Ter�a-feira, Fevereiro 17, 2009

O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 4

Localidade incerta, algumas dezenas de �nus no futuro

O rabiosque de cristal reflectia os acontecimentos do passado como se estivessem a decorrer no presente, fazendo com que o mundo � sua volta os absorvesse, mudando e adaptando-se. O seu sorriso quase parecia n�o caber naquela estranha face, de t�o grande que estava. Come�ando a saltitar, com a bata esvoa�ando, dirigiu-se cantarolando para uma consola pejada de bot�es coloridos.
- O plano est� a correr melhor do que pensava, AH AH AH! Est� mesmo! � deliciava-se, falando para si � O primeiro teste correu bem, agora s� falta atacar em m�ltiplas frentes! O mundo de lasc�via e deboche vai ter de acabar! Vou ficar para a hist�ria como o hom� ser! que mudou o presente e o futuro!! � gritou, carregando em diversos bot�es, manivelas e uma ou outra alavanca. In�meros orbes de luz materializaram-se ao longo do laborat�rio, envolvendo corpos nus (alguns bem horripilantes, acreditem) suspensos e aparentemente inertes. Segundos depois, todos eles se desvaneceram em diversos clar�es ofuscantes, levando consigo os seus ocupantes.


Algures em Lisboa durante a madrugada, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

Pasteleiro tarado
A massa fermentava enquanto ele preparava no seu maior tacho um creme de cor esbranqui�ada que mais tarde iria ser o recheio de alguns quilos de sonhos. J� lhe tinha dado o seu toque pessoal, ou �pi�oal�, como ele costumava dizer em tom jocoso, enquanto puxava o fecho da braguilha para cima. Dirigia-se � divis�o anexa, co�ando o rabo com a colher de pau que usava para mexer o creme, quando um clar�o de luz proveniente do exterior o ofuscou, seguido de um estrondo. Momentaneamente cego, cambaleou e avan�ou cautelosamente agarrado aos balc�es. �N�o me digas que aquela gordalhufa pind�rica voltou para se vingar! Eu j� lhe conto uma hist�ria! Vai amaldi�oar o momento em que se afastou da sua bimbi!� disse, enquanto agarrava no rolo da massa. Saiu do seu armaz�m, piscando os olhos, e o que viu f�-lo estremecer e largar a sua arma improvisada. Um human�ide contemplava-o do alto dos seus 7 metros. Mas n�o era o seu tamanho que o assustava: o human�ide era composto apenas e s� por massa folhada. E da foleira. Um som (algo estaladi�o) fez-se ouvir, proveniente do que parecia ser a sua boca.
- Venho do futuro para o encalacraaaaaaaaaarrr- urrou, enquanto um bocado de massa folhada ca�a em cima duns incautos can�deos, pulverizando-os.
Em p�nico, o pasteleiro fugiu, correndo pelo campo. O gigante folhado correu no seu encal�o e, com as suas largas pernas, rapidamente se aproximou e alcan�ou o fugitivo. Placas folhadas saltavam e voavam, atingindo tudo � medida que o estranho ser corria. O panificador viu-se encurralado e, virando-se para o gigante, apenas teve tempo de berrar lancinantemente, enquanto algumas toneladas de massa folhada lhe ca�am em cima, esmagando-o. Num �ltimo suspiro, conseguiu ainda pensar ironicamente que ao menos podia ter sido mortalmente esmagado por massa folhada caseira, em vez da massa foleira da marca �Pois � que tanto desprezava.

Viol�ncia na praia
Na manh� seguinte, um epis�dio tr�gico decorria numa praia distante. Um turba enraivecida de homens (?) com baixos n�veis de testosterona atacava in�meros veraneantes desprevenidos, numa ac��o que acabou por ficar conhecida como �enrab�o�. Para piorar a coisa, o corpo policial supostamente �vigiava� a praia ao som de Gloria Gaynor, dan�ando com as cal�as em baixo, cacetete na m�o, e os candeeiros reluzindo freneticamente. O tempo passava, e os �andares novos� iam-se tornando velhos.
Mas eis que, inesperadamente, um ser veio alterar a situa��o. Vestindo uma indument�ria de vaqueiro (vulgo, �cowboy�), estacionou uma carrinha cor-de-rosa e saltou para o tejadilho. Ligando o seu megafone, come�ou a falar bem alto.
- Venho do futuro para os encalacrar � gritou � mas n�o quer dizer que n�o possa ser um encalacran�o com estilo, uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!
� medida que todos os olhos se voltavam e arregalavam na sua direc��o, a incredulidade ia tomando conta das bichas. O vaqueiro cheio de estilo em cima da carrinha (gir�ssima) n�o era inspirado no filme �broke back mountain�, nada disso: era nem mais nem menos que George Michael, e ainda por cima, parecendo ter sa�do directamente dos anos 80! Em menos de nada, o encalacrador vindo do futuro come�ou a cantar.
- Wakeee me uuuupp, beforee you go goo (seguida do resto da letra abichanada que voc�s t�o bem conhecem, n�o disfarcem).
O del�rio tomou conta da multid�o. Pol�cias, participantes do arrast�o e at� algumas v�timas rec�m convertidas a um novo mundo, correram em del�rio na direc��o da carrinha. O encalacrador continuou a cantar e dan�ar (de forma altamente panisga, realce-se) at� que, quando todos se agrupavam e lutavam em redor da carrinha na tentativa de apanhar o colete de camur�a atirado pelo encalacrador, esta explodiu numa violenta labareda, dizimando imediatamente todos os larilas da praia. Ou quase todos.
- Sniff � lacrimejou um veraneante que havia sido atacado � agora que eu at� j� estava a gostar! Enfim� - e afastou-se, coxeando e trauteando m�sicas de Tony Carreira.

(continua)

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S�bado, Dezembro 06, 2008

O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 3

Numa tasca perdida no Cais do Sodr�, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

Ar�es encontrava-se junto ao balc�o da tasca, de copo esticado na direc��o do dono. Este, de ar enfadado, encheu-lhe novamente o copo com o vinho da casa, mas advertiu o cliente notoriamente embriagado que seria a �ltima vez.
- Ah, c� put�, ainda s� bebi nobe! � retorquiu, indignado � S�o mesmo meninas aqui em Lisboa, l� no Norte podia beber binte sem ningu�m me dizer nada! Fu�dasse!
Olhou � sua volta at� os seus olhos ca�rem na neta da Deolinda Verrugosa, sentada a uma das mesas apodrecidas do estabelecimento. A rapariga tinha quase a sua idade, mas tamb�m tinha a beleza (inexistente) da av�, bem como as verrugas que justificavam a alcunha. Bebeu o copo de um trago, e dirigiu-se � jovem, cambaleante.
- Boa tarde! Por acaso nunca ouviu Joana D�Arc? N�o? Mas n�o sabe sequer que s�o a melhor banda portuguesa? � disse sentando-se, aproveitando o momento aparvalhado da sua interlocutora � S�o a banda mais negligenciada do meio musical, e j� come�aram h� (�).
Enquanto Ar�es aborrecia de morte a incauta menina, uma senhora de idade avan�ada entrou na tasca. Baixinha, e vestida com um avental sob um vestido simples de dona de casa da periferia, perscrutou a sala com o olhar, at� ver Ar�es. Dirigiu-se rapidamente ao nortenho barbudo.
- � jovem, tenho de falar imediatamente consigo! � disse a velha
- � mulher, j� lhe disse que n�o quero patanisca nenhuma! � atirou, exasperado, Ar�es � Mas se me trouxer mais um tra�adozinho fico-lhe muito agradecido!!
A porta da tasca abriu-se de rompante, atirada com viol�ncia ap�s um pontap� de um alto e amea�ador individuo, que entrou calmamente.
- Mas, eu conhe�o-te� �s o Marcus Lancharada!! � disse Ar�es, franzindo a sobrancelha enquanto lhe parecia reconhecer o homem que acabava de entrar � Porra, mas que fazes vestido de macaco verde da c�mara??
- Sou um clone hipnotizado enviado do futuro para o encalacrar (n.a. - relembro novamente que esta produ��o tem um baixo or�amento, logo nada de robots, cyborgs, programa��es e o cara�as: usou-se um hipnoterapeuta de Cinf�es com cr�ditos firmados, e uma empresa de biotecnologia sediada nos Balc�s). Demorei a encontrar-te, mas agora n�o me escapas! � gritou, arremessando a sua vassoura como uma lan�a, na direc��o de �raes. Este desviou-se para o lado, enquanto Crosta desfazia rapidamente a vassoura em pleno ar com 3 chamussas metalizadas afiadas como uma adaga.
- Foge, jovem! N�o sei quanto tempo vou aguentar este gigantone! � gritou Crosta, enquanto tirava o avental � Agora n�s! Vou-te mostrar os brinquedos que instalaram nesta carca�a velha! N�o tinha tanta emo��o desde que corria nua pelas dunas da Costa com o meu Rato!
Enquanto os dois seres do futuro se encaravam e mediam, Ar�es come�ou a correr aterrorizado na direc��o da porta dos fundos da tasca. Contudo, no �ltimo momento avistou pelo canto do olho um copo de absinto. Hesitou, pesando as duas op��es que tinha, e decidiu-se pelo copo.
� C� put�, um copo para o caminho n�o h�-de fazer mal, at� aquece! � disse, enquanto agarrava o copo. Nesse momento o taberneiro, armado com uma carabina, desfez a cabe�a de Ar�es.
- J� te tinha dito que aqui n�o bebias mais! � berrou, enquanto recarregava a arma � Nem bebes, nem nos d�s mais cabo da cabe�a com hist�rias aborrecidas sobre bandas que ningu�m conhece, porra!
Vendo o corpo de �raes no ch�o da tasca, coberto de sangue, o clone do futuro vestido de varredor da c�mara saiu a correr, perseguido pela velha caqu�tica, agora armada com duas mort�feras bisnagas de Caf� Merdeira (�, ou ent�o n�o). Talvez as bisnagas n�o fossem mesmo fatais, mas o sabor a borras e a caf� queimado que deixava na boca era simplesmente nojento.
(Continua)

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Sexta-feira, Junho 27, 2008

O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 2

Localidade incerta, algumas dezenas de an�s no futuro
As seg�vias voadoras cruzavam os c�us, com as suas asas branco leitosas estendidas ao vento. Esporadicamente uma delas atacava outra, com o seu ap�ndice sexual crescendo mais de 500%, arrastando o par de animais para o ch�o numa �ltima, e mortal, enrabadela. Nem as �rvores-mangueira, com o seu formato f�lico e cuja seiva odor�fera fazia lembrar o cheiro encontrado numa casa de albergadoras Chinesas (1), amparavam a que(d/c)a vertiginosa. Numa alta janela de um alto edif�cio uma personagem observava todo este espect�culo, visivelmente enojado. �Isto vai mudar... eu vou conseguir mudar este mundo nojento!!� disse, afastando-se. Aproximou-se rapidamente daquilo que parecia uma estatueta de um rabiosque de cristal, mas que no seu interior continha imagens saltitantes. �O meu plano est� a correr como previsto! Em breve toda este mundo de lasc�via vai acabar! AH AH AH AH� � as suas gargalhadas ecoaram por quil�metros, enquanto um Tes�o cicl�nico come�ava a formar-se no exterior.


Lisboa, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)


Gina
Victor Gina dirigia-se, j� um pouco torto depois de 3 canecas de 5 litros de cerveja bebidas de penaltie (Porra, se � penalte, � para expuls�o!!!!), � bonita e mais popular divers�o da Feira Copular, o �Trem Mist�rio�. Naquelas horas matinais o recinto encontrava-se quase deserto, pelo que depois de comprar 20 bilhetes ao Sr. Aur�lio, lhe pediu para p�r o circuito do trem em loop. Os esqueletos j� bastante desossados, os fantoches que ca�am do tecto com a espuma de enchimento a saltar, as gargalhadas rob�ticas que pareciam terem sido gravadas num r�dio rasco chin.. coreano (2), tudo isto contribu�a para que as viagens no �Trem Mist�rio� fossem bastante relaxantes... mas pouco ou nada misteriosas.
A sua mente voava ebriamente enquanto o vag�o andava por entre os corredores. Depois de algumas voltas, por entre o a penumbra, aconteceu algo que o surpreendeu: na 1� carruagem pareceu ver uma rapariga. Uma rapariga desnuda, de rabo (enorme) virado na sua direc��o. Gina esfregou os olhos enquanto se ouviu uma voz, brasileira, por cima das gargalhadas mec�nicas �V�m Gininho, v�m, o meu pacote � todo seu...!�. Gina, incr�dulo mas completamente excitado, tanto pelo rabo (que parecia ainda maior) como pelo sotaque da menina, come�ou a galgar cadeiras da carruagem, naquela direc��o. ��, Gininho....� suspirava a brasileira, e Victor aumentava a sua velocidade, tal como os vag�es tamb�m pareciam aumentar. O trem sa�a do t�nel, e voltava a entrar no t�nel, continuando o seu loop. Finalmente Gina alcan�ou babado a 1� carruagem, e com um salto agarrou a brasileira pelo rabo e tratou de a penetrar. Durante um breve momento a sua cara revelou uma express�o de puro deleite, at� mudar para surpresa, ao verificar que onde antes estava aquele rabo (mesmo grande), estava agora apenas um manequim de montra, acastanhado. �Mas que cara�as... o que � isto?� disse Gina, contemplando um mostrador electr�nico que come�ou a fazer uma contagem descrescente. No momento em que a carruagem saiu do t�nel, uma explos�o desfez, homem e manequim, numa enorme papa visceral.
O Sr. Aur�lio co�ou a cabe�a, observando, e pensou que era mesmo este tipo de anima��o misteriosa que estava a faltar ao �Trem Mist�rio�. Olhou em volta, e ao ver um funcion�rio da c�mara com uma vassoura, disse �� amigo, limpa aqui esta javardeira, que logo � tarde v�em � feira os �Canta Ba�a�, e ainda pensam que isto � um feijoada�
O funcion�rio, com um olhar assassino, dirigiu-se ao Sr. Aur�lio, agarrando a sua vassoura com for�a. Ajeitou o bon�, puxou a vassoura atr�s, rangeu os dentes e... encolheu os ombros e come�ou a varrer.


Bel�m, duas da manh� do mesmo dia
Um rapaz de ar infeliz mexia o caldeir�o do recheio para os past�is. O suor escorria-lhe pela cara. Uma explos�o repentina atirou o creme pela sala, deixando no seu lugar uma esfera cintilante de energia que se desvaneceu, lentamente. No seu lugar restou uma figura feminina de idade bastante avan�ada, nua (ARGH), que se levantou e dirigiu a palavra ao rapaz. �� jovem, n�o tem a� um avental para eu vestir? T� bem que at� j� fiz nudismo e participei em orgias no Meco, mas era sempre com o meu Rato, n�o � aqui nesta f�brica de past�is que nem s�o nada de jeito!!!�. O rapaz, de olhos esbugalhados, sa�u disparado pensando que o que lhe pagavam n�o compensava aquelas vis�es horrendas.


(continua)



(1) nota do autor � apenas para o caso de um dos leitores (ah ah ah) ser natural desta gloriosa na��o, esclare�o que a mesma foi escolhida ao acaso, dentro desse belo e bonito continente asi�tico que eu j� tive o prazer de visitar, em particular o referido pa�s que tanto me marcou, especialmente o est�mago e a carteira. Se o hipot�tico leitor for empregado do Restaurante Chin�s de Telheiras, acrescento que adoro tudo o que � chin�s, tenho a pila bem pequenina, adoro c�us permanentemente cinzentos e estou a considerar pedir a nacionalidade chinesa, depois de comer uma bela espetada de c�o. N�o � preciso vingar-se no meu porco doce, camarada! X�e x�e!


(2) nota do autor � veja caro hipot�tico leitor chin�s, como n�o ca� no estere�tipo habitual de classificar coisas rascas como provenientes de armaz�ns chineses. J� coreanos, � outra coisa. Que t�t�s ahah (os do sul... ups). Se o leitor f�r empregado do Restaurante Chin�s de Telheiras, podia-me fazer o favor de ir pedindo um crepe para entrada.

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Ter�a-feira, Junho 03, 2008

O Encalacrador Implac�vel � Epis�dio 1

Amadora, 23 horas, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

A noite estava escura, e as ruas da Amadora especialmente vazias, naquela noite chuvosa. Os raios rasgavam os c�us, iluminando momentaneamente a escurid�o. Subitamente, um rel�mpago pareceu ganhar vida, percorrendo crepitante os c�us e atingindo as traseiras de uma carrinha da �Familly Tost�, que ardeu em segundos, ao som da sua ritmada can�oneta-buzinada �TE-re-RE-re-RE-re-RIIII!�. Por entre os restos carbonizados do ve�culo, uma esfera de energia cintilante desvaneceu-se lentamente. No seu lugar restou um corpo estranho e desnudo, enrolado numa posi��o quase fetal, ou talvez na posi��o que Marylin Manson tanto tentou alcan�ar em adulto � custa de algumas costelas (analogia gentilmente patrocinada por �Auto-Bico: o seu concession�rio!�). A figura levantou-se, limpou os cantos da boca, e avan�ou na direc��o do homem que limpava a rua, com uma p�.
- O que � que queres � panasca? � perguntou o varredor, visivelmente chocado, fixando o olhar, esbugalhado, no volumoso baixo ventre que tinha � sua frente � Apareceres n� a esta hora numa rua respeit�vel!!
- A tua roupa... agora! � disse, numa voz fria, ap�s alguns segundos em que pareceu tirar as medidas ao funcion�rio da c�mara.
- A minha roupa?? P�, n�o me fodAUUUUUGHHHH!! � momento de sofrimento n�o descrit�vel por palavras, deixado � imagina��o do leitor.
O vulto vestiu a roupa verde do funcion�rio, depois de lhe ter retirado a vassoura do rabo. Ajeitou o bon� na cabe�a, e olhou em todas as direc��es, lentamente, parecendo retirar informa��es das imedia��es, como um sensor humanizado. Na realidade, n�o retirou qualquer informa��o, pois como este texto se trata de um produ��o de baixo or�amento, n�o h� c� bases de dados, sensores e meios inform�ticos altamente sofisticados! Colocando-se em posi��o de defecar, retirou do orif�cio anal um bloco enrolado, naturalmente acastanhado.
- Encontrar alvos. Eliminar alvos. Primeiro da lista: R�gio, conhecido num futuro pr�ximo como Guarda R�gio � balbuciou monocordicamente o indiv�duo, enquanto punha a vassoura da C�mara Municipal da Amadora ao ombro e se afastava, ao p� coxinho e assobiando a m�sica do �Strangers in the night�.

R�gio
H� muito que R�gio se sentia atra�do por meninas de uniforme. Estimulado por banda desenhada japonesa, a sua libido tinha-o impelido a tornar-se num voyeur quase profissional, ou pelo menos, muito empenhado. Naquela tarde solarenga encontrava-se em plena actividade de mirone em cima de uma �rvore, desafiando a gravidade e os limites do mundo circense: conseguia segurar-se, olhar por cima do muro para as meninas fardadas, ter uma revista hentai aberta, co�ar o rabo e masturbar-se, tudo em simult�neo. O ext�se em que se encontrava impediu-o de ver a aproxima��o do estranho varredor. A �rvore tremeu e R�gio caiu, finalizando toda a acrobacia anterior com um n�mero de empalamento anal. Sem ter a no��o real do que lhe estava a acontecer, teve ainda tempo para pensar que tinha andado a perder algumas coisas bem mais excitantes que colegiais. Ao abrir a boca para gritar de prazer/dor, o pau da vassoura acabou de o atravessar e sair pelo or�ficio alimentar (?), esbugalhando-lhe os olhos, agora inertes.
- Segundo alvo: Arata. � disse o funcion�rio da C.M.A., contemplando sem emo��o os restos de R�gio.

Arata
A multid�o gritava apoiando os seus competidores, embriagada de emo��o. De um lado, a Bisarma An�nima, com uns respeit�veis 180 kg, do outro, o campe�o de enfardan�o sequencial da Damaia: Arata, o gigante barbudo. A competi��o era simples: quem conseguisse comer mais, de um tipo de prato, ganhava o combate daquela tarde. Ap�s a 45� dose de roj�es � minhota, a Bisarma An�nima vacilou, e caiu, esmagando alguns espectadores incautos. O vencedor era novamente Arata, que para celebrar ergueu e bebeu de um trago o barril de ch� gelado. Enquanto a multid�o o ovacionava, dirigiu-se �s traseiras do ed�ficio para satisfazer as suas necessidades fisiol�gicas na cova profunda rec�m aberta para o efeito, mas j� com algumas centenas de quilos/litros de estrume: ainda conseguiria fazer algum dinheiro vendendo adubo natural. No momento em que se preparava para baixar as cal�as, viu um enorme salame italiano na m�o de um tipo vestido de verde. As suas papilas gostativas salivaram imediatamente, tomando conta do seu c�rebro e corpo, que come�ou primeiro a andar, e depois a investir contra o portador do salame. Este correu em torno da fossa, fazendo com que Arata aumentasse cada vez mais o ritmo da corrida, at� parecer um rinoceronte enraivecido. No �ltimo momento, o salame foi atirado para dentro do buraco de estrume, cujo percurso foi tamb�m seguido por Arata, grunhindo. Em poucos segundos o gigante barbudo afogou-se em bosta, n�o sem antes engolir o salame de uma s� vez e libertar um g�s estomacal aud�vel por v�rios quarteir�es.
- Arata, enclacrado. � grande. � disse o indiv�duo de verde, escrevendo no seu bloco � Pr�ximo alvo: Victor Gina. Preparar brasileiras.


(Continua...)

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