronh�, que este aniquilou, controlado pela Calimera Escarros. Se ele aqui est�, o seu pensamento � s� um, o da vingan�a!!!
- ����... Alexia... por favor � suplicou Tutu � s� tu o podes parar... Em nome de todos os momentos que passamos juntos... especialmente aqueles em que estavas de joelhos...
Alexia pareceu ter uma sensa��o de reconhecimento, e hesitou. Olhando para Tutu uma l�grima escorreu pela sua face. Aproximando-se da janela, pareceu tomar uma decis�o e saltou, aterrando no p�tio do edif�cio Aparte Mental com toda a suavidade que do uso dos seus propulsores anais lhe permitiam. Com alguns saltos colocou-se entre um surpreso Stefalo e os reservat�rios de hirog�nio.
- Mas... olha quem � ela! � disse o desnudado louco � Com um novo look desde que me abandonaste l� atr�s depois do fellacio, mas o mesmo ar cabresco! Vens para o fogo de artif�cio final �?
- Venho... para te parar - sibilou Alexia � a bem... ou a mal!
- Tu??? Minha reles, n�o �s advers�ria para mim, vou explodir com tudo, tudo!!! �. e sem hesitar lan�ou tr�s jactos de bromo na direc��o da loura, que se esquivou, embora com alguma dificuldade. O perigoso l�quido foi acertar mais atr�s nas partes baixas do corpo de Arata, que gemeu dolorosamente. Ao fazer men��o de avan�ar na direc��o de Stefalo, o louco gritou para Alexia.
� Para!! Toca-me e estes b�b�s suscept�veis v�o dar-te uma nova cor a esse rabinho!! - disse, dando umas palmadinhas nos frascos de nitroglicerina, enquanto disparava in�meros jactos da sua arma. A loura foi obrigada a dan�ar por entre os feixes, que lhe foram rasando e ferindo alguns pontos do corpo, at� que com um salto conseguiu agarrar a pistola e lutar pela sua posse com Stefalo.
- N�o conseguir�s! N�o conseguir�s! � gritava Alexia, ferida, enquanto o ex-prisioneiro ripostava, os dois bem juntos � Ah ah ah! Quanto mais abanamos, mais perto ficamos de ir pelos ares! Ah ah ah!
Os dois vultos lutavam furiosos, n�o se apercebendo que Arata se levantava, furioso e cheio de dores quer pela sua virilidade agredida, quer pelo seu almo�o que nunca mais chegava. Uivou assustadoramente enquanto carregou sobre os dois inimigos que, apanhados de surpresa, foram arrastados pelo gigante na direc��o dos reservat�rios de hidrog�nio. Um cambaleante e muito ferido Ar�es, observando pela janela do 7� andar, conseguiu antes do impacto e da grande explos�o lan�ar um grito que se ouviu por quil�metros e quil�metros
� Ca put�����������������������������������������!


No dia seguinte, algures no Norte do Pa�s

Uma mulher pequena, magra, postulenta e de idade avan�ada entrou na sala. Trazia um vestido simples, usando por cima um avental velho e sujo, e na m�o um tabuleiro com past�is de nata ressequidos. Aproximou-se do cadeir�o que se encontrava junto a uma janela, no qual se encontrava algu�m a fumar um charuto.
- Ent�o jovem, coma l� um pastelinho para comemorar � disse a rec�m chegada num sotaque caracter�stico, atirando para cima da mesa um jornal onde a manchete era acompanhada por uma fotografia de um edif�cio destru�do e em chamas.
- Excelente, excelente, Dona Crosta! � respondeu o outro tamb�m de idade avan�ada, de barbas e usando uns cal��es que pareciam mais umas fraldas � N�o h� nenhum sobrevivente?
- � Doutor Xanana do Infarmed, nem um... � esclareceu � V� coma, tenho ali mais uns mistos e umas sandochas, tem que se alimentar bem que agora vamos ter muito trabalhinho, o mercado das ervas sint�ticas � nosso � disse, gritando para a porta no seu vern�culo habitual � � Rato, traz os panadinhos!
Uma gargalhada maquiav�lica ecoou, � medida que um plano zoom out (que s� � poss�vel nos filmes mas que me apeteceu estupidamente referir aqui porque vou acabar esta trampa agora) se afastava do ed�ficio.


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Domingo, Abril 17, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte III)

O fugitivo contemplou o que se lhe deparava com a confian�a de um louco que ele de facto era.. Algumas dezenas de GNRs dominavam in�meros criminosos por entre um tamb�m grande n�mero de cad�veres, no que parecia ter sido um violento palco de batalha. A sua tonalidade habitualmente p�lida enrubesceu ao situar a vis�o chispante no seu objectivo, que distava cerca de 300 metros de dist�ncia.
- O dia do ju�zo final chegou para voc�s!! � berrou, correndo pelo p�tio disparando jactos da sua arma de Bromo no Ponto Cr�tico (TM, ou ent�o n�o), abatendo todos os que lhe ousaram fazer frente at� o ar ficar carregado de uma tonalidade laranja do l�quido corrosivo - Agora n�s � disse, libertando-se das suas roupas esfarrapadas, por baixo das quais se encontrava totalmente nu, usando apenas tr�s coletes com uns frascos estranhos e o p�nis pintado com as cores da bandeira da �ndia.



Alexia hesitou durante um segundo, rodando de seguida sobre si pr�pria. Com uma rapidez impressionante saltou alguns metros e trespassou por tr�s um incauto Drinho Ludemar, que lan�ou um lancinante uivo, de dor ou prazer indistinto.
- ����, Alexia... n�o... � choramingou Tutu � o teu rabinho... que saudades...
Num �nico movimento a loura libertou a sua arma, limpou os cantos da sua cil�ndrica boca e, numa dan�a mortal e ex�tica saltou, esventrando Careca Rapel (que aproveitou o seu �ltimo suspiro para fungar) e ferindo no rabo Bicha. Os seus olhos estavam como que mortos, ao contr�rio do seu traseiro que parecia querer saltar das suas protec��es met�licas. Laura Tranco estava at�nita no seu ar germ�nico habitualmente impass�vel, completamente apanhada de surpresa por aquilo que ela tinha pensado ser apenas mais uma tortura, ter sido afinal a transforma��o de um inimigo naquele ser h�brido louro e mort�fero.
- Isso meu b�b�, mata, mata em nome do teu pai! � delirava Fronh�, dan�ando em cima da sua secret�ria com um aquecedor na m�o � Mata que o teu pap� recompensa-te com o chupa que tu tanto gostas!! Ai, a minha espondilose! � queixou-se, agarrando-se ao ombro
Alexia rodou novamente e correu na direc��o de Tranco, amea�adora. Dentes de a�o, ainda suja com o sangue de Ar�es rastejou como um animal e ferrou as suas presas afiadas com toda a viol�ncia na n�dega met�lica da loura. Na face do animal surgiu primeiro a surpresa, e depois a dor ao constatar que os seus perigosos dentes se estilha�avam sem ferir o inimigo.
- Ah ah ah � riu-se Fronh� � Am�lgama de tit�nio-pal�dio-einst�nio-caril, a mais dura do universo, e tamb�m a mais bem cheirosa! Cria��o minha, evidente! Aiii! � ginchou, caindo da secret�ria
- Agora chega!! � gritou Cl�o, chorosa e transtornada pelo ferimento de Ar�es � Podes estar mudada, mas continuas a mesma pega reles de sempre! Vou vingar-me e vencer-te, tal como fiz � Pega Ricardo!! � disse, silvando como uma serpente. As duas arqui-inimigas encontravam-se frente a frente, mais parecidas que nunca. Salvo as horrendas cicatrizes de Alexia e os seus �culos, poderiam ser facilmente confundidas. Cl�o puxou do rabo de Jonas Bicha um mega-vibrador afiado, e correu na direc��o de Alexia a uma velocidade ainda maior aquela a que perseguia os clientes em Monsanto. Tocada momentaneamente por algo superior ao seu ser, conseguiu acertar em Alexia e feri-la no rosto, adicionando-lhe mais uma feia marca.A contra-resposta foi brutal, e com um soco Cl�o voou pela sala derrubando o Guarda R�gio e o termo de Arata. O gigante enfureceu-se pelo seu almo�o ter sido interrompido (o 11�, cabrito assado no forno), e investiu violentamente como um rinoceronte na direc��o da loura metalizada, soltando arrotos semelhantes a bramidos. Esta desviou-se no �ltimo momento, fazendo com que o peludo lutador de sumo rebentasse a parede e se estatelasse no ch�o sete andares abaixo.
- Ahhhhhh � guinchou Fronh�, com a voz abafada � como pudeste..ugghhh
- �����... Alexia � disse Tutu, chorando copiosa e raivosamente enquanto esganava o indiano, cujo pesco�o tinha apertado por tr�s � ����... para imediatamente ou parto-lhe o pesco�o como a uma galinha!


(eu sei, eu sei, prometo que desta s� continua mesmo mais uma vez... ou ent�o o Benfica ainda perde o campeonato porra!!!)

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Domingo, Abril 10, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte II)

Os dois amigos dirigiam-se rapidamente para o exterior do edif�cio. O aviso tinha sido claro: GNRs tinham encontrado o esconderijo, e encontravam-se neste momento a atacar as imedia��es.
- R�pido Paulito, r�pido � disse o mais alto � Temos de os impedir de chegar ao velho e � mulher!
- Calma Pintarola � respondeu o seu ofegante colega � A outra gaja chata que n�o para de aparecer na guarita tira-me o f�lego todo!! Mais vale 30 GNRs que ter de a aturar!!
- Quem te vai tirar o f�lego sou eu! � gritou um ser de olhos felinos, que passou pelos dois servi�ais do Fronh� a correr, atingindo-os com um l�quido escuro que come�ou a corro�-los instant�nea e dolorosamente � � apenas Bromo no ponto cr�tico seus maricas! O vosso fim chegou, e em breve o dos outros! � berrou, saindo do edif�cio e deixando as duas massas de carne agora indistintas contorcendo-se no ch�o


O sil�ncio do gabinete era sepulcral. A trai��o de Tranco emudecera todos os presentes, especialmente S. P. Fronh�, que estava t�o hirto como o seu cachimbo tombado.
- Como... como me pudeste trair? Tantos anos de s�nteses comuns... � balbuciou o indiano
- Como v� todos os criminosos t�m o seu destino tra�ado � disse Victor Gina � devia ter-se dedicado � gastronomia, a um qualquer restaurante Indiano, ou a vender flores na Baixa. Foi abandonado at� pelos seus, sim porque...
- Cale-se seu pol�cia est�pido e gordo! � atirou Tranco sem pestanejar, � medida que das sombras surgiam Drinho Ludemar e uma personagem animalesca babada de dentes salientes � Pensa que o ajudei? Usei-o apenas para reunir aqui todos os meus inimigos, e venc�-los a todos! Se bem que ali a bisarma j� se adiantou com a Raposa...
- Fui, fui... usado? � disse Gina, incr�dulo � N�o... n�o posso.. j� n�o era usado desde que fui violado por aquela brasileira de 80 anos...
- Tamb�m tu? � disse Fronh� a Ludemar, endurecendo a voz � Tamb�m tu me trais, a quem eu tratei como uma filha... filho... qualquer coisa?
- � assim, estou farto do seu cheiro a caril logo pela manh�!! � retorquiu o afilhado de S.P., acariciando o cachecol � Estou a precisar de apanhar outros comboios, percebe?
- Oh santa, se querias comboios podias ter falado comigo!! � ginchou Jonas Bicha do canto da sala onde estava acocorado
- Chega!! � gritou a impass�vel Tranco, enquanto tirava da bata uma pistola de secagem reluzente � Chegou a hora!! Ludemar, Dentes de a�o, ataquem!!
Com um s�bito salto o animal avan�ou aleat�riamente em direc��o a Cl�o, de dentes al�ados e escorrendo um fio de baba. No �ltimo momento Ar�es, num gesto de sacrif�cio para salvar a sua companheira saltou para a sua frente, sendo atingido de lado e ficando com o bra�o dilacerado. No outro lado da sala, Ludemar agarrou nos colarinhos do Guarda R�gio e come�ou a esbofete�-lo, enquanto Laura Tranco avan�ou amea�adoramente com a sua arma em riste na direc��o do indiano. Arata ergueu a vista, observando aparvalhado o reboli�o e arrotando aud�velmente, continuando de seguida calmamente a degustar o seu quinto almo�o, Bacalhau � Z� do Pipo.
- Ah ah ah ah! � riu-se Fronh�, largando uma hist�rica e insana gargalhada, que imobilizou toda a gente � N� n� n�, ainda n�o estou acabado, nada disso!! Alexia, meu anjo louro, vem, vinga o criador da tua nova vida!!
- �����... Alexia! - disse Tutu, com os olhos cheios de l�grimas ao ouvir o nome da sua amante
Do tecto surgiu o vulto, completamente mudado, de Alexia.V�rias partes do seu corpo desnudado estavam revestidas a metal, em particular as sexuais. O seu cabelo louro outrora comprido e lustroso, estava agora curto e ba�o rente � cabe�a. A sua cara estava marcada por horr�veis cicatrizes e bexigas, e a sua boca distorcida numa forma cilindrica, como que insinuando aquilo que a antiga Alexia tinha adorado praticar na sua anterior vida. A cara era ainda adornada com uns estranhos �culos de grossas lentes, que pareciam esconder outras fun��es al�m de melhorar a sua vis�o. O mais estranho era mesmo assim um objecto met�lico vibrat�rio e afiado que a loura trazia na m�o. Noutros tempos um bast�o desse calibre estaria j� incrustado numa determinado parte do corpo da possuidora...

(continua, porque ainda falta a �ltima parte da �ltima parte)

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Quarta-feira, Mar�o 09, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte I)

As canaliza��es oscilavam acompanhadas por um ligeiro som met�lico � medida que um vulto de roupas esfarrapadas rastejava violenta e obstinadamente.
- Aqueles falsos! Mostrei-lhes a sa�da e eles abandonaram-me!!- rosnou, espumando-se � Vingar-me-ei! Mas primeiro a amostra de ghandi e a avestruz vesga da mulher dele, primeiro eles! Ahah... ahah! V�o beijar-me os p�s, todos!! � gritou mais uma vez o vulto, interrompendo-se ao avistar uma sa�da por um respiradouro.
- Mas... o que �... isto??? � os seus olhos verdes brilharam com o conte�do da sala para onde se preparava para escapar e que lhe iria permitir cumprir a sua vingan�a



A divis�o estava cada vez mais envolta numa nuvem de fumo, provocando um ligeiro lacrimejar nos olhos de Cl�o. A loura, juntamente com o seu chulaborador Ar�es e o alto Tutu, encontravam-se ref�ns de S.P. Fronh� no seu gabinete, situado no �ltimo andar do alto ed�ficio que lhe servia de base operacional. A seu lado estavam Lana Raposa, bem como Careca Rapel e Jonas Bicha, que sorridentes e acabados de entrar seguravam os cativos, por entre uma fungadela.
- Sim senhora, chegaram mesmo a horas! Tal e qual como Alexia! � disse S.P. aos 3 informadores da GNR � Aut�ntica pontualidade brit�nica! Ai como eu gosto desse pa�s...
- ����... Alexia? Onde est� a Alexia?- choramingou Tutu � ����... N�o lhe fez mal pois n�o?
- N� n� n�, nada disso! � disse o indiano, interrompendo-se ao ouvir uma grande agita��o no exterior, juntamente com alguns tiros. Dirigiu-se � janela, e ao espreitar o seu semblante alterou-se, ficando visivelmente transtornado.
- Que se passa S.P.?? � perguntou Raposa � Que confus�o � essa?
Nesse preciso instante um grande estrondo ribombou pelas escadas, e a porta do gabinete foi arrombada com grande viol�ncia. Por entre a ombreira da mesma um gigante barbudo de cuecas surgiu com um salto, indo aterrar precisamente em cima da mulher de Fronh�. Os seus olhos rolaram momentaneamente nas �rbitas alinhando-se como os de qualquer pessoa normal, o que provocou um largo sorriso em Lana Raposa durante o fugaz momento imediatamente anterior � sua cabe�a ser esmigalhada por um enorme termo de comida com que o gigante se fazia acompanhar. A seu lado surgiram ent�o o Chefe Victor Gina e o seu fiel escudeiro, Guarda R�gio, que prontamente dominou Careca Rapel, enquanto Bicha guinchava estericamente num canto, de rabo para o ar, inofensivo(a).
- Os seus dias de tr�fico acabaram velha chamussa! � cuspiu Gina � Os meus homens encontram-se neste momento no controlo do edif�cio Aparte-Mental. Solte os meus agentes! J�! � berrou para S.P. Fronh�
- Nunca pensei ficar t�o feliz em v�-lo... � admitiu Cl�o, emocionada � Mas obrigado, por nos ter salvo! O que posso lamber para o compensar?
- ����... mas Chefe, ele ainda tem a Alexia � disse Tutu aflito, co�ando o rabo � ����... acho que lhe fez mal!
- N�o! Alexia... Essa deusa moderna... essa afrodite dos meus sonhos... � suspirou R�gio - N�o lhe pode ter acontecido nada! N�o sem antes eu ter provado o seu sak�, o seu sumo, a sua c...
- Cala-te p�!
N�o v�s que a coisa � grave, sua besta! � reclamou Victor Gina � Se lhe fizeste alguma coisa, eu juro que te deixo esse rabo tostado pior que a ultima brasileira que me passou pelo estreito! � acrescentou, dirigindo-se ao traficante que se encontrava mudo de espanto olhando para a sua mulher esmagada por Arata, que comia alegremente do termo algo parecido a Roj�es � Transmontana
- Mas... como descobriu a minha base? � sussurrou Fronh�, distante � Como? Como foi poss�vel?
- Pergunte � sua colaboradora. Ela sabe bem � sorriu amargamente o Chefe � Onde est� Alexia? S� lhe pergunto mais uma vez!!
- Mas quem? Quem trairia este velho tonto e fraco? � perguntou novamente fronh�, deixando cair o cachimbo j� apagado
- Eu mesma, seu velho irritante! � disse uma vitoriosa e confiante Laura Tranco que, silenciosa, entrara no gabinete

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Segunda-feira, Fevereiro 21, 2005

Alexia e Tutu - Cl�o e Ar�es tomam as r�deas

As luzes que atravessavam os vitrais existentes em todas as janelas da divis�o pareciam dar-lhes vida, fazendo com que as ilustra��es de influ�ncia Kama Sutrica neles representados parecessem vibrar de prazer, num orgasmo infinito. Alexia fitava-os de olhos (todos os tr�s) semicerrados, por entre uma dorm�ncia latente. Estava deitada numa bancada havia horas, sofrendo todas as torturas que a pr�pria personifica��o do Mal (bom, um pouco mais oleoso e bronzeado do que essa personifica��o seria) de toda a humanidade (pronto, talvez apenas da zona de Lisboa e Vale do Tejo), S.P. Fronh�, lhe ia infringindo, e da qual ela, por vezes, at� gostava.
- Uma menina rija que aqui temos. A tuff one, como dizem os ingleses � riu-se o velho indiano � Mas est�s prestes a quebrar. Vais ficar a conhecer o teste final... Raposa, Condensador Rego-Sint�tico!!
- E o seu ponto �? � atirou Alexia � J� tive coisas muito maiores que um condensador dentro de quase todos os orif�cios do meu corpo! N�o me intimida com isso! � gritou a loura, notando pelo canto do olho que Laura Tranco se ausentava da sala, talvez impressionada com as torturas que tinham sido levadas a cabo na sua presen�a.
- N� n� n�, nada disso! Este � um condensador... diferente. Em breve vais perceb�-lo... e senti-lo. Literalmente falando! � cacarejou Fronh� na sua dial�tica caracter�stica
- Fascinante a resist�ncia da juventude S.P. � comentou Lana Raposa � Minha passarinha, prepara-te!


Tutu espumava e bufava enquanto puxava e repuxava o rabo alvo de Cl�o.
- Mas que for�a puraAIII! � queixou-se Cl�o � Calma rapag�o! E n�o � que a brochista da Alexia tinha raz�o? Este homem � um animalAIII!
- J� chega p�! � interrompeu-os Ar�es � Temos de ir, tentar escapar daqui! Agora que j� o consolaste bamos ou n�o?
- Humm, sim... Foi um prazer Tutu � disse Cl�o, puxando as cal�as para cima � Quem sabe n�o teremos outra oportunidade, mas agora temos realmente de ir andando � acrescentou, dando um pequeno apalp�o no rabo peludo ainda desnudado de Tutu.
- Que put�!! � vociferou Ar�es, desapertando a braguilha � Abre l� essa boquinha que antes de nos pormos na alheta � a minha vez!
Uns momentos e uns engasgan�os mais tarde, os tr�s espi�es encontravam-se novamente a rastejar pelo labir�ntico conjunto de canaliza��es. Bifurca��o ap�s bifurca��o, a fuga parecia cada vez mais remota. At� que na escurid�o surgiu uma luz. E com ela, vozes.
- Parece que chegamos �s cozinhas � sussurrou Cl�o � panelas e mais panelas! E est�o l� em baixo dois homens! Oi�am!
- Oh santa, estou farta disto � disse o mais alto, de barbicha e jeito afectado � Eu sei que � preciso dar o corpinho pela causa, mas estamos c� em baixo h� s�culos!!
- Cala-se e trate de trabalhar � disse o careca, fungando ruidosamente � ele p�s-nos c� em baixo, temos de aguentar... pelo menos at� este produto estar pronto. Depois logo se v�.
- �s mesmo parba, n�o s�o as cozinhas, s�o os laborat�rios de erbas sint�ticas! � disse Ar�es, do alto da canaliza��o � � a nossa hip�tese de sair daqui! Eles s�o dois, n�s 3! Bamos a isso Tutu?
- ����... est� bem. � concordou o parceiro de Alexia, co�ando o baixo-ventre - ����... e a Alexia?
- Logo se b�! Ela � esperta, safa-se bem! Bamos ent�o! � disse, saltando de imediato pela abertura para a divis�o em baixo, seguido por Tutu e Cl�o.
- Aiii, mas quem s�o voc�s?? � disse o da barbicha, saltando para um banco, visivelmente aterrorizado � Dois bonit�es e uma javardona!!
- Fa�am pouco barulho e nada de mal vos acontecer� � disse Cl�o � Apenas queremos fugir daqui!!
- Fugir?? � fungou o careca � Ningu�m vai escapar ao Fronh� pelo laborat�rio do Careca Rapel e Jonas Bicha! Marcovnikov, E.Levita, Relva Daninha, apanhem-nos! � gritou o Careca, enquanto premia um bot�o por baixo de uma bancada. De um canto abriu-se de par em par uma porta autom�tica, de onde surgiram mais personagens prontos a apanharem-nos
- ����... venham-se mas � daqui embora! � gritou Tutu, desatando a correr e saindo pela porta mais pr�xima, logo seguido pelos outros.
A sa�da dava para um lan�o de escadas que subia. Os fugitivos foram subindo degrau ap�s degrau durante o que pareceu ser uma eternidade, indo desembocar noutra porta aparentemente n�o vigiada.
- Entrem, depressa! � gritou Cl�o � eles est�o a chegar!!
Entraram de rompante na sala, trancando a porta com um extintor familiar e um aquecedor, depois de afastarem o rabo de Cl�o j� al�ado no objecto de combate a inc�ndios.
- Bem, parece que estamos safos � disse �raes � Ser� que alguma bez escaparemos desta fortaleza?
- N� n� n�, nada disso! � disse uma voz numa cadeira de couro, por entre uma nuvem de fumo arom�tico � Vieram ter directamente �s minhas m�os... e ao meu longo cachimbo!
- Que bom, que bom, adoro cachimbadas e coisas longas!! � disse Cl�o, baixando novamente as cal�as e pondo-se de gatas, vis�o que fez Tutu come�ar a desapertar o cinto.

(continua, mas s� escrevo isto mais uma vez)

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Ter�a-feira, Janeiro 11, 2005

Alexia e Tutu - A fuga

Estava uma tarde calma e solarenga. O g�nero de tarde que n�o d� vontade de fazer nada. Tratando-se do Guarda R�gio, esse inactividade era de certo modo aumentada aos milh�es. Bom, pelo menos algum tipo de inactividade.
- Xiiiii, que bonito rabinho � dizia o agente, segurando uma revista com a �nica m�o vis�vel por cima da mesa � vem... vem....AAHHHH!!
- Mas o que se passa a�?? � disse uma voz anasalada pelo intercomunicador � Outra vez a brincarem � apanha com a mulher da limpeza?
- N�... n�o chefe! � disse apressadamente R�gio, enquanto limpava a m�o a uma carta com o selo do minist�rio � � que os entalei... os dedos!
- Bem bem, vamos l� a acabar com as paneleirices! � barafustou Victor Gina � Prepara o Arata e os outros, temos festa!!
- O Arata?? � perguntou o outro, imaginando que tipo de problemas necessitariam do barbudo lutador de sumo - Mas que se passa Chefe??
- Alexia � esclareceu � finalmente not�cias. Temos a localiza��o da base do Fronh�, mas � preciso agir mais depressa do que eu trato de um bumbum gostoso! Despachem-se!! � gritou, encerrando a comunica��o.

A alguns quil�metros dali, dentro de uma comprida canaliza��o uma loura de saia encontra-se na sua posi��o mais natural, ou seja, de gatas.
- Estou cansada Tutu, n�o consigo rastejar mais... � disse Alexia, a sua voz ecoando nas paredes do sombrio cano por onde tentavam fugir � e tenho fome...
- ����... queres um pepino? � sugeriu o seu companheiro, levando a m�o ao bolso
- Tutu! Como podes pensar nisso agora? � ralhou Alexia, ajeitando os �culos � Temos uma bifurca��o ali � frente... vamos por qual lado?
- Mas porque � que aqueles dois pararam? � perguntou Cl�o � n�o � hora para broches sua porca! J� chegou o que fizeste ao desgra�ado que deix�mos l� na cela!
- N�o � isso, ela queixa-se dos joelhos � disse Ar�es com o seu sotaque nortenho caracter�stico � Quem diria, depois de tanto os esfregar nas matas de Monsanto j� deviam estar calejados � acrescentou, rindo-se com grande vontade.
- Querem o qu� meus vadios nojentos? � espumou de raiva a loura � Tutu, vamos embora j�! Vamos pela esquerda, eles que v�o pelo outro lado!! � e dito isto come�ou a gatinhar com uma velocidade furiosa.
- Isso, boa viagem sua Cicciolina na reforma � disse a outra loura escarnecendo
- ����... Alexia... ���.... espera � disse Tutu tentando segui-la no seu jeito natural atrapalhado, mas sem sucesso. Ao fim de algumas dezenas de metros e novas bifurca��es o rapag�o estava perdido quer da loura, quer dos outros dois.
- ����... Alexia... n�o me deixes sozinho � choramingou, encolhendo-se.

Toldada pela raiva Alexia rastejou durante metros at� se aperceber que tinha deixado para tr�s Tutu. Preparava-se para voltar quando ouviu algumas vozes vindas de um respiradouro mais � frente. Aproximou-se silenciosamente e espreitou.
- N� n� n�, n�o quero ouvir nada disso! � vociferou um indiv�duo indiano de idade avan�ada � Encontrem-me aqueles cinco e j�!
O pr�prio S.P. Fronh� estava sob os p�s Alexia num escrit�rio, discutindo com Lana Raposa. �Tenho de sair daqui e avisar o Chefe Victor!� pensou, tentando dar a volta e continuar pela canaliza��o.
- Mas S.P., eles meteram-se nas canaliza��es, e aquilo � um labirinto! � disse Raposa tentando acalmar o marido � Podem estar em qualquer lado! At� mesmo por cima desta... � calou-se quando o seu olho a�reo detectou de facto movimento na abertura v�sivel do gigantesco cano branco.
Num �pice a conjugue do traficante agarrou numa pistola de l�quidos i�nicos e disparou para o cilindro met�lico, fazendo a estrutura come�ar a derreter e a tremer. Alexia tentou escapar em v�o, caindo juntamente com algumas sec��es met�licas em cima da secret�ria.
- Olha quem aqui temos, uma menina t�o bonita � disse Fronh� com o seu sotaque pouco percept�vel, aproximando-se � Tu � que �s a c�lebre Alexia?
- Seu.. seu... indiano oleoso nojento! � atirou a loura � nem ouses p�r-me a m�o em cima!
- Vou p�r muito mais Alexia, muito mais... Gostas de chamussas? Ou de croquetes com caril? Tenho um... longo! neg�cio para te prop�r...
(Continua)

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Domingo, Dezembro 19, 2004

Alexia e Tutu - Os prisioneiros

Um leve balancear fazia com que o rabo de Alexia adquirisse tamb�m um estranho ritmo, o que acabou por despertar a loura:
- Agora n�o Tutu, d�i-me a cabe�a � reclamou, abrindo os olhos ainda vagamente ensonada, constatando com surpresa por entre as suas p�lpebras entreabertas que se encontrava num barco, e amarrada. Quem abanava o seu empinado traseiro n�o era (desta vez) o seu companheiro, mas sim o movimento cadenciado do que lhe parecia ser um cacilheiro velho e ferrugento. �O g�s... fomos apanhados pela Lana Raposa! Que est�pidos!� pensou Alexia observando os outros tr�s vultos �Estamos aqui os quatro amarrados por causa daquela pega Cl�o!� . Durante alguns momentos Alexia tentou em v�o libertar-se tentando fazer uso de tanta pr�tica de algemas, at� que, extenuada, se deixou dormir mais uma vez.

Quando acordou novamente estava a ser transportada em ombros por Paulito e Pintarola na direc��o de um edif�cio branco com v�rios andares e geometria estranha.
- Para onde me levam? � perguntou assustada a loura aos seus captores.
- Pouco barulho sua puta! � ordenou Paulito � Por agora vais fazer companhia aos teus amigos, e mais tarde o patr�o vai tratar de ti! Vais ter o prazer de provar o seu cachimbo arom�tico - acrescentou, sorrindo � E como ele gosta de meninas com ar de porca!
- E voc�s... n�o gostam tamb�m? � disse Alexia aos dois, fazendo uma tentativa desesperada � Nem sabem as maravilhas que a minha boca era capaz de fazer �s vossas cabe�as de camar�o...
- Nem quero saber sua loura nojenta! Essa l�ngua n�o chega para mim, tenho muito melhor... e maior! � cuspiu Paulito, acabando com as poucas esperan�as da informadora.

Entraram os tr�s no edif�cio e seguiram por um labir�ntico conjunto de corredores cujo tecto era composto por canaliza��es de v�rios feitios e tamanhos. Depois de algum tempo chegaram a uma sala sombria para onde Alexia foi atirada, e logo a porta met�lica se fechou ap�s a sa�da de Paulito e Pintarola. Da quase total escurid�o surgiu uma voz:
- ��� Alexia, est�s bem? � perguntou um Tutu audivelmente abalado
- Estou Tutu... apenas um pouco dorida. Sinto-me como aquela vez em que chegou o um lote de ar�etes de arrombamento � esquadra... n�o consegui sentar-me durante um m�s! � queixou-se a loura
- Ainda hoje n�o consegues seu t�nel de metro por fechar! � atirou uma voz feminina da escurid�o
- Cl�o, sua vacarrona nojenta! � espumou Alexia � antes isso que fazer desaparecer com o rabo as bocas de inc�ndio de Lisboa inteira!!
- V� meninas, j� chega � apaziguou Ar�es no seu sotaque nortenho caracter�stico � N�o comecem, foi por isso mesmo que fomos apanhados! Tentem dar tr�guas uma � outra durante uns tempos...
- Mas quem consegue resistir a escarrar naquela vadia? N�o tenho culpa... � lamentou-se Cl�o

A troca de insultos foi interrompida pela entrada de uma figura feminina de �culos, ruiva e meia idade na sala que lhes servia de pris�o. Trazia consigo um carrinho cheio de comida, e vinha armada com seringas carregadas de um g�s misterioso.
- ���� quem � voc�? - perguntou Tutu com um ar esfomeado, mais pelas pernas da mulher que pela comida
- N�o interessa muito quem sou, mas se querem mesmo saber chamo-me Laura Tranco- esclareceu a ruiva - Trabalho para o Fronh� e sou respons�vel por voc�s os cinco, pelo menos at� ele resolver o que fazer.
- Cinco? Mas n�s somos s�... � calou-se Alexia quando reparou que a um canto da cela improvisada estava realmente um rapaz de barba rala e tez algo p�lida com as roupas em farrapos. � Pobre coitado... quem �?
- Um agente de uma esquadra qualquer em Sintra que nos seguia � esclareceu Laura Tranco � Foi torturado nos laborat�rios com botijas de azoto e atirado para aqui antes de voc�s chegarem. Mas chega de conversa fiada. Aproveitem o tempo que vos resta e comam uma �ltima refei��o, ou se preferirem, uns aos outros � riu-se, fechando a porta - venho buscar-vos daqui a bocado!

Alexia e Tutu preferiram chegar-se perto do rapaz, enquanto Cl�o parecia seguir a sugest�o de Tranco e atirar-se de boca escancarada pronta a dilacerar o sexo de Ar�es.
- Olha o que nos espera Tutu... ser torturados at� n�o passarmos de figuras retorcidas... � choramingou a loura - n�o ser� melhor cavalgares-me o rabinho uma �ltima vez?
- ����... Alexia, ele est� a tentar dizer qualquer coisa � disse o companheiro da loura
- Aquele... aquele indiano oleoso... � murmurou o agente moribundo, com os seus olhos verdes brilhando � vou fugir daqui... vou vingar-me!!
- Poupa as tuas for�as pobre diabo � tentou consol�-lo Alexia, massageando as suas partes baixas � n�o h� maneira de escapar...
- Eu... eu sei como... � confessou, surgindo-lhe um sorriso de prazer no seu rosto marcado � sei como podemos... escapar!! Pelas.. pelas canaliza��es!!
- Tutu, esquece a cavalgada!! � disse Alexia notando pela primeira vez o tamanho absurdamente grande das canaliza��es que tamb�m estavam presentes no tecto da sala - Tratas do meu rabo mais tarde, vamos fugir daqui!!


(continua)

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Segunda-feira, Novembro 22, 2004

Alexia e Tutu - O reencontro

Alexia espreitava sobre uns caixotes de madeira, empinando o seu traseiro proeminente real�ado por uns cal��es de licra vermelhos. As pistas que a loira e Tutu tinham seguido levaram-nos a um armaz�m abandonado junto ao rio Tejo, algures na marginal.
- ���, v�s alguma coisa Alexia? � perguntou Tutu, com a cabe�a baixa junto �s duas n�degas vermelhas da loura, tentando conter o fio de baba que teimava em escorrer.
- Cala-te! N�o nos podem ver aqui, sen�o estamos feitos! � respingou alexia � Daqui s� consigo ver 5 tipos a embalarem uns fardos e a carreg�-los para umas carrinhas. Estranho, parecem ter o s�mbolo da... Transtejo! Deve ser para camuflar o transporte.
- ����... isso n�o s�o os barcos? N�o � melhor telefonar ao chefe Victor?
- Claro que n�o Tutu, s� depois de termos mais informa��es. Vou tentar ouvir aqueles dois � disse apontando para os tipos e rastejando na sua direc��o, ocultada pelos caixotes. Aquela posi��o de quatro lembrava-lhe sempre as noites animadas l� na esquadra �Que saudades!�, pensou, escutando ent�o a dupla.
- Desta vez temos uma carga do melhor, Pintarola � disse o mais baixo para o outro � erva colhida e pronta a sintetizar, muito boa. O Fronh� vai ficar bem satisfeito.
- � bom que sim, porque lembro-me de uma vez em que a erva vinha estragada... O tipo que a entregou nunca mais foi o mesmo � disse com uma express�o de horror � desgra�ado do Erto Atreu, foi torturado com colunas e placas de s�lica, at� os seus gritos ecoarem pelo edif�cio durante horas!
- N�o te preocupes com isso, n�o temos nada a temer que a erva � boa � descansou Pintarola � temos de ver � se a Lana "Raposa" n�o nos chateia hoje!
- Qu�, a mulher dele vem c� hoje Paulito? Mas que treta! � protestou Pintarola
Alexia achou que j� tinha ouvido o suficiente e voltou para junto de Tutu. �Pelos vistos a festa � de arromba hoje, at� a "Raposa" vai c� estar� pensou.
"Raposa" era nem mais nem menos que s�cia e consorte de S. P. Fronh�. Geria-lhe os len��is e os neg�cios, tratando de supervisionar directamente tanto uns como outros, bem como certos empregados. Algumas pessoas atreviam-se mesmo a dizer que sem ela o rijo indiano j� n�o estaria a vender erva sint�tica, mas sim rosas.
- Tutu, parece que a Lana Raposa vai c� estar � disse Alexia ao rapag�o � se a conseguirmos seguir e ao transporte da mercadoria podemos dar com o esconderijo do Fronh�!
- ����... acho que isso tamb�m lhes deve interessar � disse Tutu, apontando para duas figuras que surgiam das sombras, uma feminina e outra de barbas.
- Cl�o!! � gritou Alexia, at�nita - grande pega, o que fazes aqui??
- Grande, e com muito gosto minha reles � respondeu Cl�o � estou aqui pelo mesmo que tu: o indiano.
- Sua... sua nojenta! � disparou � este caso � meu e do Tutu, n�o te vou deixar intrometer!
- N�o podes fazer nada, grande porca � riu-se a outra loura � estou neste caso, e at� aos meus grandes peitos. E j� agora, arranjaste novo chulo foi? Sempre gostaste deles grandes e moles!
- Eu trabalho sempre por conta pr�pria � disse Alexia, reparando pela primeira vez na figura esguia de barbas, vestindo um sobretudo e que ladeava Cl�o � j� tu, minha cabra... Novo gerente do entrepernas �? Saiu de onde, casal ventoso?
- Os teus insultos sempre me puseram bem disposta Alexia � riu-se com uma gargalhada bem sonora � este � o meu parceiro, o Ar�es. Deve ser bem mais �til que esse gigante a�.
- ����, Alexia... � chamou Tutu, puxando o bra�o � loura
- Cala-te! � disse, furiosa � Antes gigante que pedinte! E realmente � bem grande, e a todos os n�veis! E duro que nem uma rocha! E bem melhor que esse maltrapilho a�!
- N�o sou um pedinte, mas punha-te a pedir por mais e mais depois de te mostrar aqui uma ferramenta � respondeu Ar�es, venenoso � a n�o ser que j� estejas muito... consertada!
- ����, mas Alexia... � tentou novamente o seu parceiro chamar-lhe a aten��o
- �� nada, cala a boca Tutu! � ralhou outra vez a loura � ouve l� meu bandalho, vejo que j� aprendeste os modos ali da pega Cl�o! Queres o qu�, que eu te... � continuava Alexia quando foi interrompida por uma quinta pessoa
- Muito bem meus passarinhos � disse Lana "Raposa", sem se saber bem para quem olhava � que est�o aqui a fazer a espreitar? Est� na horinha de dormir! Pintarola, Paulito, for�a com isso!
Alexia e os outros viram-se envoltos numa nuvem de g�s, caindo quase imediatamente num sono let�rgico e profundo. �E n�o � que o Tutu tamb�m usa a boca para outras coisas al�m do meu corpo...� pensou Alexia � medida que adormecia.

(continua)

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Quinta-feira, Novembro 04, 2004

Alexia e Tutu - A rival

O telefone tocava incessantemente h� j� alguns minutos, mas n�o havia maneira de Alexia obter resposta do outro lado da linha.
- N�o sei o que se passa Tutu � disse, virando-se para o rapag�o � o Chefe costuma estar sempre contact�vel... pelo menos enquanto n�o abrem alguns bares de strip reles.
- ���... talvez esteja ocupado com outro caso � aventou Tutu
- O Chefe?? Nada disso, um caso chega e sobra para ocupar aquela cabecinha, ao contr�rio da outra mais abaixo... � lamentou-se a loura, massajando o rabo - Essa come como se o mundo acabasse amanh�! Bom, vou tentar uma �ltima vez.
Alexia pegou no telem�vel e marcou novamente o n�mero do Chefe Gina, enquanto Tutu se regalava excitado com os seios de uma idosa obesa que passava.
- Sim? � respondeu Victor do outro lado da linha �Quem falUIII! Com os dentes n�o, j� te disse, porra!! Isso � para chegar a usado p�!
- Chefe?? Est� bem? Passou-se alguma coisa??
- Na.. n�o foi nada Alexia � gaguejou o GNR � estou aqui em.. reuni�o! com uma colega tua sul americana que ainda n�o se... adaptou! ao manuseamento dos cacetetes portugueses aqui da esquadra! Sabes, podem ser muito perigosos....
- Sei sei, Chefe Acho que j� passei por algumas reuni�es dessas... eu e algumas partes em particular do meu corpinho.
- Bom, mas afinal o que � queres? � Indagou � Ainda h� umas horas daqui sa�ste!
- � que j� recolhemos algumas informa��es � esclareceu a loura � conseguimos encontrar um lacaio do Fronh�, conhecido nos meandros do tr�fico de ervas sint�ticas
por Drinho Ludemar. Depois de uma certa persuas�o de que o Tutu se encarregou � recordou Alexia com um sorriso o andar novo com que o desgra�ado foi presenteado � conseguimos a data, hora e localiza��o do pr�ximo descarregamento, que vai ser supervisionado pelo pr�prio rei do tr�fico!!
- Mas isso s�o informa��es do outro mundo!! � exultou Victor Gina � Eu sabia que podia contar com voc�s os dois!
- Obrigado Chefe. Devo confessar que trabalhar com o meu novo parceiro est� a ser um prazer � disse Alexia enquanto piscava o olho a Tutu, que co�ava distraidamente o baixo-ventre � em todos os sentidos!!
- Eu sabia que uma pessoa t�o... aberta! como tu o iria aceitar bem � disse, � medida que mudava o tom de voz � Alexia, o que eu quero agora � que voc�s observem de longe essa transa��o e que tentem descobrir a sede da organiza��o do S.P. Fronh�. � ainda mais vital essa informa��o se quisermos desmantelar toda a rede. Mas sejam muito cautelosos!
- Pode confiar em n�s Chefe! � afirmou confiante Alexia
- Eu sei que posso mi�da. E mais uma coisa � acrescentou � Soube que a Esquadra de Monsanto tamb�m est� a desenvolver esfor�os para apanhar o bandalho. Sei que at� j� p�s em cena a sua melhor informadora: a Cl�o.
- O qu�?? � rosnou a loura, espumando de raiva � essa, essa vadia reles??
Cl�o era uma antiga rival de Alexia. Cabelo curto e rente, de um louro claro mas algo ba�o, roupas menos ostensivas que as da outra, mas ainda mais suscept�veis de ca�rem com menos dificuldade, a inimizade entre as duas tinha surgido na altura em que competiam por uma esquina mais afiada no Intendente, e por um parqu�metro mais longo no T�cnico.
- Tem calma Alexia, ela n�o te faz sombra, �s muito melhor que essa gald�ria � tranquilizou-a o Chefe Gina � agora tenho mesmo que desligar, a esta hora o Guarda R�gio j� est� a mostrar o calaGrosso � brasileira � disse, rindo-se satisfeito com a sua piada � boa sorte mi�da.
A loura guardou, ainda em choque, o telem�vel. A sua Arqui-inimiga, agora tamb�m informadora e a trabalhar para a GNR. O que se seguiria, distribu�rem vibradores com os pacotes de cereais? �Bem, at� n�o seria m� id�ia� � pensou Alexia, � medida que um pouco do seu vestido humedecia.
- Tutu, estou um pouco rouca. D�s-me mais um pouco daquele teu xarope esbranqui�ado em bisnaga? � perguntou
- �����... ent�o vem c�.
(continua)

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Domingo, Outubro 17, 2004

Alexia e Tutu - Duo TAUt�mico

Uma loira reluzente e bamboleante desce a avenida provocando os piropos de tudo o que � homem das obras e afins. �Grande rabo!�, �Grande par!!�, �Makukula matimba!�, �Skolensk tropnova!� s�o express�es que se habituou a ouvir enquanto esfrega candidamente os cantos da boca. Alexia de seu nome, � conhecida por vender prazer mais rapidamente que uma casa de c�mbio troca d�lares num pa�s africano. Loir�ssima, de estatura mediana, �culos de grossas hastes, roupa provocante e a boca mais r�pida dos arredores, ainda tem tempo nas horas vagas para ser informadora especial da esquadra da Damaia. Ai aqueles cacetetes longos e negros!! � precisamente para l� que se dirige, depois de ter sido chamada via telem�vel modo vibrat�rio.
Os sapatos altos v�o trotando na cal�ada enquanto o ed�ficio da GNR se aproxima no horizonte. �O que querer� o chefe desta vez? Ainda ontem lhe mudei o �leo...� � pensa Alexia �E que fuga tem aquele motor! Ainda me d�i a garganta...�. Sobe rapidamente as escadas de entrada da esquadra e dirige-se ao gichet, onde um GNR que faz o controle de entradas l� calmamente uma banda desenhada japonesa onde parecem abundar jovens colegiais saltitantes.
- Bom dia senhor guarda R�gio � diz Alexia, com um sorriso maroto � N�o o sabia t�o interessado na cultura japonesa...
- Ehh... Muito bom dia menina � responde R�gio baixando atrapalhado a revista � s�o apenas... alguns conselhos para tratar dos meus bonsai!
- Ai sim? Em Portugal os jardineiros n�o costumam usar saia... � riposta Alexia, rindo-se � Penso que o chefe me espera!
- Sim, sim, siga o pelo corredor! � atira R�gio, observando a loira afastar-se � ainda um dia a irei possuir! � susurra, enquanto uma m�o levanta a revista e a outra desliza avidamente para um ponto em particular das cal�as...
Ao longo do corredor Alexia vai sendo cumprimentada efusivamente pelos agentes que passam �N�o me esquecem estes queridos. Tamb�m, tantas vezes que esfolei os joelhos por culpa deles...� � recorda nost�lgica, chegando ao gabinete e batendo � porta.
- Entre! � berra o chefe Victor Gina do outro lado.
O Chefe da esquadra era um homem peculiar. De meia idade, pesado a todos os n�veis, tinha sido emigrante muitos anos no Brasil, tendo regressado apenas h� um par de anos a Portugal. Os seus gostos ainda vinham afectados por essa estadia na terra dos nossos irm�os, ou como ele gostava de dizer, irm�s: n�o dispensava uma boa feijoada e mulheres com um rabo enorme, de prefer�ncia ao mesmo tempo. E claro, se fossem brasileiras, melhor.
- Bom dia Chefe Gina � disse Alexia, entrando � Vim logo que pude.
- Sempre a mesma atrasada! Se anda com um vestido, basta subi-lo, render, desc�-lo e andar, porqu� a demora? � resmungou acidamente Victor � Mais depressa um boi monta a manada toda do que voc� chega aqui � esquadra!!
- Desculpe Chefe, mas n�o posso desperdi�ar nenhum cliente... � penitenciou-se a loura, baixando os olhos � quer o servi�o do costume? � suspirou, preparando uma vez mais a garganta.
- N�o, n�o te baixes j�! � exclamou Victor � Hoje n�o h� reza para ningu�m! Quero dar-te um trabalho, e apresentar-te o teu novo parceiro.
- Parceiro?? � balbuciou Alexia, perplexa � Eu trabalho sozinha, j� lhe disse! Sou pau para toda a obra... ou obra para todo o pau, como queira!
- Calma rapariga, refiro-me a um trabalho policial � esclareceu o GNR � e ele vai ser uma ajuda preciosa na tua miss�o. Tutu, podes entrar!
E eis que da casa de banho pessoal do gabinete surgiu o novo companheiro de Alexia: um rapaz alto, na casa dos vinte, meio calvo e aparentando pouca expansividade. A loira observou-a de alto a baixo �Hum... atraente... para alguma me servir� � pensou maliciosamente, observando o baixo ventre oculto do rapaz.
- Alexia, este � o Tutu. Vai ajudar-te na obten��o de informa��o sobre um perigoso traficante � explicou o Chefe Victor Gina � O seu nome � S. P. Fr�nh� e domina todo o mercado deste lado do rio Tejo. � esta a vossa miss�o.
- Bem, parece que vamos ter de trabalhar juntos n�o �? � disse Alexia, dirigindo-se ao rapaz
- �����... � gaguejou Tutu � ����... sim.
- Hum... t�mido. Tenho de te tirar essa timidez. Vamos ali ao WC e tratamos disso � disse Alexia, enquanto levava pela m�o o rapag�o... � Espere s� um pouco Chefe. Vamos ver se o Tutu n�o � antes um TuTAU...

(Continua)

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