Bolsista e Cu lojista
"Olha a serapilheira a crescer, cotada a 12,09 � na Cera Quente!! Punhetadas canhotas a erguerem-se a 17,45 � no Bord'Elo !"
Assim eram as manh�s na Bolsa de Valores da Brelaitada (BVB). Brelaitada era a cidade oficial do sexo naquele pa�s das revistas cor-de-rosa.
BVB empregava os melhores economistas e t�cnicos do sexo, dos quais se destacava John Br�sh, um soberbo economista de 33 anos.
Br�sh geria em paralelo uma loja de material de sexo, artigos direccionados para os amantes da panasquice. Neg�cio este que associado � carreira bolsista permitia inflacionar o pre�o dos seus produtos... o ouro anal!
No neg�cio de John vendia-se de tudo, desde material personalizado, a pessoas, a im�veis...
A crise mundial no sector financeiro n�o abalou a cota��o dos seus recursos sectorias, antes pelo contr�rio... valorizou. Alguns investidores direccionaram seus recursos para alguns dos seus mais valiosos produtos:
- Glande Marginal - dilatou 400%
- Bufarizador Quarto - a sua press�o aumentou 240%
- Clone Sergay - remasteriza��o cultural de 1505%
- Apree tr�s dedos! - 123%
Segundo Br�sh, estes quatro produtos tiveram uma grande reactividade no mercado porque:
"
A nossa Glande Marginal permite aos frustrados em neg�cios, aos fracos investidores e ao z� povinho em geral, uma introdu��o ao "Arriar � Bruta" - uma express�o muito frequente nos neg�cios. Isto significa o qu�? Como n�o t�m mais nada para dar ao Estado e/ou aos Bancos d�o a �nica coisa que ainda n�o tinham dado. A refer�ncia a "marginal" tem de co-existir sen�o seria sem consentimento do utilizador.
O Bufarizador, � um produto que permite tornar um quarto numa sala de manjar. Quantas vezes se peidaram debaixo da almofada e pensaram, porque n�o fica tudo assim? Um produto divinal, considerado o Gourmet dos casais... homens.
Clone do Sergay, esse grande mito sexual, refer�ncia e inspira��o sexual dos crentes na Religi�o Sergaytodo. Esta religi�o est� em expans�o em todo o mundo, dizem que � moda.
Apree Tr�s Dedos! veio rivalizar a express�o (j� rotineira) "dois dedos" nas rela��es heterossexuais, � um produto que poder� mudar de nome (Apreee Quatro Dedos!) caso o neg�cio dos tr�s primeiros produtos continue em forte crescimento."
(continua��o assim que for poss�vel - cuidado com as bufas)
Etiquetas: Bolsista_eculojista, chas
Peido
Peido,
mas meus peidos s�o estoiros.
S�o peidos,
s� para n�o lhes chamar traques.
S�o ventosidades,
que n�o encontravam a liberdade.
Em ouvi-los,
s�o estoiros meus traques.
Etiquetas: chas, Pl�gios sem validade liter�ria
O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 3
Numa tasca perdida no Cais do Sodr�, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)
Ar�es encontrava-se junto ao balc�o da tasca, de copo esticado na direc��o do dono. Este, de ar enfadado, encheu-lhe novamente o copo com o vinho da casa, mas advertiu o cliente notoriamente embriagado que seria a �ltima vez.
- Ah, c� put�, ainda s� bebi nobe! � retorquiu, indignado � S�o mesmo meninas aqui em Lisboa, l� no Norte podia beber binte sem ningu�m me dizer nada! Fu�dasse!
Olhou � sua volta at� os seus olhos ca�rem na neta da Deolinda Verrugosa, sentada a uma das mesas apodrecidas do estabelecimento. A rapariga tinha quase a sua idade, mas tamb�m tinha a beleza (inexistente) da av�, bem como as verrugas que justificavam a alcunha. Bebeu o copo de um trago, e dirigiu-se � jovem, cambaleante.
- Boa tarde! Por acaso nunca ouviu Joana D�Arc? N�o? Mas n�o sabe sequer que s�o a melhor banda portuguesa? � disse sentando-se, aproveitando o momento aparvalhado da sua interlocutora � S�o a banda mais negligenciada do meio musical, e j� come�aram h� (�).
Enquanto Ar�es aborrecia de morte a incauta menina, uma senhora de idade avan�ada entrou na tasca. Baixinha, e vestida com um avental sob um vestido simples de dona de casa da periferia, perscrutou a sala com o olhar, at� ver Ar�es. Dirigiu-se rapidamente ao nortenho barbudo.
- � jovem, tenho de falar imediatamente consigo! � disse a velha
- � mulher, j� lhe disse que n�o quero patanisca nenhuma! � atirou, exasperado, Ar�es � Mas se me trouxer mais um tra�adozinho fico-lhe muito agradecido!!
A porta da tasca abriu-se de rompante, atirada com viol�ncia ap�s um pontap� de um alto e amea�ador individuo, que entrou calmamente.
- Mas, eu conhe�o-te� �s o Marcus Lancharada!! � disse Ar�es, franzindo a sobrancelha enquanto lhe parecia reconhecer o homem que acabava de entrar � Porra, mas que fazes vestido de macaco verde da c�mara??
- Sou um clone hipnotizado enviado do futuro para o encalacrar (n.a. - relembro novamente que esta produ��o tem um baixo or�amento, logo nada de robots, cyborgs, programa��es e o cara�as: usou-se um hipnoterapeuta de Cinf�es com cr�ditos firmados, e uma empresa de biotecnologia sediada nos Balc�s). Demorei a encontrar-te, mas agora n�o me escapas! � gritou, arremessando a sua vassoura como uma lan�a, na direc��o de �raes. Este desviou-se para o lado, enquanto Crosta desfazia rapidamente a vassoura em pleno ar com 3 chamussas metalizadas afiadas como uma adaga.
- Foge, jovem! N�o sei quanto tempo vou aguentar este gigantone! � gritou Crosta, enquanto tirava o avental � Agora n�s! Vou-te mostrar os brinquedos que instalaram nesta carca�a velha! N�o tinha tanta emo��o desde que corria nua pelas dunas da Costa com o meu Rato!
Enquanto os dois seres do futuro se encaravam e mediam, Ar�es come�ou a correr aterrorizado na direc��o da porta dos fundos da tasca. Contudo, no �ltimo momento avistou pelo canto do olho um copo de absinto. Hesitou, pesando as duas op��es que tinha, e decidiu-se pelo copo.
� C� put�, um copo para o caminho n�o h�-de fazer mal, at� aquece! � disse, enquanto agarrava o copo. Nesse momento o taberneiro, armado com uma carabina, desfez a cabe�a de Ar�es.
- J� te tinha dito que aqui n�o bebias mais! � berrou, enquanto recarregava a arma � Nem bebes, nem nos d�s mais cabo da cabe�a com hist�rias aborrecidas sobre bandas que ningu�m conhece, porra!
Vendo o corpo de �raes no ch�o da tasca, coberto de sangue, o clone do futuro vestido de varredor da c�mara saiu a correr, perseguido pela velha caqu�tica, agora armada com duas mort�feras bisnagas de Caf� Merdeira (�, ou ent�o n�o). Talvez as bisnagas n�o fossem mesmo fatais, mas o sabor a borras e a caf� queimado que deixava na boca era simplesmente nojento.
(Continua)
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