Sexta-feira, Mar�o 27, 2009

O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 5

Algures em Lisboa durante a madrugada, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

A noite estava escura na Amadora, mas Alexia tinha conquistado uma esquina particularmente iluminada, junto ao �Talho do Bastos� e do �Caf� dos Mirones�. Era a esquina mais disputada da cidade pelas trabalhadoras da noite, pois em todas as outras era dif�cil ver os clientes, � excep��o dos seus dentes reluzentes. O cheiro, esse, sentia-se � dist�ncia, qual aroma da �frica profunda. �Bem, ao menos compensam o cheiro com um ap�ndice bem volumoso!� pensava Alexia.

A noite corria mon�tona quando no seu campo de vis�o surgiu uma idosa de avental, em passo acelerado. Alguns segundos depois estava junto de si.
- Jovem, preciso de falar consigo! � disse a idosa.
- Minha senhora, desculpe, mas geriofilia eu n�o pratico! � respondeu
- Nada disso minha menina! Para mim s� h� o Sr. Rato e o seu ratinho! � disse a velha - Bem, h� uns anos particip�mos numa orgia com muitas mulheres e alguns cavalos, mas j� me deixei disso, n�o eram t�o jeitosas aqui como a D. Crosta, queres ver? � e nisto levantou o avental, por baixo do qual estava o seu corpo nu completamente ressequido.
- J� percebi, j� percebi! � gritou Alexia, horrorizada com a vis�o � Baixe l� o avental e diga o que quer de uma vez!
- Filha, venho proteger-te! H� um gandulo que veio do futuro para te limpar o sarampo! Tens de te esconder!
- Desculpe? Gandulo do futuro para me fazer mal? Quer que eu acredite nisso? � perguntou a loura � Quer que eu acredite nisso, e que � uma velha gaiteira que me vai salvar o pelo? Est� maluca!
- Tens de acreditar, jovem. J� n�o temos muito tempo! � desesperou Crosta � Ele deve estar quase a aparecer, e eu.. � a frase foi interrompida quando uma vassoura atravessou a vitrine do talho a alta velocidade, indo-se espetar na carca�a pendurada de um porco - Tarde demais!

O Encalacrador Implac�vel surgiu no horizonte, e rapidamente se aproximou das duas mulheres. Contudo, estacou a alguns metros, confuso. O seu olhar percorria o corpo de Alexia que, estupefacta, ainda se encontrava encostada ao poste. Algumas gotas de suor escorreram pela cara do clone do futuro, enquanto o seu baixo-ventre come�ou a aumentar rapidamente. Alexia tinha provocado no seu assassino uma reac��o n�o prevista pelos seus programadores. O encalacrador saltou repentinamente para a estrada, tirou a farda e, todo n�, come�ou a cantar uma bonita cantilena, � qual inesperadamente se juntou Crosta, nos coros.

�Vou en-ca-la-crar,
ENCALACRAR!
� bom encalacrar,
Vamos l� encalacrar!
D� mais for�a ao meu nab�o,
Pois ent�o,
Que tes�o!

(Crosta rodopiava em torno do encalacrador, massagando os seus peitos enquanto agitava o avental como uma odalisca o seu v�u)

Vou en-ca-la-crar,
ENCALACRAR!
� bom encalacrar,
Vamos l� encalacrar!
D� mais for�a ao meu nab�o,
Pois ent�o,
Que tes�o!

(Crosta ro�ava-se agora na perna do Encalacrador, que parecia n�o a ver)

En-ca-la-cro todo o dia,
Alexia est�s quase a morrer,
Mas no nabo podes tocar,
E que boooooom me vai pareceeeeeer!
Ser�s transformada em pudim,
Mas ainda aqui podes ripar!
Na ponta do z�,
Continua sem parar,
At� eu te encalacraaaaaaar!
Vamos l�,
V�, v�, v�, v�!
Um, dois, tr�s, quatro, cinco, seis, sete, COITO!

(Crosta esfregava o corpo do Encalacrador com creme de pastel de nata azedo, em especial no seu rabo peludo)

Vou en-ca-la-crar,
ENCALACRAR!
� bom encalacrar,
Vamos l� encalacrar!
D� mais for�a ao meu nab�o
Pois ent�o,
Que tes�ooooooooooooo!�

A m�sica acabou repentinamente com Crosta nos ombros do Encalacrador, o seu avental tapando-lhe a cara. O p�nis do encalacrador estava agora com dimens�es �picas.
- Fodasse, que aves do cara�as! Do futuro ou do passado, n�o me interessa: para ripar um nabo desse tamanho, � bom que tenha a carteira bem recheada! E com cheiro a pastel de nata azedo, mais 10 euros extra! � disse Alexia, pondo-se de joelhos - E voc� velha doida, j� lhe disse que n�o lhe toco!!!

(continua)

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Domingo, Mar�o 22, 2009

Canzana No Ch�o

A grande m�sica vencedora do "Chavascal do Nab�o 1991"!

Int�rprete: �lcera Fontes
Letra e m�sica: Jos� Com Ponta

Malho
Olhar a dureza bem
Malho
Estremecer sem calor
Malho
S� quando tu te vens
Arrancar com os meus joelhos
Um grito de dor

Mas
N�o me ponho assim no ch�o
Esses tacos de madeira
Que os joelhos v�o gemendo tamb�m
Oh n�o, n�o me ponho assim no ch�o
Para gozares desse lado
E voltares a dar em mim
Porque quero levar na perdiz
Mas assim tor�o o nariz
N�o quero, o malho assim faz doer

Malho
Choramingar estas posi��es
Malho
Lembrar esse ardor
Malho
S� quanto tu te vens
Arrancar com os meus joelhos
Um grito de dor

Mas n�o me ponho assim no ch�o
Esses tacos de madeira
Que os joelhos v�o gemendo tamb�m
Oh n�o, n�o me ponho assim no ch�o
Para gozares desse lado
E voltares a dar em mim
Eu sei desse lado ficas sem voz
Cheio de prazer da canzana
Com a tenda quase eterna
Porque quero levar na perdiz
Mas assim tor�o o nariz
O Malho
N�o tem de me fazer sofrer

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Ter�a-feira, Fevereiro 17, 2009

O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 4

Localidade incerta, algumas dezenas de �nus no futuro

O rabiosque de cristal reflectia os acontecimentos do passado como se estivessem a decorrer no presente, fazendo com que o mundo � sua volta os absorvesse, mudando e adaptando-se. O seu sorriso quase parecia n�o caber naquela estranha face, de t�o grande que estava. Come�ando a saltitar, com a bata esvoa�ando, dirigiu-se cantarolando para uma consola pejada de bot�es coloridos.
- O plano est� a correr melhor do que pensava, AH AH AH! Est� mesmo! � deliciava-se, falando para si � O primeiro teste correu bem, agora s� falta atacar em m�ltiplas frentes! O mundo de lasc�via e deboche vai ter de acabar! Vou ficar para a hist�ria como o hom� ser! que mudou o presente e o futuro!! � gritou, carregando em diversos bot�es, manivelas e uma ou outra alavanca. In�meros orbes de luz materializaram-se ao longo do laborat�rio, envolvendo corpos nus (alguns bem horripilantes, acreditem) suspensos e aparentemente inertes. Segundos depois, todos eles se desvaneceram em diversos clar�es ofuscantes, levando consigo os seus ocupantes.


Algures em Lisboa durante a madrugada, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

Pasteleiro tarado
A massa fermentava enquanto ele preparava no seu maior tacho um creme de cor esbranqui�ada que mais tarde iria ser o recheio de alguns quilos de sonhos. J� lhe tinha dado o seu toque pessoal, ou �pi�oal�, como ele costumava dizer em tom jocoso, enquanto puxava o fecho da braguilha para cima. Dirigia-se � divis�o anexa, co�ando o rabo com a colher de pau que usava para mexer o creme, quando um clar�o de luz proveniente do exterior o ofuscou, seguido de um estrondo. Momentaneamente cego, cambaleou e avan�ou cautelosamente agarrado aos balc�es. �N�o me digas que aquela gordalhufa pind�rica voltou para se vingar! Eu j� lhe conto uma hist�ria! Vai amaldi�oar o momento em que se afastou da sua bimbi!� disse, enquanto agarrava no rolo da massa. Saiu do seu armaz�m, piscando os olhos, e o que viu f�-lo estremecer e largar a sua arma improvisada. Um human�ide contemplava-o do alto dos seus 7 metros. Mas n�o era o seu tamanho que o assustava: o human�ide era composto apenas e s� por massa folhada. E da foleira. Um som (algo estaladi�o) fez-se ouvir, proveniente do que parecia ser a sua boca.
- Venho do futuro para o encalacraaaaaaaaaarrr- urrou, enquanto um bocado de massa folhada ca�a em cima duns incautos can�deos, pulverizando-os.
Em p�nico, o pasteleiro fugiu, correndo pelo campo. O gigante folhado correu no seu encal�o e, com as suas largas pernas, rapidamente se aproximou e alcan�ou o fugitivo. Placas folhadas saltavam e voavam, atingindo tudo � medida que o estranho ser corria. O panificador viu-se encurralado e, virando-se para o gigante, apenas teve tempo de berrar lancinantemente, enquanto algumas toneladas de massa folhada lhe ca�am em cima, esmagando-o. Num �ltimo suspiro, conseguiu ainda pensar ironicamente que ao menos podia ter sido mortalmente esmagado por massa folhada caseira, em vez da massa foleira da marca �Pois � que tanto desprezava.

Viol�ncia na praia
Na manh� seguinte, um epis�dio tr�gico decorria numa praia distante. Um turba enraivecida de homens (?) com baixos n�veis de testosterona atacava in�meros veraneantes desprevenidos, numa ac��o que acabou por ficar conhecida como �enrab�o�. Para piorar a coisa, o corpo policial supostamente �vigiava� a praia ao som de Gloria Gaynor, dan�ando com as cal�as em baixo, cacetete na m�o, e os candeeiros reluzindo freneticamente. O tempo passava, e os �andares novos� iam-se tornando velhos.
Mas eis que, inesperadamente, um ser veio alterar a situa��o. Vestindo uma indument�ria de vaqueiro (vulgo, �cowboy�), estacionou uma carrinha cor-de-rosa e saltou para o tejadilho. Ligando o seu megafone, come�ou a falar bem alto.
- Venho do futuro para os encalacrar � gritou � mas n�o quer dizer que n�o possa ser um encalacran�o com estilo, uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!
� medida que todos os olhos se voltavam e arregalavam na sua direc��o, a incredulidade ia tomando conta das bichas. O vaqueiro cheio de estilo em cima da carrinha (gir�ssima) n�o era inspirado no filme �broke back mountain�, nada disso: era nem mais nem menos que George Michael, e ainda por cima, parecendo ter sa�do directamente dos anos 80! Em menos de nada, o encalacrador vindo do futuro come�ou a cantar.
- Wakeee me uuuupp, beforee you go goo (seguida do resto da letra abichanada que voc�s t�o bem conhecem, n�o disfarcem).
O del�rio tomou conta da multid�o. Pol�cias, participantes do arrast�o e at� algumas v�timas rec�m convertidas a um novo mundo, correram em del�rio na direc��o da carrinha. O encalacrador continuou a cantar e dan�ar (de forma altamente panisga, realce-se) at� que, quando todos se agrupavam e lutavam em redor da carrinha na tentativa de apanhar o colete de camur�a atirado pelo encalacrador, esta explodiu numa violenta labareda, dizimando imediatamente todos os larilas da praia. Ou quase todos.
- Sniff � lacrimejou um veraneante que havia sido atacado � agora que eu at� j� estava a gostar! Enfim� - e afastou-se, coxeando e trauteando m�sicas de Tony Carreira.

(continua)

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S�bado, Dezembro 06, 2008

O Encalacrador Implac�vel - Epis�dio 3

Numa tasca perdida no Cais do Sodr�, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

Ar�es encontrava-se junto ao balc�o da tasca, de copo esticado na direc��o do dono. Este, de ar enfadado, encheu-lhe novamente o copo com o vinho da casa, mas advertiu o cliente notoriamente embriagado que seria a �ltima vez.
- Ah, c� put�, ainda s� bebi nobe! � retorquiu, indignado � S�o mesmo meninas aqui em Lisboa, l� no Norte podia beber binte sem ningu�m me dizer nada! Fu�dasse!
Olhou � sua volta at� os seus olhos ca�rem na neta da Deolinda Verrugosa, sentada a uma das mesas apodrecidas do estabelecimento. A rapariga tinha quase a sua idade, mas tamb�m tinha a beleza (inexistente) da av�, bem como as verrugas que justificavam a alcunha. Bebeu o copo de um trago, e dirigiu-se � jovem, cambaleante.
- Boa tarde! Por acaso nunca ouviu Joana D�Arc? N�o? Mas n�o sabe sequer que s�o a melhor banda portuguesa? � disse sentando-se, aproveitando o momento aparvalhado da sua interlocutora � S�o a banda mais negligenciada do meio musical, e j� come�aram h� (�).
Enquanto Ar�es aborrecia de morte a incauta menina, uma senhora de idade avan�ada entrou na tasca. Baixinha, e vestida com um avental sob um vestido simples de dona de casa da periferia, perscrutou a sala com o olhar, at� ver Ar�es. Dirigiu-se rapidamente ao nortenho barbudo.
- � jovem, tenho de falar imediatamente consigo! � disse a velha
- � mulher, j� lhe disse que n�o quero patanisca nenhuma! � atirou, exasperado, Ar�es � Mas se me trouxer mais um tra�adozinho fico-lhe muito agradecido!!
A porta da tasca abriu-se de rompante, atirada com viol�ncia ap�s um pontap� de um alto e amea�ador individuo, que entrou calmamente.
- Mas, eu conhe�o-te� �s o Marcus Lancharada!! � disse Ar�es, franzindo a sobrancelha enquanto lhe parecia reconhecer o homem que acabava de entrar � Porra, mas que fazes vestido de macaco verde da c�mara??
- Sou um clone hipnotizado enviado do futuro para o encalacrar (n.a. - relembro novamente que esta produ��o tem um baixo or�amento, logo nada de robots, cyborgs, programa��es e o cara�as: usou-se um hipnoterapeuta de Cinf�es com cr�ditos firmados, e uma empresa de biotecnologia sediada nos Balc�s). Demorei a encontrar-te, mas agora n�o me escapas! � gritou, arremessando a sua vassoura como uma lan�a, na direc��o de �raes. Este desviou-se para o lado, enquanto Crosta desfazia rapidamente a vassoura em pleno ar com 3 chamussas metalizadas afiadas como uma adaga.
- Foge, jovem! N�o sei quanto tempo vou aguentar este gigantone! � gritou Crosta, enquanto tirava o avental � Agora n�s! Vou-te mostrar os brinquedos que instalaram nesta carca�a velha! N�o tinha tanta emo��o desde que corria nua pelas dunas da Costa com o meu Rato!
Enquanto os dois seres do futuro se encaravam e mediam, Ar�es come�ou a correr aterrorizado na direc��o da porta dos fundos da tasca. Contudo, no �ltimo momento avistou pelo canto do olho um copo de absinto. Hesitou, pesando as duas op��es que tinha, e decidiu-se pelo copo.
� C� put�, um copo para o caminho n�o h�-de fazer mal, at� aquece! � disse, enquanto agarrava o copo. Nesse momento o taberneiro, armado com uma carabina, desfez a cabe�a de Ar�es.
- J� te tinha dito que aqui n�o bebias mais! � berrou, enquanto recarregava a arma � Nem bebes, nem nos d�s mais cabo da cabe�a com hist�rias aborrecidas sobre bandas que ningu�m conhece, porra!
Vendo o corpo de �raes no ch�o da tasca, coberto de sangue, o clone do futuro vestido de varredor da c�mara saiu a correr, perseguido pela velha caqu�tica, agora armada com duas mort�feras bisnagas de Caf� Merdeira (�, ou ent�o n�o). Talvez as bisnagas n�o fossem mesmo fatais, mas o sabor a borras e a caf� queimado que deixava na boca era simplesmente nojento.
(Continua)

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Quarta-feira, Novembro 26, 2008

Encravado

Encravado,
tenho alguns pelos encravados.
Est�o entalados,
n�o os arranco nem com um escalpelo.
Est�o avermelhados,
a minha pele expande-se de dor.
Est�o encravados,
j� n�o sei o que lhes hei-de p�r!

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Quinta-feira, Julho 10, 2008

Levanto-o
(ou Tes�o para Ti)

Tes�o de Ti:
Sentes o perfil do meu nabo sem o olhar
V�s a sua forma com a tua boca
(Ouch!! Mas n�o o trinques p�!!!)
Deixo-te percorrer o seu perfil enquanto a minha mente se perde no teu rabo
(desenho arabescos nas tuas costas enquanto te tor�o o bra�o!)
Vejo a tua m�o tentar soltar-se
(arranco a tua m�o com a minha!)
Sinto o frenesim da tua boca, e oi�o os teus dentes a esperarem pela oportunidade de se vingarem� V� l�, n�o sejas est�pida!! Lembras-te do que aconteceu da �ltima vez?
Sinto o formigueiro subir pela pila, enquanto come�as a ranger os dentes...
Prendeste-me o nabo, n�o mo deixas tirar, e ainda o tentas morder!
Penso as mil e uma asneiradas que quero berrar-te, mas o teu pai� o teu pai acabou de entrar em casa, e impede-me at� de sussurrar os nomes que te quero chamar!
O p�nico sufoca-me� Sufoca-nos! � um vortex de tes�o!
Come�o a puxar o teu cabelo a ver se me largas o nabo!
Como desejo dar-te um estalad�o� a m�o bem marcada nessa cara, eternamente!
(nem com o teu bra�o, bem torcido, deixas de mo morder� puxo o teu cabelo� mas nem assim mo largas!)
Quero que me largues o nabo� quero libertar-me dessa boca violenta�
Murmurar-te ao ouvido mil caralhadas, para que o teu pai n�o nos oi�a�
(quero libertar-me desses dentes afiados� talvez se eu te apertar o nariz come�es a sufocar e tenhas de abrir a boca� talvez o soltes finalmente!)

Tes�o sem Ti:
O meu cheiro inunda o quarto� As cores das fotos em que est�s nua e em posi��es menos ortodoxas do ponto de vista sexual espalham-se pela minha cama� Sinto a presen�a da boneca insufl�vel e percorro a borracha de terceira categoria � procura do pipo� Tenho mesmo de arranjar uma bomba autom�tica�
(cheira mesmo mal, porra� percorro o corredor deste curral, enojado� puxo em v�o o autoclismo: est� a faltar a �gua!!!)
A imagem da tua m�o na minha pila inunda-me a mente� A tes�o provocada pela lembran�a daquele toque persegue-me at� � loucura�
DEIXA-ME VIR! DEIXA-ME VIR! DEIXA-ME VIR!
Liberta-me desta tes�o� S� a Estrela do SexyHot na minha TV!
(perdido, busco em v�o o comando� persigo a tua imagem, por entre a imagem codificada!)
Sinto a tua imagem t�o pr�xima� a tes�o bloqueia-me o pensamento�
Umas m�os tr�mulas seguram uma pila acelerada�
(as minhas m�os seguram-me a pila erguida!)
Tenho medo� Sinto pavor da televis�o se estragar outra vez�
(talvez compre uma TV barata no supermercado� talvez ganhe ainda alguns pontos para a gasolina� talvez consiga remendar a boneca insufl�vel!)
E tu? Tocas-te a pensar em mim agora? Onde � que te t�s a tocar? Ainda consegues sentir alguma coisa, nesse s�tio onde j� tantos tocaram?
Eu n�o sei se ainda consigo levant�-lo� J� n�o sei se consigo�
(estarei impotente?)

O tes�o j� n�o faz sentido assim� Sem me poder vingar de Ti!

Tes�o para Ti:
Quero berrar contigo�.
Quero sentir a dor no fund�o que � o teu rabo�
(sentir tentares fugir enquanto te agarro pelos cabelos)
Sentir-nos!

Um dia, quando te apanhar de costas, em um qualquer canto do quarto
(um dia, se enquanto te vestes neste canto do quanto!)
Levanto-o para te castigar o p�lo
(levanto-o e tu vais bailar em cima dele)
A minha m�o a estimular a maminha
(a tua palma a esfregar a pinha)
Sentir-te gritar quando o meu nab�o te tocar quase no intestino�
(sentir os teus punhos no meu nab�o, e as tuas m�os a come�arem a esbofetear-me!)
Os nossos olhos vingativos, pela raiva que nos impede de olhar directamente o outro� Talvez vendo aquele voyeur pervertido a espreitar pela linha da janela enquanto a cama sobe e desce�
(talvez imaginando que o voyeur fosse uma actriz porno que saltasse para dentro do quarto para participar numa cena l�sbica contigo!)

Um dia� levanto-o outra vez para ti
(nesse dia� engulo um frasco de viagra e vais sentir o maior nabo que j� sentiste!)

- �Lamento, mas isso n�o passa de uma salsichinha. Usa as tuas m�ozinhas... diverte-te!!�

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Ter�a-feira, Junho 03, 2008

O Encalacrador Implac�vel � Epis�dio 1

Amadora, 23 horas, alguns anos atr�s (de quem? Como? Oi? Pois � pois � pois � pois �!)

A noite estava escura, e as ruas da Amadora especialmente vazias, naquela noite chuvosa. Os raios rasgavam os c�us, iluminando momentaneamente a escurid�o. Subitamente, um rel�mpago pareceu ganhar vida, percorrendo crepitante os c�us e atingindo as traseiras de uma carrinha da �Familly Tost�, que ardeu em segundos, ao som da sua ritmada can�oneta-buzinada �TE-re-RE-re-RE-re-RIIII!�. Por entre os restos carbonizados do ve�culo, uma esfera de energia cintilante desvaneceu-se lentamente. No seu lugar restou um corpo estranho e desnudo, enrolado numa posi��o quase fetal, ou talvez na posi��o que Marylin Manson tanto tentou alcan�ar em adulto � custa de algumas costelas (analogia gentilmente patrocinada por �Auto-Bico: o seu concession�rio!�). A figura levantou-se, limpou os cantos da boca, e avan�ou na direc��o do homem que limpava a rua, com uma p�.
- O que � que queres � panasca? � perguntou o varredor, visivelmente chocado, fixando o olhar, esbugalhado, no volumoso baixo ventre que tinha � sua frente � Apareceres n� a esta hora numa rua respeit�vel!!
- A tua roupa... agora! � disse, numa voz fria, ap�s alguns segundos em que pareceu tirar as medidas ao funcion�rio da c�mara.
- A minha roupa?? P�, n�o me fodAUUUUUGHHHH!! � momento de sofrimento n�o descrit�vel por palavras, deixado � imagina��o do leitor.
O vulto vestiu a roupa verde do funcion�rio, depois de lhe ter retirado a vassoura do rabo. Ajeitou o bon� na cabe�a, e olhou em todas as direc��es, lentamente, parecendo retirar informa��es das imedia��es, como um sensor humanizado. Na realidade, n�o retirou qualquer informa��o, pois como este texto se trata de um produ��o de baixo or�amento, n�o h� c� bases de dados, sensores e meios inform�ticos altamente sofisticados! Colocando-se em posi��o de defecar, retirou do orif�cio anal um bloco enrolado, naturalmente acastanhado.
- Encontrar alvos. Eliminar alvos. Primeiro da lista: R�gio, conhecido num futuro pr�ximo como Guarda R�gio � balbuciou monocordicamente o indiv�duo, enquanto punha a vassoura da C�mara Municipal da Amadora ao ombro e se afastava, ao p� coxinho e assobiando a m�sica do �Strangers in the night�.

R�gio
H� muito que R�gio se sentia atra�do por meninas de uniforme. Estimulado por banda desenhada japonesa, a sua libido tinha-o impelido a tornar-se num voyeur quase profissional, ou pelo menos, muito empenhado. Naquela tarde solarenga encontrava-se em plena actividade de mirone em cima de uma �rvore, desafiando a gravidade e os limites do mundo circense: conseguia segurar-se, olhar por cima do muro para as meninas fardadas, ter uma revista hentai aberta, co�ar o rabo e masturbar-se, tudo em simult�neo. O ext�se em que se encontrava impediu-o de ver a aproxima��o do estranho varredor. A �rvore tremeu e R�gio caiu, finalizando toda a acrobacia anterior com um n�mero de empalamento anal. Sem ter a no��o real do que lhe estava a acontecer, teve ainda tempo para pensar que tinha andado a perder algumas coisas bem mais excitantes que colegiais. Ao abrir a boca para gritar de prazer/dor, o pau da vassoura acabou de o atravessar e sair pelo or�ficio alimentar (?), esbugalhando-lhe os olhos, agora inertes.
- Segundo alvo: Arata. � disse o funcion�rio da C.M.A., contemplando sem emo��o os restos de R�gio.

Arata
A multid�o gritava apoiando os seus competidores, embriagada de emo��o. De um lado, a Bisarma An�nima, com uns respeit�veis 180 kg, do outro, o campe�o de enfardan�o sequencial da Damaia: Arata, o gigante barbudo. A competi��o era simples: quem conseguisse comer mais, de um tipo de prato, ganhava o combate daquela tarde. Ap�s a 45� dose de roj�es � minhota, a Bisarma An�nima vacilou, e caiu, esmagando alguns espectadores incautos. O vencedor era novamente Arata, que para celebrar ergueu e bebeu de um trago o barril de ch� gelado. Enquanto a multid�o o ovacionava, dirigiu-se �s traseiras do ed�ficio para satisfazer as suas necessidades fisiol�gicas na cova profunda rec�m aberta para o efeito, mas j� com algumas centenas de quilos/litros de estrume: ainda conseguiria fazer algum dinheiro vendendo adubo natural. No momento em que se preparava para baixar as cal�as, viu um enorme salame italiano na m�o de um tipo vestido de verde. As suas papilas gostativas salivaram imediatamente, tomando conta do seu c�rebro e corpo, que come�ou primeiro a andar, e depois a investir contra o portador do salame. Este correu em torno da fossa, fazendo com que Arata aumentasse cada vez mais o ritmo da corrida, at� parecer um rinoceronte enraivecido. No �ltimo momento, o salame foi atirado para dentro do buraco de estrume, cujo percurso foi tamb�m seguido por Arata, grunhindo. Em poucos segundos o gigante barbudo afogou-se em bosta, n�o sem antes engolir o salame de uma s� vez e libertar um g�s estomacal aud�vel por v�rios quarteir�es.
- Arata, enclacrado. � grande. � disse o indiv�duo de verde, escrevendo no seu bloco � Pr�ximo alvo: Victor Gina. Preparar brasileiras.


(Continua...)

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Ter�a-feira, Fevereiro 26, 2008

Ontem � noite

Ontem � noite vi-te no WC
Estavas com diarreia, sem clister...
Para l� do fedor s� brize primaveril�,
Com o seu perfume, incapaz de purificar o ar.
Percorri o arm�rio dos desinfetantes enquanto
Te acabavas de limpar.
Queria que tivesses cagado num WC s� teu
Onde a dist�ncia evitasse este odor a podre.

Ontem � noite prometi a mim mesmo,
Que nunca mais te fa�o uma feijoada
Com couves e enchidos, a cheirar a gordura...
Agarra-te ao soja, que eu cozo a posta!

Ontem � noite o WC deixou de ser s� meu!
Tive de o limpar como a uma fossa
Fui um engenheiro sanit�rio imerso em bosta!

Ontem � noite foi a noite em que abolimos os farin�ceos!

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Domingo, Novembro 11, 2007

Realidades... oh, bosta!!

Ajeitou os pensos do capachinho enquanto dava baforadas no seu charuto fumegante... Desceu � cozinha da sua vivenda com vista para o mar, e ao passar pela menina Bebiana, a sua empregada de 22 anos e corpo de modelo, deu-lhe uma forte palmadinha nas n�degas, dizendo �Que noite esta!�. �Cabr�o do velho�, pensou Bebiana.

Escarrou violentamente para o penico a sua espectura��o matinal, enquanto co�ava delicadamente o seu rabo peludo e postulento... Fugiu para o quintal enquanto a sua mulher corria atr�s de si, em robe, com uma lingerie que at� se poderia considerar sexy, mas n�o num corpo de uma mulher de 137.8 quilos. �Porra, mais uma noite!�, pensou correndo atr�s do autocarro da carris.

Entrou no seu topo de gama novinho, e escolheu qual dos seus cart�es de cr�dito, com avultados plafons cobertos, ia usar. �Hum, este deve chegar para a Madame Viviane!�

Por entre o magote de gente do autocarro, tirou a carteira rota e contou os trocos �20 euros e meio... deve dar para meia hora com a Gertrudes Boca Doce!�

Entregou as chaves ao rapaz, com uma nota de 20 euros, que se apressou a estacionar o b�lide �Espero que o cabr�o do miudo n�o me risque o carro!�, pensou, enquanto entrava e lhe traziam, apressados, um u�sque duplo.

Saltou do autocarro ainda em andamento e embrenhou-se nas ruas sujas e labirinticas daquela zona da cidade, chegando rapidamente ao albergue decadente do �ltimo beco. �O que me apetecia mesmo era uma aguardente velha...� pensou. Trouxeram-lhe um tra�ado num copo ba�o e partido.

- Fofa, a Madame Viviane j� est� � minha espera? � perguntou � menina absurdamente pintada do lobby.
- Claro Doutor Alves... Quarto do costume- esclareceu - Algum brinquedo especial?
- N�o, n�o, deixe estar. � respondeu, dando uma palmadinha no rabiosque da menina e entrando no elevador.

- Reinaldinho, a Gertrudes t� por c�? � perguntou ao brasileiro de dois metros que se encontrava encostado a um bidon de cerveja a palitar os dentes.
- Est� sim Guedes, mas tem de esper� um momentinho � porta que ela est� acabando.
- T� bom, vou subindo ent�o - respondeu

Entrou no quarto - o espelho da lux�ria. Uma explos�o de veludos e cetins vermelhos e rosas envolvia Viviane, no esplendor dos seus 23 anos, vestida com um corpete rosa, cinto de ligas e roup�o de cetim. Aproximou-se dele, e � medida que o beijava, despiu-o e levou-o para a cama vermelha.

Esperou que um velho sa�sse, com ar visivelmente satisfeito. O quarto tinha uma carpete castanha bem suja, as janelas com estores bolorentos, tecto com uma l�mpada pendurada, e no centro apenas um colch�o com imensas n�doas. Gertrudes, na decad�ncia dos seus 57 anos, fl�cida e com excesso de pilosidade corporal, limpava a sua boca estranhamente avermelhada.

Quarenta deliciosos minutos... o tempo necess�rio a v�rios momentos de prazer naquele ambiente de sonho.

Quatro explosivos minutos... o tempo necess�rio � Gertrudes tirar a dentadura, come�ar a sua �especialidade�, e acabar o servi�o.




- Boa dia Doutor Alves. Esteve tudo do seu agrado? � perguntou um rapaz de 30 anos, extremamente bem vestido, que aparentava ser o gerente
- Como sempre, meu amigo, como sempre � respondeu, estendendo o seu cart�o de cr�dito enquanto dava longas baforadas no seu charuto.

- Oi Guedes, tudo bom? � perguntou reinaldinho
- Sim, sim, a gertrudes nunca esquece, nasceu ensinada!! � atirou, ainda ofegante, estendendo os quize euros
- Hoje tem desconto, s� dez euros... ela n�o lhe disse?- inquiriu reinaldinho
- N�o sabia de nada...
- � que ela est� com uma crise de herpes... outra vez. Mas n�o tem problema n�o!
- Ohhh, BOSTA!!!

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S�bado, Outubro 13, 2007

Poesia Neo-alucinada (ou um sonho colectivo sergi�filo)

Tenho andado a estudar
Uma hip�tese muito estranha.
Estou perto de a aceitar
Quanto mais penso, mais se entranha

Sergay, av�zinho de TL, comp�lo d�s
Por muitos nomes o conhecemos.
Mas existir� ele na realidade
Ou ser� uma psicose que todos temos?

Nas pautas est� inscrito
Mas na faculdade nunca est�.
� muito estranho, admito!
Ningu�m o v�, porque ser�?

Na net parece habitar
At� comenta e escreve na Penal.
Mas algu�m pode provar
Que n�o passa de um bug virtual?

J� esteve em jantares? Uma ilus�o!
Na FNAC a ler BDs? Um sonho!
A desenhar em guardanapos? Uma vis�o!
A tentar comer uma sandes? Que tonho!

-�Tantas vezes que o vi, mais de um milh�o!�
Contradiz algu�m, que se justifica.
Mas n�o v� tamb�m o pap�o
O menino que nele acredita?

A teoria � real, submete-te
Estaremos todos a viver uma alucina��o?
-�Tenta encontr�-lo, diverte-te�
- �Lamento... mas ele j� me ripou o nab�o!�

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Domingo, Novembro 13, 2005

Alexia e Tutu - ePILAgo

Alguns dias tinham j� passado sobre o acidente que reduzira a cinzas e escombros um gigantesco edif�cio na margem sul, quando finalmente se reuniram condi��es de seguran�a para uma equipa de especialistas analisar as ocorr�ncias a fundo. Isto depois de um almo�o bem regado, claro est�, que o Inspector Routo e o t�cnico da brigada de fogos postos - nome de c�digo Small John- n�o deixavam os seus cr�ditos por m�os alheias. Ou melhor, alheiras, com ovo estrelado, arroz e batata frita (n�o da congelada, mas das outras), numa tasca do Monte.
- Isto � que foi encher o bandulho, Small � disse o barbudo inspector, dando suaves palmadinhas na sua barriga inchada
- Foi sim senhora, inspector � retorquiu o baixinho africano, palitando agilmente os seus dentes brancos � E aquele vinhozinho? Hummmm!
- Muito bom, melhor s� se viesse numa caneca das Caldas! Bom, mas vamos ao que interessa. � concentrou-se o inspector � Este cen�rio � miser�vel. N�o houve sobreviventes, certo?
- N�o, nem um. � confirmou Small � Luta de traficantes que acabou mal, com a pol�cia ao barulho. Cerca de 100 mortos, entre criminosos e pol�cias, muitos corpos nem foram encontrados sequer. Quem se deve ter ficado a rir foi o Xanana do Infarmed e a Dona Crosta, t�m o mercado dominado...
- Sim! Penso que at� t�m mesmo alguma coisa a ver com esta explos�o, mas faltam-nos as provas. S�o mais escorregadios que os sabonetes cremosos que eu costumo apanh... � interrompeu-se Routo, enrubescido e atrapalhado. Torceu ent�o o nariz, incomodado � que cheiro � este?? Parece... caril!
Uma pilha de cascalho pareceu vibrar e ruir, acabando por se dar uma projec��o de pedras por todo o lado, quando um vulto saltou por entre elas, erguendo-se. Por momentos contemplou os dois pol�cias com um olhar impass�vel. O seu estado era bastante miser�vel.
- Mas... mas... n�o pode ser � balbuciou um incr�dulo Inspector Routo � Alexia??? Est�s viva?
- Alexia? A mesma Alexia que eu estou a pensar? � perguntou Small John, at�nito � Essa boca lend�ria que corria de joelhos as esquadras da zona de Lisboa e Vale do Tejo??
- Xanana... vingan�a... � gemeu a personagem destro�ada. Apresentava diversas feridas, que numa pessoa normal seriam fatais. A sua cara apresentava �lceras quase fara�nicas. De olhar gazeado, antes que os dois pol�cias esbo�assem qualquer reac��o, levantou v�o gra�as aos seus propulsores anais, perdendo-se no horizonte.

Horas mais tarde, algures no norte de Portugal

O novo imperador do tr�fico de ervas sint�ticas exultava e comemorava o seu rec�m estatuto adquirido juntamente com a sua comparsa, numa festa privada.
- � Dona Crosta, traga a� mais umas tr�s, que estas j� acabaram! � disse Xanana do Infarmed, tentando ajeitar a sua fralda
- Tr�s? � jovem, isso j� perdi h� muitos anos! N�o quer antes aqui uns peitinhos de frango? Olhe que ainda est�o para as curvas!! � disse Crosta, levantando o seu avental �O Sr. Rato ainda gosta muito de c� vir roer!!
- Safa, j� lhe disse que n�o!! Mal por mal, mais valia a sua filha! � vociferou � Pronto, traga-me a� um mistozinho.
Repentinamente, ouviu-se um estrondo imenso enquanto o tecto cedia violentamente. Por entre a densa poeira, no centro da sala, Alexia ia tornando-se vis�vel. O seu olhar por detr�s dos �culos partidos era assustador, mas n�o tanto como a sua boca escancarada.
- Bom, bom, bom, a c�lebre Alexia! Entrada triunfal, para um suposto cad�ver � disse Xanana do Infarmed, batendo palmas � Como eu digo sempre, quando se quer um trabalho bem feito, nada como sermos n�s a faz�-lo. N�o dev�amos confiar em macaquinhos, mesmo que amestrados. � disse, olhando amea�adoramente para Crosta
- Oh s� t�r, eu garanto-lhe que eles estavam todos mortos debaixo dos AHHHHH � ginchou Dona Crosta, enquanto Alexia afundava mais e mais o Vibro-Sabre na velhota ressequida � O Rato nunca me penetrou assiAHHHHH!
Alexia limpou a arma nas protec��es met�licas do rabo, enquanto o corpo da idosa escorregava para o ch�o, derretendo e voltando � sua natureza inicial tantos anos depois: recheio de pastel de nata azedo. A loura virou-se, coxeando, para o traficante imp�vido.
- Humpf, essa velha gaiteira tamb�m nunca me serviu para grande coisa, desde que a trouxe l� do Meco. N�o penses que isto vai ser assim t�o f�cil comigo!! � berrou, puxando e desapertando as fraldas. Por baixo, em vez do normal p�nis masculino, encontrava-se um objecto met�lico que aumentou perisc�picamente, atingindo cerca de 3 metros � Ah ah ah, vais conhecer de perto a t�ctica profunda do ESCONDE O SALAME!!!
O ap�ndice met�lico come�ou a chicotear o ar a uma velocidade estonteante, tentando a todo o custo acertar em Alexia, como se tivesse vida pr�pria, enquanto Xanana ria com as m�os na anca, im�vel. A loura foi-se esquivando como p�de, tentando defender-se com o seu Vibro-Sabre, at� que este lhe voou das m�os. O cansa�o e as in�meras feridas acabaram por trair a agente bi�nica, que, de gatas, foi trespassada pela boca, saindo o salame met�lico pela outra extremidade do corpo, rompendo num len�ol de sangue a protec��o de liga met�lica caril-einst�nio-pal�dio.
- Ir�nico n�o �, minha menina? A tua posi��o preferida vai ser aquela em que vais morrer, lentamente e em agonia! AH AH AUUUGGHHHHH! � Alexia, num assomo de lucidez por entre tal dor (e prazer), trincara e serrara o p�nis met�lico, que, descontrolado, come�ou a atacar Xanana do Infarmed, espancando-o at� � morte. Alexia rastejou para um canto, sangrando e gemendo �Tutu...�. Enquanto desfalecia e o sono da morte a invadia, acariciou-se uma �ltima vez , pensando no seu rapag�o peludo.


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Ter�a-feira, Agosto 30, 2005

Esse lugar � meu!!

Era uma madrugada normal, num dia de trabalho normal, num comboio da CP da linha de Sintra que de t�o normal, at� me irrita e faz escrever uma asneirada muito muito feia e gratuita (ao contr�rio do pre�o dos passes): chissa! As pessoas entravam em todas as esta��es de um modo quase ordeiro, aparentando uma calma que era tudo menos isso mesmo. Na esta��o do Cac�m a trag�dia aconteceu.

A Dona Idalina, furando por entre os magotes de passageiros, vislumbrou um lugar sentado perdido. �As minhas pernas carregadinhas de varizes e veias rebentadas t�m de descansar!!� pensou a senhora de meia idade (se se considerar uma idade inteira como 120 anos para a�, claro) com os seus bot�es, que fechavam um vestido envolvendo os seus 170 kilogramas de pura banha, enquanto se dirigia para o descanso semi paradis�aco.

Na extremidade oposta da carruagem entrava Man� Matimba, que embora habitante de um bairro degradado era um trabalhador dedicado, versado em telecomunica��es de ponta: ponta da naifa para l� � telem�vel para c�. O in�cio de dia era sempre cansativo, pois ainda n�o se tinha habituado a correr de entre carruagem em carruagem depois de ver os revisores. Naquele dia precisava de se sentar, e um lugar vazio pareceu luzir como se para o chamar. �Man, dia de s�rte h�je!�.

Os dois passageiros dirigiam-se apressadamente para o lugar vago, quando se aperceberam um do outro. A tens�o cresceu instantaneamente: a Dona Idalina fincou as suas patas paquid�rmicas com for�a no ch�o, e Matimba agarrou ostensivamente o r�dio gigantesco que trazia ao ombro. O ar ficou carregado de electricidade (n�o sei porqu�, mas deve ser por eu estar a estudar f�sica � se fosse carregado de merda era pior, ainda era mais estranho, e cheirava pior) e, repentinamente, o comboio estremeceu. As luzes acenderam-se em pleno dia, mas eram vermelhas e azuis, violentamente intermitentes. Do meio do nada surgiu ent�o o maquinista.

- Senh�res e senh���ras, o maior espect�culo do mundo est� prestes a come�arrr! � gritou o rec�m surgido
- O Circo?!?! � perguntou uma criancinha esperan�ada
- N�o, n�o � o circo! � respondeu o maquinista
- Um espect�culo de acrobacias a�reas?? � perguntou outro passageiro
- N�o, tamb�m n�o � isso! � retorquiu uma vez mais o apresentador, incomodado
- Uma orgia sexual de prostitutas de idade avan�ada de biquini?? � perguntou um pervertido completamente babado
- N�o PORRA, � o fant�stico, o admir�vel, o inebriante DUELO POR UM LUGAR SENTADO NUM COMBOIO DA LINHA DE SINTRA!! (Momento gentilmente patrocinado por CP � Caminhos de Ferro Portugueses) � berrou o maquinista
- Essa merdice?? � respondeu um velho, virando as costas � Isso vemos n�s todos os dias! Ah!
- Errr...pois � gaguejou o apresentador � Bom, no vosso canto esquerdo, com o vestido foleiro e tantos pneus de gordura como anos de vida... DONA IDALINA!! � a senhora respondeu urrando e batendo com os punhos no peito sob o aplauso dos passageiros � No vosso canto direito, com o fato de treino roubado e debaixo de uma montanha de brincos, correntes de ouro, o r�dio a tocar 50 Cent e - Ouch... que � isto? Olha a�! Nada de stresses, leva l� isso � e agora a minha carteira.... MAN��� MATIMBA!! � o outro interveniente guardou a carteira �emprestada� e ensaiou uns passos tribais ao som da m�sica, debaixo de ruidosa ova��o da sec��o mais sombria da carruagem. O apresentador/maquinista deu dois saltos e gritou � Que comece o combate!!

Dona Idalina investiu violentamente na direc��o do jovem, que se esquivou rodeando o var�o, agredindo com o r�dio as costas gelatinosas da sua oponente, que pareceu nem o sentir. Virando-se, rodou a sua mala carregada da quinquilharia t�pica feminina que pesa toneladas e arremessou -a na direc��o de Matimba. Este, aterrorizado recuou, trope�ando nas suas cal�as de fato de treino e estatelando-se ao comprido. A mala voou por cima do seu oponente, indo acertar no pobre maquinista, esmigalhando instantaneamente o seu cr�nio. A velhota vendo a aparente vantagem, carregou novamente, s� que com tanta for�a bruta desequilibrou o comboio desgovernado (sim sim, como se isso fosse poss�vel) , que ginando nos carris se virou espectacularmente, provocando um aparatoso e destruidor acidente.

Por entre a am�lgama met�lica retorcida de metal, o pervertido babado rastejou e sentou-se numa cadeira que sobrevivera inexplicavelmente:
-Este lugar � meu �hah�ah�!!! � balbuciou enquanto se come�ava a masturbar.

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Sexta-feira, Julho 15, 2005

O exame

15 de Julho de 1772, 13H34, Paris

Um vulto de capa e tric�rnio negro avan�a rapidamente por entre a multid�o que se acotovela pr�ximo do Jardim das Tulherias. De uma carruagem sai um homem fardado de cabelo branco puxado atr�s da nuca, que d� uma palmada no cavalo e avan�a calmamente. O vulto negro grita ent�o:
- Monsieur Coulomb! Monsieur Coulomb!
O militar vira-se na direc��o da voz, no preciso momento em que o vulto negro puxa de dentro do sobretudo uma pe�a estranha que come�a a rugir rapidamente:
- Ahhhh!!! � grita a personagem de negro, enquanto o outro cai cravejado de balas, sangrando � A boa da G-3 ainda funciona!!! Ningu�m te manda armares-te em esperto e inventares umas merdas de leis para me lixares a cabe�a daqui a 2 s�culos e meio!! E tens sorte, poupo-te � guilhotina de daqui a uns anitos!! � riu-se o assassino, continuando a disparar � O Faraday e o Franklin deram mais luta que tu, sua menina!!

16 de Julho de 2005, 17h45, Lisboa

Um professor de f�sica da faculdade de ci�ncias e tecnologia com nome meio franc�s, meio c�ntico, segue alegremente no seu ve�culo motorizado (que n�o se sabe a marca, mas n�o interessa para o caso � Nota do autor) quando � abalroado por outro ve�culo. Parando imediatamente, o professor sai e tenta avaliar os estragos do seu carro, ao mesmo tempo que olha incr�dulo para o vulto que sai do outro carro acidentado:
- Maz qu� fez voc�, uh?!? Um bocadin maiz de attention, non? � berrou o luso-franc�s
- Olha-me outro franci�!! � cuspiu o outro condutor � S� me tocam destes!! Bom, toca a trabalhar. � disse, retirando do bolso um capacitor de 3500 Volts, correndo de seguida em volta do professor espantado, que em menos de nada se viu preso em fios de electricidade com pin�as
- Maz qu� istou, �!! Voc� et doid�?? Ahhhhhaaauuuughghhhhhhhh !! � guinchou de dor, caindo pelo ch�o, estrebuchando � medida que ia ficando com os cabelos em p� e come�ava a cheirar a carne queimada
- Cala-te mas �, e capacita-te que n�o lixas mais aluno nenhum! Ahahah, boa piada, capacita-te! � disse o assassino, afastando-se da sua vitima completamente esturricada, rindo sozinho

17 de Julho de 2005, 23H40, Torre da Caparica

O senhor Alberto, seguran�a h� j� 15 anos no campus da Caparica da FCT-UNL, fazia a sua habitual ronda pelo edif�cio de f�sica, quando ouviu uns barulhos estranhos num gabinete. Correndo para l�, tirou o molho de chaves e entrou no 2.31 (n�mero completamente ao calhas, n�o sei qualquer n�mero do gabinete � Nota do autor). Um vulto agachado saltou na sua direc��o rapidamente.
- N�o queria, mas agora vou ter que o magoar!! � disse o assaltante, agredindo com uma lata de gasolina o pobre seguran�a � Fica amarrado enquanto eu queimo esta porra toda! � disse regando o gabinete com gasolina e acendendo um f�sforo � Veremos como � amanh�! Ah ah ah!!


18 de Julho de 2005, 12H50, Torre da Caparica

Cerca de 300 alunos agrupavam-se ansiosos em frente ao edificio VII, esperando que o professor falasse.
- Bom, infelizmente o nosso departamento ardeu, o regente da cadeira e meu grande amigo morreu, cadeira que nem sei bem o que � porque a minha mente parece estar um pouco... vazia. De qualquer maneira, tinha um c�pia do exame em casa, e conseguimos requisitar o grande audit�rio. J� sabem, a mat�ria era at� �s leis de.... qualquer coisa ou de algu�m sei l� quem. Vamos l� � disse, chocalhando as chaves.
Do fim do grupo um aluno desesperado berra �Grande merda, nem assim me escapo a isto AHHHHHHHHHHHHHHHH� e foge a correr desvairadamente.

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Domingo, Julho 10, 2005

Mangnalhum 5 Sente �metros � Alberga-os...

Os novos gelados da Chupaj� s�o uma explos�o de sabor e aroma. Abocanha j� o teu, em 5 variedades diferentes:

Tes�o: duro e firme, um verdadeiro teste para as bocas mais violentas e insaci�veis. Um gelado que dura muito tempo... nalguns casos.

Betadine: um sabor dolorosamente doce, quente e met�lico. Um gelado que se come sempre como se fosse a primeira vez. Em algumas pessoas chega a provocar gritos incontidos.

Doce de leitinho: para uns amargo, para outros doce, muda conforme a boca que o prova, mas sempre sem perder a cor branca e o bom sabor do leitinho;

Rose Bottom: um sabor suave e rosado, sempre indecifr�vel. Alguns dos gelados v�m com algumas surpresas para os mais sortudos: pepitas de chocolate;

Jorro dourado: o sabor �cido do lim�o, sempre quentinho e bem amarelo. Se sacudires bem o gelado ver�s que h� sempre mais um pouco;

Passa um ver�o com a boca cheia... � grande, com a Chupaj�

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Quarta-feira, Junho 15, 2005

Viol�ncia na praia

Estava um s�bado solarengo de primavera, o tipo de dia por que qualquer portugu�s anseia depois de meses e meses de um Inverno cinzento e exaustivo, para se deleitar com uma boa tarde de praia. Milhares de pessoas aproveitavam ao m�ximo essa pequena amostra do que muitos gostariam, mas apenas alguns teriam um par de meses mais tarde nas f�rias de ver�o. Mas algo se preparava para estragar essa tranquilidade.

Ao in�cio poucos, com o passar do tempo muitos mais, indiv�duos de apar�ncia estranha come�aram a aglomerar-se de forma suspeita em locais estrat�gicos da praia. O seu aspecto bastante contrastante devia-se �s suas roupas estranhas, envoltas numa escurid�o sombria. Aos poucos come�aram a atacar os incautos veraneantes.

- Ai filho, que rabinho t�o bom!! Papava-te todo!! � atacou uma personagem de bigode um surfista bronzeado

- Com essa camisinha at� te dava tr�s ou quatro andares novos esta noite lindinho � lan�ou um tipo de cabelo ruivo em cuecas de cabedal fio dental

O caos alastrou rapidamente � medida que a turba avan�ava pela praia. Este tipo de ac��o, conhecido por Enrabadela ou Enrab�o era bastante comum nas praias do Rio de Janeiro. Nem as mulheres e as crian�as escapavam � f�ria das bichas.

- Sua pind�rica!! � berrava um indiv�duo de cabelo lustroso e barbicha, puxando os cabelos de uma senhora � O teu marido precisa � de uma mulher como eu, com esfregona e pau de vassoura inclu�da!!

- Vai l� chamar o paizinho puto � dizia um camionista de camisola de al�as branca � tenho aqui um chupa para ele!!

As pessoas, especialmente os homens heterossexuais, tentavam fugir como conseguiam, mas a maioria era rapidamente apanhado quando virava as costas, visto esta ser a principal especialidade dos criminosos.

Quando o desespero parecia ter tomado conta de todos, eis que chegou a pol�cia. V�rios agentes fardados rodearam rapidamente a praia com ar amea�ador, e as v�timas deitadas pela areia tiveram um rasgo de esperan�a de salvar os seus precisos bens traseiros. Mas, de um momento para o outro, todos os agentes sacaram dos cacetetes e tiraram as cal�as, ficando de cuecas. Um deles, o agente de maior estatuto, sacou do megafone e disse.

- Vamos l� pessoal, todos comigo: �First I was afraid, i was petrified� � cantou o agente, continuando com a bonita cantilena � medida que os deliquentes na praia agitavam as ancas ao som da m�sica, e os candeeiros acendiam e apagavam.

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Segunda-feira, Maio 09, 2005

Comunicado Oficial da Recreatividade Integracionista das Personagens e Artistas Nescia, Alarme e Brutalmente Abandonadas ao Obl�vio

A Recreatividade Integracionista das Personagens e Artistas Nescia, Alarme e Brutalmente Abandonadas ao Obl�vio (R.I.P.A.N.A.B.A.O.) e os seus associados (os poucos que ainda pagam as quotas) vem por este meio levantar um Abaixo-assinado contra a sociedade em geral, e o mundo em particular, devido � sua tentativa inf�me de os tentar fazer cair no esquecimento neste blog. Os nossos associados t�m todo o direito, e repito, TOOOOOOOOODO o direito de continuar a protagonizar toda a javardice e ordinarice que em dias h� muito idos tiveram opurtunidade de fazer.



Com as mais cordiais sauda��es

Guarda R�gio
(guarda fan�tico por colegiais e B.D.s, secret�rio geral da R.I.P.A.N.A.B.A.O. nas horas vagas)



Assinaturas:
Pimba
Pau
Sissi
Pasteleiro
B�b� Geri�filo
Maria In�s
Tes�o, Duque das Florzinhas
Maximiano
Gaja galgada que caiu do tecto do laborat�rio

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Quarta-feira, Abril 27, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte IV) - Fim - Fin - Le Grand Finale - PUM

A loura estacou, semicerrando os olhos na direc��o do seu antigo companheiro. A d�vida pareceu surgir na sua mente, imobilizando-a. Tranco, aproveitando o momento disparou v�rios raios da sua arma na direc��o do peito de Alexia, que refulgiu ricochetando, acertando em cheio em S.P. Fronh�, que cacarejou de dor. Tutu atirou-o com viol�ncia para o ch�o, e limpou as l�grimas.
- Pai... n�o... � guinchou Alexia, correndo para junto de S.P. Fronh�, que apresentava um ferimento na cabe�a � n�o me abandones...
- N� n� n�, nada disso � gemeu o indiano � burro velho n�o aprende, nem morre assim... D�-me a� o cachimbo!
- Ele n�o � teu pai Alexia!! � disse Victor Gina � � um criminoso... um monstro!
A loura pousou carinhosamente o moribundo, que parecia aliviar a sua dor puxando �vidos bafos do seu cachimbo, e levantou-se, com um olhar perigoso na direc��o de Tranco
- Vais-me pagar!! � gritou, correndo na direc��o da traidora de Fronh�. Contudo, a meio caminhou estacou quando um vulto lhe saltou para as costas � Mas, mas o que � isto??
- Minha Deusa!! � disse um Guarda R�gio cheio de desejo, que se agarrava solidamente �s costas e ao rabo de Alexia � N�o vou morrer sem te possuir! Ahhh!! � Gemeu de prazer � medida que cavalgava a loura, tentando romper as suas protec��es met�licas traseiras. Alexia, furiosa, saltava, bufava e mandava-se contra a parede, desesperada por n�o conseguir ver-se livre do GNR tarado. Tutu correu na sua maneira carater�stica, e com um s� movimento violento carregado de ci�mes arrancou R�gio de cima de Alexia e atirou-o contra Cl�o, que estava deitada junto � parede.
- Ol� beleza � disse o GNR com um olhar reluzente para a informadora da esquadra de Monsanto, saltando-lhe de seguida para cima.
- Parem!! � gritou Laura Tranco � L� em baixo!! O outro prisioneiro est� a correr na direc��o dos reservat�rios de hidrog�nio, e parece ter uns... explosivos!! Se l� chega � o nosso fim, fazemos uma cratera que se v� da lua!!
- �����... esse n�o � o agente do posto de Sintra? � perguntou Tutu
- N�o, eu sei quem ele � � disse Victor Gina, olhando pela janela � O seu nome � Stefalo, e pertencia a um grupo rival de Fronh�, que este aniquilou, controlado pela Calimera Escarros. Se ele aqui est�, o seu pensamento � s� um, o da vingan�a!!!
- ����... Alexia... por favor � suplicou Tutu � s� tu o podes parar... Em nome de todos os momentos que passamos juntos... especialmente aqueles em que estavas de joelhos...
Alexia pareceu ter uma sensa��o de reconhecimento, e hesitou. Olhando para Tutu uma l�grima escorreu pela sua face. Aproximando-se da janela, pareceu tomar uma decis�o e saltou, aterrando no p�tio do edif�cio Aparte Mental com toda a suavidade que do uso dos seus propulsores anais lhe permitiam. Com alguns saltos colocou-se entre um surpreso Stefalo e os reservat�rios de hirog�nio.
- Mas... olha quem � ela! � disse o desnudado louco � Com um novo look desde que me abandonaste l� atr�s depois do fellacio, mas o mesmo ar cabresco! Vens para o fogo de artif�cio final �?
- Venho... para te parar - sibilou Alexia � a bem... ou a mal!
- Tu??? Minha reles, n�o �s advers�ria para mim, vou explodir com tudo, tudo!!! �. e sem hesitar lan�ou tr�s jactos de bromo na direc��o da loura, que se esquivou, embora com alguma dificuldade. O perigoso l�quido foi acertar mais atr�s nas partes baixas do corpo de Arata, que gemeu dolorosamente. Ao fazer men��o de avan�ar na direc��o de Stefalo, o louco gritou para Alexia.
� Para!! Toca-me e estes b�b�s suscept�veis v�o dar-te uma nova cor a esse rabinho!! - disse, dando umas palmadinhas nos frascos de nitroglicerina, enquanto disparava in�meros jactos da sua arma. A loura foi obrigada a dan�ar por entre os feixes, que lhe foram rasando e ferindo alguns pontos do corpo, at� que com um salto conseguiu agarrar a pistola e lutar pela sua posse com Stefalo.
- N�o conseguir�s! N�o conseguir�s! � gritava Alexia, ferida, enquanto o ex-prisioneiro ripostava, os dois bem juntos � Ah ah ah! Quanto mais abanamos, mais perto ficamos de ir pelos ares! Ah ah ah!
Os dois vultos lutavam furiosos, n�o se apercebendo que Arata se levantava, furioso e cheio de dores quer pela sua virilidade agredida, quer pelo seu almo�o que nunca mais chegava. Uivou assustadoramente enquanto carregou sobre os dois inimigos que, apanhados de surpresa, foram arrastados pelo gigante na direc��o dos reservat�rios de hidrog�nio. Um cambaleante e muito ferido Ar�es, observando pela janela do 7� andar, conseguiu antes do impacto e da grande explos�o lan�ar um grito que se ouviu por quil�metros e quil�metros
� Ca put�����������������������������������������!


No dia seguinte, algures no Norte do Pa�s

Uma mulher pequena, magra, postulenta e de idade avan�ada entrou na sala. Trazia um vestido simples, usando por cima um avental velho e sujo, e na m�o um tabuleiro com past�is de nata ressequidos. Aproximou-se do cadeir�o que se encontrava junto a uma janela, no qual se encontrava algu�m a fumar um charuto.
- Ent�o jovem, coma l� um pastelinho para comemorar � disse a rec�m chegada num sotaque caracter�stico, atirando para cima da mesa um jornal onde a manchete era acompanhada por uma fotografia de um edif�cio destru�do e em chamas.
- Excelente, excelente, Dona Crosta! � respondeu o outro tamb�m de idade avan�ada, de barbas e usando uns cal��es que pareciam mais umas fraldas � N�o h� nenhum sobrevivente?
- � Doutor Xanana do Infarmed, nem um... � esclareceu � V� coma, tenho ali mais uns mistos e umas sandochas, tem que se alimentar bem que agora vamos ter muito trabalhinho, o mercado das ervas sint�ticas � nosso � disse, gritando para a porta no seu vern�culo habitual � � Rato, traz os panadinhos!
Uma gargalhada maquiav�lica ecoou, � medida que um plano zoom out (que s� � poss�vel nos filmes mas que me apeteceu estupidamente referir aqui porque vou acabar esta trampa agora) se afastava do ed�ficio.


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Domingo, Abril 17, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte III)

O fugitivo contemplou o que se lhe deparava com a confian�a de um louco que ele de facto era.. Algumas dezenas de GNRs dominavam in�meros criminosos por entre um tamb�m grande n�mero de cad�veres, no que parecia ter sido um violento palco de batalha. A sua tonalidade habitualmente p�lida enrubesceu ao situar a vis�o chispante no seu objectivo, que distava cerca de 300 metros de dist�ncia.
- O dia do ju�zo final chegou para voc�s!! � berrou, correndo pelo p�tio disparando jactos da sua arma de Bromo no Ponto Cr�tico (TM, ou ent�o n�o), abatendo todos os que lhe ousaram fazer frente at� o ar ficar carregado de uma tonalidade laranja do l�quido corrosivo - Agora n�s � disse, libertando-se das suas roupas esfarrapadas, por baixo das quais se encontrava totalmente nu, usando apenas tr�s coletes com uns frascos estranhos e o p�nis pintado com as cores da bandeira da �ndia.



Alexia hesitou durante um segundo, rodando de seguida sobre si pr�pria. Com uma rapidez impressionante saltou alguns metros e trespassou por tr�s um incauto Drinho Ludemar, que lan�ou um lancinante uivo, de dor ou prazer indistinto.
- ����, Alexia... n�o... � choramingou Tutu � o teu rabinho... que saudades...
Num �nico movimento a loura libertou a sua arma, limpou os cantos da sua cil�ndrica boca e, numa dan�a mortal e ex�tica saltou, esventrando Careca Rapel (que aproveitou o seu �ltimo suspiro para fungar) e ferindo no rabo Bicha. Os seus olhos estavam como que mortos, ao contr�rio do seu traseiro que parecia querer saltar das suas protec��es met�licas. Laura Tranco estava at�nita no seu ar germ�nico habitualmente impass�vel, completamente apanhada de surpresa por aquilo que ela tinha pensado ser apenas mais uma tortura, ter sido afinal a transforma��o de um inimigo naquele ser h�brido louro e mort�fero.
- Isso meu b�b�, mata, mata em nome do teu pai! � delirava Fronh�, dan�ando em cima da sua secret�ria com um aquecedor na m�o � Mata que o teu pap� recompensa-te com o chupa que tu tanto gostas!! Ai, a minha espondilose! � queixou-se, agarrando-se ao ombro
Alexia rodou novamente e correu na direc��o de Tranco, amea�adora. Dentes de a�o, ainda suja com o sangue de Ar�es rastejou como um animal e ferrou as suas presas afiadas com toda a viol�ncia na n�dega met�lica da loura. Na face do animal surgiu primeiro a surpresa, e depois a dor ao constatar que os seus perigosos dentes se estilha�avam sem ferir o inimigo.
- Ah ah ah � riu-se Fronh� � Am�lgama de tit�nio-pal�dio-einst�nio-caril, a mais dura do universo, e tamb�m a mais bem cheirosa! Cria��o minha, evidente! Aiii! � ginchou, caindo da secret�ria
- Agora chega!! � gritou Cl�o, chorosa e transtornada pelo ferimento de Ar�es � Podes estar mudada, mas continuas a mesma pega reles de sempre! Vou vingar-me e vencer-te, tal como fiz � Pega Ricardo!! � disse, silvando como uma serpente. As duas arqui-inimigas encontravam-se frente a frente, mais parecidas que nunca. Salvo as horrendas cicatrizes de Alexia e os seus �culos, poderiam ser facilmente confundidas. Cl�o puxou do rabo de Jonas Bicha um mega-vibrador afiado, e correu na direc��o de Alexia a uma velocidade ainda maior aquela a que perseguia os clientes em Monsanto. Tocada momentaneamente por algo superior ao seu ser, conseguiu acertar em Alexia e feri-la no rosto, adicionando-lhe mais uma feia marca.A contra-resposta foi brutal, e com um soco Cl�o voou pela sala derrubando o Guarda R�gio e o termo de Arata. O gigante enfureceu-se pelo seu almo�o ter sido interrompido (o 11�, cabrito assado no forno), e investiu violentamente como um rinoceronte na direc��o da loura metalizada, soltando arrotos semelhantes a bramidos. Esta desviou-se no �ltimo momento, fazendo com que o peludo lutador de sumo rebentasse a parede e se estatelasse no ch�o sete andares abaixo.
- Ahhhhhh � guinchou Fronh�, com a voz abafada � como pudeste..ugghhh
- �����... Alexia � disse Tutu, chorando copiosa e raivosamente enquanto esganava o indiano, cujo pesco�o tinha apertado por tr�s � ����... para imediatamente ou parto-lhe o pesco�o como a uma galinha!


(eu sei, eu sei, prometo que desta s� continua mesmo mais uma vez... ou ent�o o Benfica ainda perde o campeonato porra!!!)

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Domingo, Abril 10, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte II)

Os dois amigos dirigiam-se rapidamente para o exterior do edif�cio. O aviso tinha sido claro: GNRs tinham encontrado o esconderijo, e encontravam-se neste momento a atacar as imedia��es.
- R�pido Paulito, r�pido � disse o mais alto � Temos de os impedir de chegar ao velho e � mulher!
- Calma Pintarola � respondeu o seu ofegante colega � A outra gaja chata que n�o para de aparecer na guarita tira-me o f�lego todo!! Mais vale 30 GNRs que ter de a aturar!!
- Quem te vai tirar o f�lego sou eu! � gritou um ser de olhos felinos, que passou pelos dois servi�ais do Fronh� a correr, atingindo-os com um l�quido escuro que come�ou a corro�-los instant�nea e dolorosamente � � apenas Bromo no ponto cr�tico seus maricas! O vosso fim chegou, e em breve o dos outros! � berrou, saindo do edif�cio e deixando as duas massas de carne agora indistintas contorcendo-se no ch�o


O sil�ncio do gabinete era sepulcral. A trai��o de Tranco emudecera todos os presentes, especialmente S. P. Fronh�, que estava t�o hirto como o seu cachimbo tombado.
- Como... como me pudeste trair? Tantos anos de s�nteses comuns... � balbuciou o indiano
- Como v� todos os criminosos t�m o seu destino tra�ado � disse Victor Gina � devia ter-se dedicado � gastronomia, a um qualquer restaurante Indiano, ou a vender flores na Baixa. Foi abandonado at� pelos seus, sim porque...
- Cale-se seu pol�cia est�pido e gordo! � atirou Tranco sem pestanejar, � medida que das sombras surgiam Drinho Ludemar e uma personagem animalesca babada de dentes salientes � Pensa que o ajudei? Usei-o apenas para reunir aqui todos os meus inimigos, e venc�-los a todos! Se bem que ali a bisarma j� se adiantou com a Raposa...
- Fui, fui... usado? � disse Gina, incr�dulo � N�o... n�o posso.. j� n�o era usado desde que fui violado por aquela brasileira de 80 anos...
- Tamb�m tu? � disse Fronh� a Ludemar, endurecendo a voz � Tamb�m tu me trais, a quem eu tratei como uma filha... filho... qualquer coisa?
- � assim, estou farto do seu cheiro a caril logo pela manh�!! � retorquiu o afilhado de S.P., acariciando o cachecol � Estou a precisar de apanhar outros comboios, percebe?
- Oh santa, se querias comboios podias ter falado comigo!! � ginchou Jonas Bicha do canto da sala onde estava acocorado
- Chega!! � gritou a impass�vel Tranco, enquanto tirava da bata uma pistola de secagem reluzente � Chegou a hora!! Ludemar, Dentes de a�o, ataquem!!
Com um s�bito salto o animal avan�ou aleat�riamente em direc��o a Cl�o, de dentes al�ados e escorrendo um fio de baba. No �ltimo momento Ar�es, num gesto de sacrif�cio para salvar a sua companheira saltou para a sua frente, sendo atingido de lado e ficando com o bra�o dilacerado. No outro lado da sala, Ludemar agarrou nos colarinhos do Guarda R�gio e come�ou a esbofete�-lo, enquanto Laura Tranco avan�ou amea�adoramente com a sua arma em riste na direc��o do indiano. Arata ergueu a vista, observando aparvalhado o reboli�o e arrotando aud�velmente, continuando de seguida calmamente a degustar o seu quinto almo�o, Bacalhau � Z� do Pipo.
- Ah ah ah ah! � riu-se Fronh�, largando uma hist�rica e insana gargalhada, que imobilizou toda a gente � N� n� n�, ainda n�o estou acabado, nada disso!! Alexia, meu anjo louro, vem, vinga o criador da tua nova vida!!
- �����... Alexia! - disse Tutu, com os olhos cheios de l�grimas ao ouvir o nome da sua amante
Do tecto surgiu o vulto, completamente mudado, de Alexia.V�rias partes do seu corpo desnudado estavam revestidas a metal, em particular as sexuais. O seu cabelo louro outrora comprido e lustroso, estava agora curto e ba�o rente � cabe�a. A sua cara estava marcada por horr�veis cicatrizes e bexigas, e a sua boca distorcida numa forma cilindrica, como que insinuando aquilo que a antiga Alexia tinha adorado praticar na sua anterior vida. A cara era ainda adornada com uns estranhos �culos de grossas lentes, que pareciam esconder outras fun��es al�m de melhorar a sua vis�o. O mais estranho era mesmo assim um objecto met�lico vibrat�rio e afiado que a loura trazia na m�o. Noutros tempos um bast�o desse calibre estaria j� incrustado numa determinado parte do corpo da possuidora...

(continua, porque ainda falta a �ltima parte da �ltima parte)

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Quarta-feira, Mar�o 09, 2005

Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte I)

As canaliza��es oscilavam acompanhadas por um ligeiro som met�lico � medida que um vulto de roupas esfarrapadas rastejava violenta e obstinadamente.
- Aqueles falsos! Mostrei-lhes a sa�da e eles abandonaram-me!!- rosnou, espumando-se � Vingar-me-ei! Mas primeiro a amostra de ghandi e a avestruz vesga da mulher dele, primeiro eles! Ahah... ahah! V�o beijar-me os p�s, todos!! � gritou mais uma vez o vulto, interrompendo-se ao avistar uma sa�da por um respiradouro.
- Mas... o que �... isto??? � os seus olhos verdes brilharam com o conte�do da sala para onde se preparava para escapar e que lhe iria permitir cumprir a sua vingan�a



A divis�o estava cada vez mais envolta numa nuvem de fumo, provocando um ligeiro lacrimejar nos olhos de Cl�o. A loura, juntamente com o seu chulaborador Ar�es e o alto Tutu, encontravam-se ref�ns de S.P. Fronh� no seu gabinete, situado no �ltimo andar do alto ed�ficio que lhe servia de base operacional. A seu lado estavam Lana Raposa, bem como Careca Rapel e Jonas Bicha, que sorridentes e acabados de entrar seguravam os cativos, por entre uma fungadela.
- Sim senhora, chegaram mesmo a horas! Tal e qual como Alexia! � disse S.P. aos 3 informadores da GNR � Aut�ntica pontualidade brit�nica! Ai como eu gosto desse pa�s...
- ����... Alexia? Onde est� a Alexia?- choramingou Tutu � ����... N�o lhe fez mal pois n�o?
- N� n� n�, nada disso! � disse o indiano, interrompendo-se ao ouvir uma grande agita��o no exterior, juntamente com alguns tiros. Dirigiu-se � janela, e ao espreitar o seu semblante alterou-se, ficando visivelmente transtornado.
- Que se passa S.P.?? � perguntou Raposa � Que confus�o � essa?
Nesse preciso instante um grande estrondo ribombou pelas escadas, e a porta do gabinete foi arrombada com grande viol�ncia. Por entre a ombreira da mesma um gigante barbudo de cuecas surgiu com um salto, indo aterrar precisamente em cima da mulher de Fronh�. Os seus olhos rolaram momentaneamente nas �rbitas alinhando-se como os de qualquer pessoa normal, o que provocou um largo sorriso em Lana Raposa durante o fugaz momento imediatamente anterior � sua cabe�a ser esmigalhada por um enorme termo de comida com que o gigante se fazia acompanhar. A seu lado surgiram ent�o o Chefe Victor Gina e o seu fiel escudeiro, Guarda R�gio, que prontamente dominou Careca Rapel, enquanto Bicha guinchava estericamente num canto, de rabo para o ar, inofensivo(a).
- Os seus dias de tr�fico acabaram velha chamussa! � cuspiu Gina � Os meus homens encontram-se neste momento no controlo do edif�cio Aparte-Mental. Solte os meus agentes! J�! � berrou para S.P. Fronh�
- Nunca pensei ficar t�o feliz em v�-lo... � admitiu Cl�o, emocionada � Mas obrigado, por nos ter salvo! O que posso lamber para o compensar?
- ����... mas Chefe, ele ainda tem a Alexia � disse Tutu aflito, co�ando o rabo � ����... acho que lhe fez mal!
- N�o! Alexia... Essa deusa moderna... essa afrodite dos meus sonhos... � suspirou R�gio - N�o lhe pode ter acontecido nada! N�o sem antes eu ter provado o seu sak�, o seu sumo, a sua c...
- Cala-te p�!
N�o v�s que a coisa � grave, sua besta! � reclamou Victor Gina � Se lhe fizeste alguma coisa, eu juro que te deixo esse rabo tostado pior que a ultima brasileira que me passou pelo estreito! � acrescentou, dirigindo-se ao traficante que se encontrava mudo de espanto olhando para a sua mulher esmagada por Arata, que comia alegremente do termo algo parecido a Roj�es � Transmontana
- Mas... como descobriu a minha base? � sussurrou Fronh�, distante � Como? Como foi poss�vel?
- Pergunte � sua colaboradora. Ela sabe bem � sorriu amargamente o Chefe � Onde est� Alexia? S� lhe pergunto mais uma vez!!
- Mas quem? Quem trairia este velho tonto e fraco? � perguntou novamente fronh�, deixando cair o cachimbo j� apagado
- Eu mesma, seu velho irritante! � disse uma vitoriosa e confiante Laura Tranco que, silenciosa, entrara no gabinete

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Segunda-feira, Fevereiro 21, 2005

Alexia e Tutu - Cl�o e Ar�es tomam as r�deas

As luzes que atravessavam os vitrais existentes em todas as janelas da divis�o pareciam dar-lhes vida, fazendo com que as ilustra��es de influ�ncia Kama Sutrica neles representados parecessem vibrar de prazer, num orgasmo infinito. Alexia fitava-os de olhos (todos os tr�s) semicerrados, por entre uma dorm�ncia latente. Estava deitada numa bancada havia horas, sofrendo todas as torturas que a pr�pria personifica��o do Mal (bom, um pouco mais oleoso e bronzeado do que essa personifica��o seria) de toda a humanidade (pronto, talvez apenas da zona de Lisboa e Vale do Tejo), S.P. Fronh�, lhe ia infringindo, e da qual ela, por vezes, at� gostava.
- Uma menina rija que aqui temos. A tuff one, como dizem os ingleses � riu-se o velho indiano � Mas est�s prestes a quebrar. Vais ficar a conhecer o teste final... Raposa, Condensador Rego-Sint�tico!!
- E o seu ponto �? � atirou Alexia � J� tive coisas muito maiores que um condensador dentro de quase todos os orif�cios do meu corpo! N�o me intimida com isso! � gritou a loura, notando pelo canto do olho que Laura Tranco se ausentava da sala, talvez impressionada com as torturas que tinham sido levadas a cabo na sua presen�a.
- N� n� n�, nada disso! Este � um condensador... diferente. Em breve vais perceb�-lo... e senti-lo. Literalmente falando! � cacarejou Fronh� na sua dial�tica caracter�stica
- Fascinante a resist�ncia da juventude S.P. � comentou Lana Raposa � Minha passarinha, prepara-te!


Tutu espumava e bufava enquanto puxava e repuxava o rabo alvo de Cl�o.
- Mas que for�a puraAIII! � queixou-se Cl�o � Calma rapag�o! E n�o � que a brochista da Alexia tinha raz�o? Este homem � um animalAIII!
- J� chega p�! � interrompeu-os Ar�es � Temos de ir, tentar escapar daqui! Agora que j� o consolaste bamos ou n�o?
- Humm, sim... Foi um prazer Tutu � disse Cl�o, puxando as cal�as para cima � Quem sabe n�o teremos outra oportunidade, mas agora temos realmente de ir andando � acrescentou, dando um pequeno apalp�o no rabo peludo ainda desnudado de Tutu.
- Que put�!! � vociferou Ar�es, desapertando a braguilha � Abre l� essa boquinha que antes de nos pormos na alheta � a minha vez!
Uns momentos e uns engasgan�os mais tarde, os tr�s espi�es encontravam-se novamente a rastejar pelo labir�ntico conjunto de canaliza��es. Bifurca��o ap�s bifurca��o, a fuga parecia cada vez mais remota. At� que na escurid�o surgiu uma luz. E com ela, vozes.
- Parece que chegamos �s cozinhas � sussurrou Cl�o � panelas e mais panelas! E est�o l� em baixo dois homens! Oi�am!
- Oh santa, estou farta disto � disse o mais alto, de barbicha e jeito afectado � Eu sei que � preciso dar o corpinho pela causa, mas estamos c� em baixo h� s�culos!!
- Cala-se e trate de trabalhar � disse o careca, fungando ruidosamente � ele p�s-nos c� em baixo, temos de aguentar... pelo menos at� este produto estar pronto. Depois logo se v�.
- �s mesmo parba, n�o s�o as cozinhas, s�o os laborat�rios de erbas sint�ticas! � disse Ar�es, do alto da canaliza��o � � a nossa hip�tese de sair daqui! Eles s�o dois, n�s 3! Bamos a isso Tutu?
- ����... est� bem. � concordou o parceiro de Alexia, co�ando o baixo-ventre - ����... e a Alexia?
- Logo se b�! Ela � esperta, safa-se bem! Bamos ent�o! � disse, saltando de imediato pela abertura para a divis�o em baixo, seguido por Tutu e Cl�o.
- Aiii, mas quem s�o voc�s?? � disse o da barbicha, saltando para um banco, visivelmente aterrorizado � Dois bonit�es e uma javardona!!
- Fa�am pouco barulho e nada de mal vos acontecer� � disse Cl�o � Apenas queremos fugir daqui!!
- Fugir?? � fungou o careca � Ningu�m vai escapar ao Fronh� pelo laborat�rio do Careca Rapel e Jonas Bicha! Marcovnikov, E.Levita, Relva Daninha, apanhem-nos! � gritou o Careca, enquanto premia um bot�o por baixo de uma bancada. De um canto abriu-se de par em par uma porta autom�tica, de onde surgiram mais personagens prontos a apanharem-nos
- ����... venham-se mas � daqui embora! � gritou Tutu, desatando a correr e saindo pela porta mais pr�xima, logo seguido pelos outros.
A sa�da dava para um lan�o de escadas que subia. Os fugitivos foram subindo degrau ap�s degrau durante o que pareceu ser uma eternidade, indo desembocar noutra porta aparentemente n�o vigiada.
- Entrem, depressa! � gritou Cl�o � eles est�o a chegar!!
Entraram de rompante na sala, trancando a porta com um extintor familiar e um aquecedor, depois de afastarem o rabo de Cl�o j� al�ado no objecto de combate a inc�ndios.
- Bem, parece que estamos safos � disse �raes � Ser� que alguma bez escaparemos desta fortaleza?
- N� n� n�, nada disso! � disse uma voz numa cadeira de couro, por entre uma nuvem de fumo arom�tico � Vieram ter directamente �s minhas m�os... e ao meu longo cachimbo!
- Que bom, que bom, adoro cachimbadas e coisas longas!! � disse Cl�o, baixando novamente as cal�as e pondo-se de gatas, vis�o que fez Tutu come�ar a desapertar o cinto.

(continua, mas s� escrevo isto mais uma vez)

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Ter�a-feira, Janeiro 11, 2005

Alexia e Tutu - A fuga

Estava uma tarde calma e solarenga. O g�nero de tarde que n�o d� vontade de fazer nada. Tratando-se do Guarda R�gio, esse inactividade era de certo modo aumentada aos milh�es. Bom, pelo menos algum tipo de inactividade.
- Xiiiii, que bonito rabinho � dizia o agente, segurando uma revista com a �nica m�o vis�vel por cima da mesa � vem... vem....AAHHHH!!
- Mas o que se passa a�?? � disse uma voz anasalada pelo intercomunicador � Outra vez a brincarem � apanha com a mulher da limpeza?
- N�... n�o chefe! � disse apressadamente R�gio, enquanto limpava a m�o a uma carta com o selo do minist�rio � � que os entalei... os dedos!
- Bem bem, vamos l� a acabar com as paneleirices! � barafustou Victor Gina � Prepara o Arata e os outros, temos festa!!
- O Arata?? � perguntou o outro, imaginando que tipo de problemas necessitariam do barbudo lutador de sumo - Mas que se passa Chefe??
- Alexia � esclareceu � finalmente not�cias. Temos a localiza��o da base do Fronh�, mas � preciso agir mais depressa do que eu trato de um bumbum gostoso! Despachem-se!! � gritou, encerrando a comunica��o.

A alguns quil�metros dali, dentro de uma comprida canaliza��o uma loura de saia encontra-se na sua posi��o mais natural, ou seja, de gatas.
- Estou cansada Tutu, n�o consigo rastejar mais... � disse Alexia, a sua voz ecoando nas paredes do sombrio cano por onde tentavam fugir � e tenho fome...
- ����... queres um pepino? � sugeriu o seu companheiro, levando a m�o ao bolso
- Tutu! Como podes pensar nisso agora? � ralhou Alexia, ajeitando os �culos � Temos uma bifurca��o ali � frente... vamos por qual lado?
- Mas porque � que aqueles dois pararam? � perguntou Cl�o � n�o � hora para broches sua porca! J� chegou o que fizeste ao desgra�ado que deix�mos l� na cela!
- N�o � isso, ela queixa-se dos joelhos � disse Ar�es com o seu sotaque nortenho caracter�stico � Quem diria, depois de tanto os esfregar nas matas de Monsanto j� deviam estar calejados � acrescentou, rindo-se com grande vontade.
- Querem o qu� meus vadios nojentos? � espumou de raiva a loura � Tutu, vamos embora j�! Vamos pela esquerda, eles que v�o pelo outro lado!! � e dito isto come�ou a gatinhar com uma velocidade furiosa.
- Isso, boa viagem sua Cicciolina na reforma � disse a outra loura escarnecendo
- ����... Alexia... ���.... espera � disse Tutu tentando segui-la no seu jeito natural atrapalhado, mas sem sucesso. Ao fim de algumas dezenas de metros e novas bifurca��es o rapag�o estava perdido quer da loura, quer dos outros dois.
- ����... Alexia... n�o me deixes sozinho � choramingou, encolhendo-se.

Toldada pela raiva Alexia rastejou durante metros at� se aperceber que tinha deixado para tr�s Tutu. Preparava-se para voltar quando ouviu algumas vozes vindas de um respiradouro mais � frente. Aproximou-se silenciosamente e espreitou.
- N� n� n�, n�o quero ouvir nada disso! � vociferou um indiv�duo indiano de idade avan�ada � Encontrem-me aqueles cinco e j�!
O pr�prio S.P. Fronh� estava sob os p�s Alexia num escrit�rio, discutindo com Lana Raposa. �Tenho de sair daqui e avisar o Chefe Victor!� pensou, tentando dar a volta e continuar pela canaliza��o.
- Mas S.P., eles meteram-se nas canaliza��es, e aquilo � um labirinto! � disse Raposa tentando acalmar o marido � Podem estar em qualquer lado! At� mesmo por cima desta... � calou-se quando o seu olho a�reo detectou de facto movimento na abertura v�sivel do gigantesco cano branco.
Num �pice a conjugue do traficante agarrou numa pistola de l�quidos i�nicos e disparou para o cilindro met�lico, fazendo a estrutura come�ar a derreter e a tremer. Alexia tentou escapar em v�o, caindo juntamente com algumas sec��es met�licas em cima da secret�ria.
- Olha quem aqui temos, uma menina t�o bonita � disse Fronh� com o seu sotaque pouco percept�vel, aproximando-se � Tu � que �s a c�lebre Alexia?
- Seu.. seu... indiano oleoso nojento! � atirou a loura � nem ouses p�r-me a m�o em cima!
- Vou p�r muito mais Alexia, muito mais... Gostas de chamussas? Ou de croquetes com caril? Tenho um... longo! neg�cio para te prop�r...
(Continua)

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Domingo, Dezembro 19, 2004

Alexia e Tutu - Os prisioneiros

Um leve balancear fazia com que o rabo de Alexia adquirisse tamb�m um estranho ritmo, o que acabou por despertar a loura:
- Agora n�o Tutu, d�i-me a cabe�a � reclamou, abrindo os olhos ainda vagamente ensonada, constatando com surpresa por entre as suas p�lpebras entreabertas que se encontrava num barco, e amarrada. Quem abanava o seu empinado traseiro n�o era (desta vez) o seu companheiro, mas sim o movimento cadenciado do que lhe parecia ser um cacilheiro velho e ferrugento. �O g�s... fomos apanhados pela Lana Raposa! Que est�pidos!� pensou Alexia observando os outros tr�s vultos �Estamos aqui os quatro amarrados por causa daquela pega Cl�o!� . Durante alguns momentos Alexia tentou em v�o libertar-se tentando fazer uso de tanta pr�tica de algemas, at� que, extenuada, se deixou dormir mais uma vez.

Quando acordou novamente estava a ser transportada em ombros por Paulito e Pintarola na direc��o de um edif�cio branco com v�rios andares e geometria estranha.
- Para onde me levam? � perguntou assustada a loura aos seus captores.
- Pouco barulho sua puta! � ordenou Paulito � Por agora vais fazer companhia aos teus amigos, e mais tarde o patr�o vai tratar de ti! Vais ter o prazer de provar o seu cachimbo arom�tico - acrescentou, sorrindo � E como ele gosta de meninas com ar de porca!
- E voc�s... n�o gostam tamb�m? � disse Alexia aos dois, fazendo uma tentativa desesperada � Nem sabem as maravilhas que a minha boca era capaz de fazer �s vossas cabe�as de camar�o...
- Nem quero saber sua loura nojenta! Essa l�ngua n�o chega para mim, tenho muito melhor... e maior! � cuspiu Paulito, acabando com as poucas esperan�as da informadora.

Entraram os tr�s no edif�cio e seguiram por um labir�ntico conjunto de corredores cujo tecto era composto por canaliza��es de v�rios feitios e tamanhos. Depois de algum tempo chegaram a uma sala sombria para onde Alexia foi atirada, e logo a porta met�lica se fechou ap�s a sa�da de Paulito e Pintarola. Da quase total escurid�o surgiu uma voz:
- ��� Alexia, est�s bem? � perguntou um Tutu audivelmente abalado
- Estou Tutu... apenas um pouco dorida. Sinto-me como aquela vez em que chegou o um lote de ar�etes de arrombamento � esquadra... n�o consegui sentar-me durante um m�s! � queixou-se a loura
- Ainda hoje n�o consegues seu t�nel de metro por fechar! � atirou uma voz feminina da escurid�o
- Cl�o, sua vacarrona nojenta! � espumou Alexia � antes isso que fazer desaparecer com o rabo as bocas de inc�ndio de Lisboa inteira!!
- V� meninas, j� chega � apaziguou Ar�es no seu sotaque nortenho caracter�stico � N�o comecem, foi por isso mesmo que fomos apanhados! Tentem dar tr�guas uma � outra durante uns tempos...
- Mas quem consegue resistir a escarrar naquela vadia? N�o tenho culpa... � lamentou-se Cl�o

A troca de insultos foi interrompida pela entrada de uma figura feminina de �culos, ruiva e meia idade na sala que lhes servia de pris�o. Trazia consigo um carrinho cheio de comida, e vinha armada com seringas carregadas de um g�s misterioso.
- ���� quem � voc�? - perguntou Tutu com um ar esfomeado, mais pelas pernas da mulher que pela comida
- N�o interessa muito quem sou, mas se querem mesmo saber chamo-me Laura Tranco- esclareceu a ruiva - Trabalho para o Fronh� e sou respons�vel por voc�s os cinco, pelo menos at� ele resolver o que fazer.
- Cinco? Mas n�s somos s�... � calou-se Alexia quando reparou que a um canto da cela improvisada estava realmente um rapaz de barba rala e tez algo p�lida com as roupas em farrapos. � Pobre coitado... quem �?
- Um agente de uma esquadra qualquer em Sintra que nos seguia � esclareceu Laura Tranco � Foi torturado nos laborat�rios com botijas de azoto e atirado para aqui antes de voc�s chegarem. Mas chega de conversa fiada. Aproveitem o tempo que vos resta e comam uma �ltima refei��o, ou se preferirem, uns aos outros � riu-se, fechando a porta - venho buscar-vos daqui a bocado!

Alexia e Tutu preferiram chegar-se perto do rapaz, enquanto Cl�o parecia seguir a sugest�o de Tranco e atirar-se de boca escancarada pronta a dilacerar o sexo de Ar�es.
- Olha o que nos espera Tutu... ser torturados at� n�o passarmos de figuras retorcidas... � choramingou a loura - n�o ser� melhor cavalgares-me o rabinho uma �ltima vez?
- ����... Alexia, ele est� a tentar dizer qualquer coisa � disse o companheiro da loura
- Aquele... aquele indiano oleoso... � murmurou o agente moribundo, com os seus olhos verdes brilhando � vou fugir daqui... vou vingar-me!!
- Poupa as tuas for�as pobre diabo � tentou consol�-lo Alexia, massageando as suas partes baixas � n�o h� maneira de escapar...
- Eu... eu sei como... � confessou, surgindo-lhe um sorriso de prazer no seu rosto marcado � sei como podemos... escapar!! Pelas.. pelas canaliza��es!!
- Tutu, esquece a cavalgada!! � disse Alexia notando pela primeira vez o tamanho absurdamente grande das canaliza��es que tamb�m estavam presentes no tecto da sala - Tratas do meu rabo mais tarde, vamos fugir daqui!!


(continua)

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Quarta-feira, Dezembro 08, 2004

Sonhos esbranqui�ados

�� apenas mais uma madrugada� � pensou ele enquanto baixava com viol�ncia o rolo de madeira sobre a massa tenra e se virava. O seu gorro outrora branco estava amarelo e manchado, revelando �s mentes mais perspicazes as pr�ticas habituais a que o seu dono se dedicava. Dirigindo-se � despensa disse para o vulto junto � janela: �Foi nojento, cozinhas mal como a merda. P�e-te l� fora. � e co�ou o rabo com uma haste da batedeira.

Tinha sido s� mais um soufl� de anan�s com abacate, mais uma sobremesa que prometia ser requintada, mas que tinha acabado por dar numa banal mousse de pacote. Era triste. O seu v�cio secreto de se deliciar com a comida preparada por roli�as cozinheiras estava a tornar-se perigoso, sobretudo para o seu fino palato.

Ainda se lembrava de como a tinha seduzido em frente ao sal�o paroquial. Reparou nela primeiro pelos seus fartos seios, depois pelo Pantagruel que trazia debaixo de um dos bra�os. Estava com mais 3 amigas, numa reuni�o de alunas de cursos de cozinha por correspond�ncia, como agora estava na moda. A sua camisola suja de chocolate foi o toque que fez com avan�asse.

Simulou passar casualmente pelo grupo de amigas, e subtilmente fingiu trope�ar e esbarrar com a massa imponente que era o seu alvo, um aut�ntico bisonte americano. Desculpas trocadas e um dedo de conversa chegou para irem beber um caf� na esquina. Ele padeiro e cozinheiro nas horas vagas, ela cozinheira na tasca da Dona Josefa, e o desejo entre ambos cresceu mais r�pido que claras em castelo a serem batidas. Sa�ram e dirigiram-se para a padaria onde ele trabalhava na sua carrinha de distribui��o do p�o.

Enquanto ele guiava para o seu destino, ela come�ou a descrever as suas �ltimas habilidades culin�rias, enquanto se esfregava com os �clairs recheados que se encontravam no banco traseiro. Ele delirou e tentou lamber o creme de um dos p�s da sua cozinheira rec�m seduzida, quase perdendo o controlo da viatura � medida que os tabuleiros de croissants ca�am na parte detr�s da carrinha.

Chegaram � padaria t�o ansiosos como lambuzados, e enquanto ele vestia a sua farda ela ia-lhe colocando o gorro e manuseando os instrumentos culin�rios que tinha � m�o. Teve estertores de prazer enquanto ela batia e batia, fazendo crescer cada vez mais o suced�neo de anan�s, apenas vestida com um avental que mal cobria a sua nudez de v�nus de milo, ou pelo menos as suas dobras de gordura abundantes. Num ambiente de transe simult�neo ele devorou o soufl� que ela preparou, enquanto ele a estimulava com o ralador de queijo que usava para dar o toque final � sua carbonara. A orgia culin�ria repetiu-se vezes e vezes sem conta, acabando as iguarias por parecerem cada vez mais rotineiras e simples. Estava cheio, e s� lhe apetecia vomitar.

Lembrou-se onde estava ao olhar para o boi�o gigantesco do fermento. �Ver se a outra j� se foi para continuar a tratar da massa dos brioches.� Pensou, enquanto sa�a da pequena divis�ria, descobrindo a cozinheira j� vestida mas a comer um prato de sonhos recheados que ele tinha preparado na noite anterior. �J� te disse para sa�res minha Filipa Vacondeus de cantina universit�ria!� insultou, esperando que ela se fosse rapidamente embora. Largou os sonhos, levantou-se movendo os seus 140 kilos de gordura natural e dirigiu a palavra ao padeiro

-�Mijei no soufl�... diverte-te�- disse sorrindo

Ele olhou para ela, sorriu ironicamente abanando a cabe�a e, condescendente, atirou:

-� De onde pensas que o recheio branco e leitoso dos sonhos que est�s a comer vem? Engasga-te!�

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Segunda-feira, Novembro 22, 2004

Alexia e Tutu - O reencontro

Alexia espreitava sobre uns caixotes de madeira, empinando o seu traseiro proeminente real�ado por uns cal��es de licra vermelhos. As pistas que a loira e Tutu tinham seguido levaram-nos a um armaz�m abandonado junto ao rio Tejo, algures na marginal.
- ���, v�s alguma coisa Alexia? � perguntou Tutu, com a cabe�a baixa junto �s duas n�degas vermelhas da loura, tentando conter o fio de baba que teimava em escorrer.
- Cala-te! N�o nos podem ver aqui, sen�o estamos feitos! � respingou alexia � Daqui s� consigo ver 5 tipos a embalarem uns fardos e a carreg�-los para umas carrinhas. Estranho, parecem ter o s�mbolo da... Transtejo! Deve ser para camuflar o transporte.
- ����... isso n�o s�o os barcos? N�o � melhor telefonar ao chefe Victor?
- Claro que n�o Tutu, s� depois de termos mais informa��es. Vou tentar ouvir aqueles dois � disse apontando para os tipos e rastejando na sua direc��o, ocultada pelos caixotes. Aquela posi��o de quatro lembrava-lhe sempre as noites animadas l� na esquadra �Que saudades!�, pensou, escutando ent�o a dupla.
- Desta vez temos uma carga do melhor, Pintarola � disse o mais baixo para o outro � erva colhida e pronta a sintetizar, muito boa. O Fronh� vai ficar bem satisfeito.
- � bom que sim, porque lembro-me de uma vez em que a erva vinha estragada... O tipo que a entregou nunca mais foi o mesmo � disse com uma express�o de horror � desgra�ado do Erto Atreu, foi torturado com colunas e placas de s�lica, at� os seus gritos ecoarem pelo edif�cio durante horas!
- N�o te preocupes com isso, n�o temos nada a temer que a erva � boa � descansou Pintarola � temos de ver � se a Lana "Raposa" n�o nos chateia hoje!
- Qu�, a mulher dele vem c� hoje Paulito? Mas que treta! � protestou Pintarola
Alexia achou que j� tinha ouvido o suficiente e voltou para junto de Tutu. �Pelos vistos a festa � de arromba hoje, at� a "Raposa" vai c� estar� pensou.
"Raposa" era nem mais nem menos que s�cia e consorte de S. P. Fronh�. Geria-lhe os len��is e os neg�cios, tratando de supervisionar directamente tanto uns como outros, bem como certos empregados. Algumas pessoas atreviam-se mesmo a dizer que sem ela o rijo indiano j� n�o estaria a vender erva sint�tica, mas sim rosas.
- Tutu, parece que a Lana Raposa vai c� estar � disse Alexia ao rapag�o � se a conseguirmos seguir e ao transporte da mercadoria podemos dar com o esconderijo do Fronh�!
- ����... acho que isso tamb�m lhes deve interessar � disse Tutu, apontando para duas figuras que surgiam das sombras, uma feminina e outra de barbas.
- Cl�o!! � gritou Alexia, at�nita - grande pega, o que fazes aqui??
- Grande, e com muito gosto minha reles � respondeu Cl�o � estou aqui pelo mesmo que tu: o indiano.
- Sua... sua nojenta! � disparou � este caso � meu e do Tutu, n�o te vou deixar intrometer!
- N�o podes fazer nada, grande porca � riu-se a outra loura � estou neste caso, e at� aos meus grandes peitos. E j� agora, arranjaste novo chulo foi? Sempre gostaste deles grandes e moles!
- Eu trabalho sempre por conta pr�pria � disse Alexia, reparando pela primeira vez na figura esguia de barbas, vestindo um sobretudo e que ladeava Cl�o � j� tu, minha cabra... Novo gerente do entrepernas �? Saiu de onde, casal ventoso?
- Os teus insultos sempre me puseram bem disposta Alexia � riu-se com uma gargalhada bem sonora � este � o meu parceiro, o Ar�es. Deve ser bem mais �til que esse gigante a�.
- ����, Alexia... � chamou Tutu, puxando o bra�o � loura
- Cala-te! � disse, furiosa � Antes gigante que pedinte! E realmente � bem grande, e a todos os n�veis! E duro que nem uma rocha! E bem melhor que esse maltrapilho a�!
- N�o sou um pedinte, mas punha-te a pedir por mais e mais depois de te mostrar aqui uma ferramenta � respondeu Ar�es, venenoso � a n�o ser que j� estejas muito... consertada!
- ����, mas Alexia... � tentou novamente o seu parceiro chamar-lhe a aten��o
- �� nada, cala a boca Tutu! � ralhou outra vez a loura � ouve l� meu bandalho, vejo que j� aprendeste os modos ali da pega Cl�o! Queres o qu�, que eu te... � continuava Alexia quando foi interrompida por uma quinta pessoa
- Muito bem meus passarinhos � disse Lana "Raposa", sem se saber bem para quem olhava � que est�o aqui a fazer a espreitar? Est� na horinha de dormir! Pintarola, Paulito, for�a com isso!
Alexia e os outros viram-se envoltos numa nuvem de g�s, caindo quase imediatamente num sono let�rgico e profundo. �E n�o � que o Tutu tamb�m usa a boca para outras coisas al�m do meu corpo...� pensou Alexia � medida que adormecia.

(continua)

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